Andréia Sadi
G1
Aliados do presidente Jair Bolsonaro avaliam, nos bastidores, que o presidente não desistiu de nomear Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal – apenas aguarda uma solução jurídica para não “afrontar” o Supremo Tribunal Federal.
Ramagem, amigo da família Bolsonaro, foi o pivô da demissão de Sergio Moro do governo. Mas não assumiu o comando da PF por um veto do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, Bolsonaro já disse publicamente que nomear Ramagem seria um “sonho” e que ele gostaria que fosse concretizado “brevemente”.
PACIFICAÇÃO – Assessores do presidente ouvidos pelo blog nos últimos dias afirmam que Bolsonaro só indicaria Ramagem se houvesse uma pacificação com o STF – e que a expectativa é que o STF arquive o inquérito da interferência política na PF, abrindo, assim caminho para essa possibilidade de Ramagem assumir a PF.
Nas palavras de um interlocutor de Bolsonaro, o presidente não vai assumir um novo desgaste nesse tema. Outra possibilidade, também em discussão, seria indicar Ramagem para o Ministério da Segurança Pública, que teria de ser criado. A Polícia Federal passaria a estar submetida à sua pasta.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os assessores do Planalto não sossegam. É mais uma fake news que eles tentam plantar, para desviar a atenção sobre o inquérito que apura as tentativas de Bolsonaro interferir na Polícia Federal para proteger a família e os amigos, conforme ele próprio declarou na reunião ministerial de 22 de abril. O futuro de Bolsonaro e sua permanência como presidente da República estão nas mãos de Alexandre de Moraes, um ministro implacável, que parece destinado a entrar na História por sua independência, seguindo o exemplo de juristas de verdade, como Adaucto Lucio Cardoso. (C.N.)