sábado, setembro 26, 2020

O ministro demitido pelo telefone perdeu uma oportunidade de se recolher à sua insignificância

 

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José Carlos Azevedo se notabilizou com reitor da UnB

Vicente Limongi Netto

A pretexto de bajular a reitora reeleita da UnB, Márcia Abrahão Moura, o desprezível e sábio de plástico Cristovam Buarque desmereceu, em torpe artigo no Correio Braziliense do dia 22, a importância de reitores nomeados, afirmando, com rigorosa má-fé, que “o reitor imposto faz o trabalho acadêmico fenecer, no lugar de florescer”.

Discordo, enfaticamente, do grotesco Buarque.  Cristovam é aquele que Lula demitiu do MEC, pelo telefone. José Carlos Azevedo, por exemplo, foi honroso vice-reitor e depois reitor nomeado da UnB. Cristovam não tem competência para engraxar os sapatos do saudoso Azevedo.  Que administrou a universidade com esmero e competência. Deixou a UnB com dinheiro sobrando. Imóveis da instituição valorizados. Com a imagem da UnB respeitada no Brasil e no exterior.

UM SUPER-REITOR – Azevedo criou cursos, abriu centros de ensino. Ampliou o acervo da Biblioteca. Promoveu seminários e congressos com a participação de renomados intelectuais, brasileiros e estrangeiros. Contratou professores expressivos.  Foi Azevedo que criou a editora da instituição, com lançamentos de obras ainda hoje procuradas pelo mundo acadêmico. 

Azevedo era homem de diálogo. Mas não admitia badernas. Não se intimidava com conspirações de pseudos letrados, fantasiados de pretensiosos mestres. Incentivava e valorizava aqueles realmente devotados ao ensino e ao crescimento intelectual dos alunos. Nessa linha, como reitor, enfrentou e desmascarou farsantes e paladinos de meia pataca. O legado e a memória de Azevedo, como professor, militar e intelectual, precisam ser respeitados. 

ALCOLUMBRE, O FARSANTE – Quem participa e acompanha a valorosa e independente Tribuna da Internet, sabe que faz tempo que destroço, com argumentos jurídicos e político, mais uma farsa do roliço Davi Alcolumbre, insistindo ser reeleito presidente do Senado e do Congresso.

Nessa linha, julgo saudável e aplaudo, que alguns senadores que apoiaram a sessão fraudulenta de fevereiro de 2019, que alijou Renan Calheiros da disputa pelo cargo, estão, agora, contra a recondução de Alcolumbre e do lado da Constituição. A verdade e o bom senso haverão de prevalecer.

ANEDOTÁRIO INTERNACIONAL – O discurso de Bolsonaro na ONU ficará no anedotário internacional. Foi ruim, semelhante ao do ano passado. Segundo ele, a imprensa politizou a covid-19, que chamou de “gripezinha” e já matou quase 170 mil brasileiros.

E mais: as queimadas no Pantanal e na Amazônia são “inevitáveis”, arengou. E para completar alegou ser vítima de agressões internacionais para derrubá-lo do poder.

Por fim, aposentados, pensionistas e a torcida do Flamengo estão unidos e otimistas. Juntarão suas economias para mandar Paulo Guedes morar em Vênus, onde dizem que há sinais de vida. Já irá tarde.