sexta-feira, agosto 28, 2020

Opção de Paulo Guedes é algo inimaginável – cortar deduções do Imposto de Renda dos assalariados


TRIBUNA DA INTERNET | Piada do Ano! Bolsonaro exige de Guedes um crescimento mínimo de 2% neste ano
Charge do Nani (nanihumor.com)
Pedro do Coutto
Numa reunião com o presidente Jair Bolsonaro na terça-feira, o ministro Paulo Guedes, para que seja fixado em 300 reais mensais o auxílio de emergência, apresentou como alternativa a ideia de acabar com as deduções dos assalariados no imposto de renda, atingindo, portanto, os gastos com atendimento médico e despesa com educação, que acabariam. Mas acabariam para os assalariados, pessoas físicas, enquanto as deduções das empresas, pessoas jurídicas, permaneceriam como estão.
Reportagem de Bernardo Caran e Gustavo Uribe, Folha de São Paulo de quarta-feira, focaliza o assunto de forma bastante ampla.
AUXÍLIO EMERGENCIAL – O presidente Jair Bolsonaro deseja manter o auxílio emergencial em 300 reais por mês, discordando da posição de Paulo Guedes que deseja fixá-lo em 240 reais. Seria a substituição do abono salarial (um mínimo por mês a quem recebe menos de R$ 2 mil mensais) e do Bolsa Família pelo Renda Brasil.
Bolsonaro não concordou e então Paulo Guedes fez a proposta que constrangeu o presidente da República. Tanto foi assim que na tarde de quarta-feira o presidente da República suspendeu o Renda Brasil.
Como se constata, a posição de Guedes passou a balançar. O absurdo contido na formulação do ministro da Economia causaria um prejuízo eleitoral enorme para sua campanha antecipada de reeleição em 2022.
FARMÁCIA POPULAR – Paulo Guedes, que propôs também acabar com o programa Farmácia Popular, acha que o fim das deduções no Imposto de Renda acarretaria uma economia de 42 bilhões por ano.
Ou seja, mesmo sem recursos, o presidente quer abrir um baú de bondades eleitorais, mas o ministro quer encontrar verbas procurando dentro de um saco de maldades tributárias.