Lucas Pestana
Correio Braziliense
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Nas redes sociais, a psicóloga Heloísa Bolsonaro, casada com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), fez uma espécie de desabafo para desmentir o que ela chamou de “glamourização da vida política”. “Quero que vocês entendam que não é esse luxo. A gente não fica andando de iate e barco à toa, de jatinho, de primeira classe. A gente passa muito perrengue também”, disse em uma série de vídeos no Instagram.
A psicóloga, que no vídeo diz não trabalhar atualmente, vive com o marido, que recebe, como deputado federal, salário bruto de R$ 33.763, teto do poder legislativo, sem contar benefícios a que tem direito, como auxílio-moradia (no valor de R$ 4.253) ou apartamento funcional.
“PRIORIZAR GASTOS” – Na sequência de vídeos Heloísa Bolsonaro, conta que a vida política não os deixa faltar nada, mas que é preciso priorizar os gastos. “A gente investe muito em viagens, nosso maior investimento de dinheiro é sempre esse. Eu também faço escolhas, como vocês. Esses tempos, eu fiz a unha, era uma francesinha por R$ 60. Achei caríssimo. Não que o valor da manicure não mereça. Tudo bem, é o trabalho dela e ela põe e preço que quiser, mas eu acho caro pagar isso”, disse.
Em outro momento, ela revela que faz faxina em casa. “Às vezes eu faxino minha casa porque não quero gastar naquela semana. O salário do Eduardo é muito bom… eu não estou trabalhando, mas estou me reerguendo e quero muito voltar a trabalhar, preciso sentir isso de ter uma independência financeira”, explicou.
MODÉSTIA NO HAVAÍ – Heloísa também lembra da virada de 2017 para 2018, quando o casal passou no Havaí. “Quando a gente vai pros Estados Unidos, economiza. A gente foi pro Havaí, mas nosso almoço era US$ 2 ou US$ 3, no mercadinho… ficava até mais magrinha, maravilha”, brincou. “Político é rico se já for de família, se já vem de uma família de bens ou então aplicou e economizou o salário.”
Segundo a psicóloga, está nos planos do casal juntar dinheiro para o futuro. “É lógico: político, sim, tem um dos salários mais beneficiados do serviço público brasileiro. É um salário maravilhoso. A minha vida e do Eduardo é maravilhosa, não nos falta nada. Mas a gente ainda está se programando para o futuro, pensando em investimentos e acumular bens, porque a gente quer ter uma família e viver confortável. Mas a gente também faz sacrifícios e escolhas. Não podemos fazer tudo o que queremos”, garantiu.
AUMENTO PATRIMONIAL – De acordo com à Justiça Eleitoral, Eduardo Bolsonaro, teve um aumento patrimonial de 432% em quatro anos. Eleito deputado pela primeira vez em 2014, Eduardo declarou naquele ano patrimônio de R$ 205 mil. Em 2018, informou que possui bens em um total de R$ 1,395 milhão, incluindo aplicações e imóveis. É o maior aumento de patrimônio registrado pelos candidatos da família Bolsonaro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Fica até difícil adjetivar a declaração da nora do presidente diante de tantos sentimentos e palavras que se degladiam em uma reação a falta de bom senso. Com milhares de pessoas enfrentando uma crise que se estende há anos, sem saber para onde correr, em um país que não encontrou o seu rumo, e no qual muitos vivem abaixo da linha de pobreza, a moça busca audiência através da falta de pudor em tentar se incluir na fila do pão. A matéria não citou que os parlamentares ainda têm direito a verba de R$ 30.788,66 a R$ 45.612,53 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos com gastos médicos. Do início ao fim, uma afronta. (Marcelo Copelli)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Fica até difícil adjetivar a declaração da nora do presidente diante de tantos sentimentos e palavras que se degladiam em uma reação a falta de bom senso. Com milhares de pessoas enfrentando uma crise que se estende há anos, sem saber para onde correr, em um país que não encontrou o seu rumo, e no qual muitos vivem abaixo da linha de pobreza, a moça busca audiência através da falta de pudor em tentar se incluir na fila do pão. A matéria não citou que os parlamentares ainda têm direito a verba de R$ 30.788,66 a R$ 45.612,53 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos com gastos médicos. Do início ao fim, uma afronta. (Marcelo Copelli)