quinta-feira, outubro 03, 2019

Gilmar, delirante, diz que prisões temporárias na Lava Jato eram instrumento de tortura


Imagem relacionada
Gilmar Mendes parece que anda exagerando no Rivotril
Leandro PrazeresO Globo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a atacar procuradores da Operação Lava-Jato e disse, nesta quarta-feira, que prisões temporárias decretadas por conta das investigações eram usadas como “instrumento de tortura”. As declarações foram feitas durante o julgamento do recurso que pode resultar na anulação de sentenças da operação.
— Hoje se sabe de maneira muito clara, e o Intercept está aí para confirmar e nunca foi desmentido, que usava-se a prisão provisória como elemento de tortura. Custa-me dizer isso no plenário, mas era instrumento de tortura. E quem defende tortura não pode ter assento na Corte constitucional – disse Gilmar Mendes citando o conteúdo de reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil com base em mensagens obtidas por hackers referente a conversas envolvendo o coordenador da Lava-Jato no Ministério Público Federal em Curitiba, Deltan Dallagnol.
Gilmar Mendes citou, nominalmente, Dallagnol e até o ministro da Justiça, Sergio Moro, que durante os primeiros anos da Lava-Jato comandou a 13ª Vara Federal de Curitiba. Segundo o ministro, o Brasil teria vivido uma “era de trevas”.
MAIS ACUSAÇÕES – “E isto aparece nessas declarações do Intercept feitas por gente como Dallagnol, feitas por gente como Moro. Portanto, é preciso que se saiba disto. Que o Brasil viveu uma era de trevas no que diz respeito ao processo penal” — afirmou o magistrado.
Gilmar Mendes fez diversas menções a Dallagnol e criticou a atuação do Ministério Público Federal (MPF) pelo que seria uma interferência na esfera política.
— As investigações de macrocriminalidades das classes políticas dão o Ministério Público o poder de definir os rumos políticos do país. Basta abrir um inquérito sem controle. E agora quem o diz não sou eu. É Dallagnol, quando dizia que imaginava lançar quatro procuradores como candidatos ao Senado. Ele dizia: “Pobre do Álvaro (Dias). Vou derrotá-lo, porque só tem uma vaga e a vaga é minha” — disse Gilmar Mendes em nova menção a reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil.
VAIDADE— “Era um sujeito tão vaidoso que dialogava com o espelho” — declarou o ministro. Novamente citando informações publicadas pelo The Intercept, Gilmar criticou o conluio entre juízes e investigadores. “Esse núbio entre julgador e polícia pode até ter algum fetiche, até de índole sexual… mas moderação aqui. Julgador é órgão de controle, não é órgão de investigação” — disse Gilmar Mendes.
Em outro momento, o ministro disse que Moro teria atuado como um verdadeiro “chefe” da Força-Tarefa da Lava Jato. ”Não parece haver dúvida de que o juiz Moro era o verdadeiro chefe da Força-Tarefa de Curitiba. Em diversos momentos, o magistrado direcionou a instrução probatória nas ações penais e aconselhou a acusação, inclusive indicando testemunhas e sugerindo a juntada de provas documentais. Quem acha que isto é normal certamente não está lendo a constituição e o nosso código de processo penal” — afirmou.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – The Intercept provou que Dallagnol é infantil e inconsequente. Mas em toda a interminável xaropada das gravações, nada ficou provado sobre conluio. Gilmar Mendes devia estar dopado de Rivotril para dizer tanta asneira, afirmando que o então juiz Moro era o chefão da Lava Jato. O que está provado é que Gilmar Mendes é o maior criador de fake news. E os jornais publicam essas insanas declarações dele como se fossem verdadeiras e merecessem crédito, não fazem o menor reparo a essas maluquices. É uma inversão de valores proposital que a mídia vem fazendo. Neste filme, Moro e o mocinho e Gilmar é o bandido, uma espécie de Satânico Dr. No do mundo jurídico(C.N.)