sexta-feira, agosto 30, 2019

Luta/Sucesso X Omissão/Fracasso.

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Foto Divulgação do Google



Objetivos próprios são projetos de vida que devem ser encarados como dever, aqui se tratando de caminhada pessoal, por outro lado, temos os objetivos coletivos por uma questão de cidadania e civismo perante a nossa coletividade. Nessa segunda demanda o espírito de luta deve estar imbuído de todo empenho possível, com olhos voltados ao coletivo e desprovido de quaisquer interesses individuais, pois somente assim, será possível alcançarmos os objetivos desejados. Mas que fique claro, não é por ser uma luta coletiva que a visão pessoal não deva existir, pois se assim não fosse, qualquer resultado final o satisfaria por não lhe dizer respeito a partir desse momento, por conseguinte, são as suas ideias progressistas que devem ser levadas para a coletividade, diferente do seu desejo pessoal de obter ganhos econômicos ou financeiros. É preciso que se estabeleça a consciência de que somente a partir do bem-estar coletivo, é que realmente poderemos ter ganhos pessoais de verdade, ganhos esses que não corremos o risco de vê-los subtraídos pelo outro, pois esse também já conquistou a sua parcela.
Definitivamente, o interesse coletivo visa o progresso coletivo com a promoção de todos, princípio que não aceita a prevalência do interesse particular, já que, quando assim procedido, o coletivo perdeu o foco e sua finalidade deixou de existir. O olhar para o “EU” limita o horizonte à frente, ao tempo em que cria barreiras para o próprio observador. Isso não impede que cada um crie aquilo que estiver dentro de suas capacidades e perseverança para fazer ou conquistar, o que nos faz lembrar que Thomas Edson, que só conseguiu fazer a lâmpada, depois de mais de 1.400 tentativas, onde cada erro era anotado para não ser repetido, ensinamento válido em dias atuais, já que, errar faz parte de quem faz, só não pode cometer o mesmo erro por duas vezes.
Ao fazer os comentários ora expostos, quero mostrar que nossa Jeremoabo vive esse estado de desgraça administrativa, em razão de nossas omissões e aceitação da cultura de que “quem manda é quem está no poder”, quando deveríamos nos conscientizar de que o entendimento correto é: “manda quem tem voto, e voto quem tem é o eleitor”.
Infelizmente, nós, enquanto sociedade, perdemos a noção do princípio democrático, o qual estabelece que prevaleça a vontade da maioria em sua coletividade, mas, seja por omissão, subserviência, submissão ou conivência, substituímos o benefício do voto dado por delegação da autoridade do voto, com isto, o mau político, usando os princípios já ditos por Maquiavel, por volta da metade do século XV, quando afirmava que a opressão sobre o oprimido, perpetua o mandatário no poder, dando-lhe migalhas para se alimentar, mas nunca o fartando, pois assim o manteria subalterno e necessitado.
Este entendimento deveria ser a âncora de toda sociedade que tem interesse em gerir seus destinos dentro das diferentes demandas que a Coisa Pública abrange, as quais, por incontáveis vezes e de forma contumaz, os GESTORES escolhidos têm se manifestados contrários aos interesses do povo, passando a administrar em razão dos próprios interesses e de alguns apadrinhados, que de alguma forma colaboraram durante a campanha, estando aí os chamados investidores, aqueles que habitualmente, empregam 1 para levar 100.
Hoje, ao assistir um vídeo de Alexandre Garcia, notório repórter da grande mídia brasileira, que questionava algumas conversas ouvidas de pessoas que se diziam professores, e citava: ouvi muitos dizerem que eram pedagogos, ou educadores, enquanto esquecia-se de dizer: eu sou professor. Seguindo com seus argumentos, a conversa me chamou a atenção e fui entender cada um em si, obtendo:
pedagogo é o profissional que atua em processos relacionados ao ensino e aprendizagem. Seu trabalho está intimamente ligado ao do professor e é considerado como um apoio educacional. Ele é especialista em educação e associa o aprendizado às questões sociais e à realidade em que o estudante se encontra”. (Fonte Google)
“Á muito romantismo na definição de educador. ... O professor repete a mesma rotina incansavelmente, já o educador se adapta para acessar cada criança. A função do professor é acadêmica e profissionalizante, o educador, porém, ensina para a vida em sociedade e se preocupa com o desenvolvimento integral do indivíduo”. (Fonte Google)
Alexandre Garcia enfatiza: Educadores são os Pais, logo, se o aprendizado não está fluindo, resta à pergunta: o que há de errado?
Chego aqui, para polemizar os questionamentos das redes sociais em Jeremoabo, perguntando a classe de trabalhadores da educação, onde cada um se situa diante destes questionamentos. Já que, quando da defesa dos seus direitos, apenas as redes sociais e as esquinas da vida registram seus brados, mas o direito em si, ninguém busca, sempre a espera que o outro faça, e neste círculo, um empurra para o outro e vão tocando em frente, sem direção nem sentido definidos, apenas a espera da boa vontade alheia, já que decisão própria não há, mas apenas mimimi.
Cito também uma decisão do Ministério Público local que não acatou as DENUNCIAS DE NEPOTISMO em Jeremoabo, no entanto, o TCM e o Ministério Público de Contas, ambos vinculados ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, acataram as mesmas denúncias, imputando multa ao Gestor Municipal, ao tempo que determinou a exoneração de todos os agraciados indevidamente. Isto nos mostra que jamais devemos desistir diante do primeiro obstáculo.
2020 já chegando, mas uma quase totalidade de braços cruzados, a espera que a sorte bata a porta e outros ventos soprem em sentido diferente do atual, enquanto essa sorte não chega, repito: a justiça não protege os que dormem e nem a vida favorece os que esperam acontecer.
J. M. Varjão
Em, 30/08/2019