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Objetivos próprios são
projetos de vida que devem ser encarados como dever, aqui se tratando de
caminhada pessoal, por outro lado, temos os objetivos coletivos por uma questão
de cidadania e civismo perante a nossa coletividade. Nessa segunda demanda o
espírito de luta deve estar imbuído de todo empenho possível, com olhos
voltados ao coletivo e desprovido de quaisquer interesses individuais, pois
somente assim, será possível alcançarmos os objetivos desejados. Mas que fique
claro, não é por ser uma luta coletiva que a visão pessoal não deva existir,
pois se assim não fosse, qualquer resultado final o satisfaria por não lhe
dizer respeito a partir desse momento, por conseguinte, são as suas ideias
progressistas que devem ser levadas para a coletividade, diferente do seu
desejo pessoal de obter ganhos econômicos ou financeiros. É preciso que se
estabeleça a consciência de que somente a partir do bem-estar coletivo, é que
realmente poderemos ter ganhos pessoais de verdade, ganhos esses que não
corremos o risco de vê-los subtraídos pelo outro, pois esse também já
conquistou a sua parcela.
Definitivamente, o
interesse coletivo visa o progresso coletivo com a promoção de todos, princípio
que não aceita a prevalência do interesse particular, já que, quando assim
procedido, o coletivo perdeu o foco e sua finalidade deixou de existir. O olhar
para o “EU” limita o horizonte à frente, ao tempo em que cria barreiras para o
próprio observador. Isso não impede que cada um crie aquilo que estiver dentro
de suas capacidades e perseverança para fazer ou conquistar, o que nos faz
lembrar que Thomas Edson, que só conseguiu fazer a lâmpada, depois de mais de
1.400 tentativas, onde cada erro era anotado para não ser repetido, ensinamento
válido em dias atuais, já que, errar faz parte de quem faz, só não pode cometer
o mesmo erro por duas vezes.
Ao fazer os comentários
ora expostos, quero mostrar que nossa Jeremoabo vive esse estado de desgraça
administrativa, em razão de nossas omissões e aceitação da cultura de que “quem manda é quem está no poder”,
quando deveríamos nos conscientizar de que o entendimento correto é: “manda quem tem voto, e voto quem tem é o
eleitor”.
Infelizmente, nós,
enquanto sociedade, perdemos a noção do princípio democrático, o qual
estabelece que prevaleça a vontade da maioria em sua coletividade, mas, seja
por omissão, subserviência, submissão ou conivência, substituímos o benefício do voto dado por delegação da autoridade do voto, com
isto, o mau político, usando os
princípios já ditos por Maquiavel, por volta da metade do século XV, quando
afirmava que a opressão sobre o oprimido, perpetua o mandatário no poder,
dando-lhe migalhas para se alimentar, mas nunca o fartando, pois assim o manteria
subalterno e necessitado.
Este entendimento
deveria ser a âncora de toda sociedade que tem interesse em gerir seus destinos
dentro das diferentes demandas que a Coisa
Pública abrange, as quais, por incontáveis vezes e de forma contumaz, os
GESTORES escolhidos têm se manifestados contrários aos interesses do povo,
passando a administrar em razão dos próprios interesses e de alguns
apadrinhados, que de alguma forma colaboraram durante a campanha, estando aí os
chamados investidores, aqueles que habitualmente, empregam 1 para levar 100.
Hoje, ao assistir um
vídeo de Alexandre Garcia, notório repórter da grande mídia brasileira, que
questionava algumas conversas ouvidas de pessoas que se diziam professores, e
citava: ouvi muitos dizerem que eram pedagogos, ou educadores, enquanto esquecia-se
de dizer: eu sou professor. Seguindo com seus argumentos, a conversa me chamou
a atenção e fui entender cada um em si, obtendo:
“O pedagogo é o profissional
que atua em processos relacionados ao ensino e aprendizagem. Seu trabalho está
intimamente ligado ao do professor e é considerado como um apoio educacional.
Ele é especialista em educação e associa o aprendizado às questões sociais e à
realidade em que o estudante se encontra”. (Fonte Google)
“Á muito romantismo na definição de educador. ...
O professor repete a mesma rotina incansavelmente, já o educador se
adapta para acessar cada criança. A função do professor é
acadêmica e profissionalizante, o educador, porém, ensina para a
vida em sociedade e se preocupa com o desenvolvimento integral do indivíduo”.
(Fonte Google)
Alexandre Garcia enfatiza: Educadores são os Pais, logo, se o aprendizado não está fluindo,
resta à pergunta: o que há de errado?
Chego aqui, para polemizar os questionamentos das redes
sociais em Jeremoabo, perguntando a classe de trabalhadores da educação, onde
cada um se situa diante destes questionamentos. Já que, quando da defesa dos
seus direitos, apenas as redes sociais e as esquinas da vida registram seus
brados, mas o direito em si, ninguém busca, sempre a espera que o outro faça, e
neste círculo, um empurra para o outro e vão tocando em frente, sem direção nem
sentido definidos, apenas a espera da boa vontade alheia, já que decisão
própria não há, mas apenas mimimi.
Cito também uma decisão do Ministério Público local que não
acatou as DENUNCIAS DE NEPOTISMO em
Jeremoabo, no entanto, o TCM e o Ministério Público de Contas, ambos vinculados
ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, acataram as mesmas
denúncias, imputando multa ao Gestor Municipal, ao tempo que determinou a
exoneração de todos os agraciados indevidamente. Isto nos mostra que jamais
devemos desistir diante do primeiro obstáculo.
2020 já chegando, mas uma quase totalidade de braços
cruzados, a espera que a sorte bata a porta e outros ventos soprem em sentido
diferente do atual, enquanto essa sorte não chega, repito: a
justiça não protege os que dormem e nem a vida favorece os que esperam acontecer.
J. M. Varjão
Em, 30/08/2019