sábado, agosto 31, 2019

Facebook conclui que não conseguiu conter divulgação em massa de fake news nas eleições


Charge do Cazo (www.blogdoafr.com)
Deu no O Globo
O Facebook não conseguiu identificar comportamentos suspeitos e a divulgação de fake news em grande escala na rede social durante a eleição brasileira do ano passado, de acordo com relatórios da empresa obtidos e publicados nesta sexta-feira, dia 30, pelo jornal americano “The Wall Street Journal”. De acordo com o jornal, a plataforma dependeu de veículos de mídia para identificar questões relativas às eleições presidenciais, porque não tinha desenvolvido ferramentas para uma “detecção proativa” de certos problemas. A empresa de tecnologia não possui ferramentas para detectar conteúdo classificado como fake news, até porque uma empresa privada não deve arbitrar o que é ou não verdadeiro.
O Facebook, porém, possui políticas de combate ao mau uso da rede e toma algumas medidas, como a retirada de perfis falsos da rede, a identificação de aplicativos externos usados para o compartilhamento de postagens em massa na rede social e o aprimoramento das políticas de privacidade. Segundo o The Wall Street Journal, a empresa descobriu também um grupo de direita apoiador de Jair Bolsonaro que encorajava os seguidores no Facebook a usar uma ferramenta externa, que permitia ao grupo publicar informação duas vezes por dia nos perfis dos seguidores.
“VOXER” – Ainda de  acordo com o jornal, o documento mostra que o Facebook desconhecia o fato até ser alertado por jornalistas. Segundo a empresa, o aplicativo e todas os post publicados a partir da ferramenta foram excluídos da rede social. Um fonte na companhia informou que o caso foi identificado após reportagem do O Globo mostrar em março de 2018, com exclusividade, que o Movimento Brasil Livre (MBL) passou a publicar conteúdo em massa, usando o perfil de seus seguidores, por meio do aplicativo “ Voxer ”. A ferramenta, que permite compartilhar postagens de forma automática em contas de outros usuários, foi desativada pelo Facebook, após ter sido procurado pelo O Globo durante a apuração da reportagem.
A empresa entendeu que o mecanismo de compartilhamento automático de postagens violava as normas da rede social, porque, além de reproduzir até duas postagens por dia no perfil de cada usuário, permitia que o MBL também redigisse os comentários dos próprios usuários. Por meio da assessoria de imprensa no Brasil, o Facebook informou que a companhia tem feito “progressos significativos no combate a redes coordenadas que usam contas falsas e na luta contra a desinformação”.
“Somente no ano passado, derrubamos dezenas de redes desse tipo em todo o mundo. Nossos sistemas de detecção automatizados estão ficando cade vez mais inteligentes na identificação e remoção de contas falsas, para que possamos operar em escala. Mas estamos cientes de que esse é um desafio contínuo”, diz o Facebook em nota. Segundo o “The Wall Street Journal”, os documentos, partilhados entre os funcionários da empresa, mostram também como o Facebook continua a tentar lidar com a forma como seus serviços podem ser manipulados para espalhar desinformação política em anos de eleições. E revelam ainda como a companhia se prepara para as eleições de 2020 nos EUA, quatro anos depois de ter estado no centro de muitas
MARIELLE –  Ainda segundo os relatórios obtidos pelo jornal americano, o Facebook demorou quatro meses para desmantelar uma rede que espalhava desinformação sobre Marielle Franco após o assassinato da vereadora, em março de 2018. A análise do Facebook concluiu que a empresa não foi capaz de descobrir e identificar comportamento suspeito ou desinformação em grande escala após o assassinato da vereadora.

General Heleno perde a linha ao defender o “embaixador” Eduardo Bolsonaro

Resultado de imagem para general heleno
General Heleno perdeu a oportunidade de ficar calado
Vicente Limongi Netto
Perplexo, lamento a estranha corajosa e ácida  atitude do  destemido ministro/general Augusto Heleno, meu amigo há 30 anos, ao insultar as memórias do presidentee Itamar Franco e do general Lyra Tavares, ex-ministro do Exército e também ex-membro da Academia Brasileira de Letras, que não podem mais se defender das acusações do chefe militar, a pretexto de defender o categorizado fritador de hambúrguer para se tornar embaixador nos Estados Unidos.
Quanto ao ex-deputado federal Delfim Netto, também atacado por Heleno, creio que o escrivão licenciado da Polícia Federal Eduardo Bolsonaro não tem competência profissional nem currículo para ser comparado ao ex-ministro da Fazenda dos governos militares e professor emérito da Universidade de São Paulo.
SABATINA – Alquimistas palacianos insistem na abissal tolice: pensam (ôpa, foi mal!) que na sabatina conquistarão votos de senadores para o fritador de hambúrguer Eduardo Bolsonaro, pelo simples fato de o deputado ter ido de pingente do ministro Ernesto Araújo ao encontro com o presidente Donald Trump.
Tem foto do encontro do século. Pena que o erudito Eduardo Bolsonaro tenha se recusado a dar entrevista à imprensa norte-americana, deixando de exibir seu fulgurante inglês aos jornalistas.

Bolsonaro diz que Queiroz é “nota dez” e inocentou Flávio em depoimento escrito

Resultado de imagem para bolsonaro dando entrevista
Piada do Ano! Bolsonaro diz que o filho foi inocentado
Naira Trindade e João Paulo SaconiO Globo
O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que conhece Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, desde 1984 e que Queiroz “é um cara sem problema, nota dez” e prestou depoimento por escrito, no qual eximiu seu filho de culpa.
— Eu conheço o Queiroz desde 1984. Ele era um soldado da brigada de paraquedista. Entrou na Polícia Militar, veio trabalhar na minha família. É um cara sem problema, nota dez. Teve esse problema. Quem responde por ele é ele, não sou eu — afirmou o presidente, durante agenda em Riacho Fundo, na região administrativa do Distrito Federal.
SEM CONTATO – Bolsonaro disse ainda que não tem mais nenhum contato com o ex-assessor de Flávio e que sequer conhece o paradeiro dele.
— Não existe telefonema para ele, nada. Não sei onde ele está. Parece que a Veja descobriu, como se estivesse foragido. E, pelo que eu sei, ele já prestou depoimento por escrito. E, pelo que eu fiquei sabendo também, exime o meu filho de culpa. Ele responde pelos atos dele — defendeu Bolsonaro.
Em fevereiro, Queiroz depôs por escrito ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) e admitiu que ficava com parte dos salários dos funcionários do gabinete de Flávio, mas garantiu que o parlamentar não tinha conhecido das suas ações. O depoimento, no entanto, não sanou todas as dúvidas dos investigadores.
QUEBRA DE SIGILOS – Mesmo após os esclarecimentos, o MP-RJ entrou com um pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário de Flávio, Queiroz e outros envolvidos na investigação. O argumento era de que existem indícios de organização criminosa no gabinete do filho do presidente. A Justiça do Rio autorizou em abril o procedimento requisitado pela investigação, que está suspensa desde julho por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.
Apesar de não ser considerado foragido pela Justiça e nem esperado para depor às autoridades, Queiroz desapareceu por meses e aumentou a desconfiança que paira sobre ele diante dos indícios investigados pelo Ministério Público de que administrava uma “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), recolhendo de funcionários parte de seus salários como condição para que fossem contratados.
ACHADO PELA VEJA – Meses depois da última aparição, Queiroz foi localizado pela revista “Veja” esta semana. A publicação diz que ele hoje é morador do Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, e segue em tratamento contra o câncer num dos hospitais mais caros do Brasil, o Albert Eistein.
O presidente tentou explicar a movimentação financeira em torno de R$ 1 milhão que seria referente a um apartamento adquirido por Flávio em 2017.
A transação foi incluída em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), mas o parlamentar afirma que se tratava do pagamento de um título bancário da Caixa Econômica Federal emitido para pagar o apartamento. Flávio não havia, no entanto, mencionado publicamente que teria recebido o dinheiro de Queiroz antes de repassá-lo ao banco.
CASO DO MILHÃO — “Vou repetir para vocês: R$ 1 milhão, o Queiroz tinha dado para ele. Quem pagou essa conta para a construtora foi a Caixa Econômica Federal. Documentado. Passa por ele porque a Caixa comprou a dívida dele. E ele, em vez de dever para a construtora, passa a dever para a Caixa. Isso é uma operação normal” — disse o presidente.
Bolsonaro também mencionou os depósitos fracionados de R$ 2 mil que Flávio recebeu na própria Alerj entre junho e julho de 2017. Depositado via caixa eletrônico, o montante chegou a cerca de R$ 96 mil e também foi identificado pelo Coaf. Segundo o presidente, as frações apenas respeitam o limite dado pelo banco o número máximo de cédulas dentro de um envelope. Trata-se da mesma explicação dada pelo parlamentar, que alegou a intenção de evitar filas e poupar tempo ao justificar o fracionamento das transações.
NO LIMITE — “A questão de depósito de R$ 2 mil. O depósito no envelope lá o limite é R$ 2 mil. Não é para fugir do clássico. Valor de imóveis, comprou imóveis na planta. Os dez. Foi pagando” — disse Bolsonaro, em referência aos imóveis do filho que entraram no radar do Ministério Público.
Já em relação aos repasses de salários feitos por funcionários a Queiroz, os quais o ex-assessor assumiu ter recebido, Bolsonaro defendeu que a questão não está relacionada a si mesmo.
“No restante, se funcionária botava dinheiro na conta de outro, é problema dele, pô. Ele que responda. Eu nunca tive problema com o Queiroz” — finalizou o presidente.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Bolsonaro é um homem simples. Tudo, para ele, pode ser simples. No caso do relacionamento entre Flávio e Queiroz, porém, nada é simples, tudo é complicado e sem explicação. E o mais curioso é que Bolsonaro acredita (?) que o filho foi inocentado pelo depoimento de Queiroz. Trata-se apenas de mais uma Piada do Ano. Como diz Jô Soares, “tem pai que é cego”… 
(C.N.)