terça-feira, agosto 27, 2019

Comissao de Justiça vota hoje permissão de atividade agropecuária em áreas indígenas


Resultado de imagem para indios charges
Charge do Quinho (Arquivo Google)
Deu na Coluna do Estadão
Alinhado a Jair Bolsonaro, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), pautou para esta terça-feira, dia 27, a PEC que libera a exploração da agricultura e da pecuária em terras indígenas. Apesar da resistência de ambientalistas, o texto tem sido pautado desde 2016, mas retirado por falta de acordo. Independentemente da aprovação ou não, o debate promete pegar fogo. Francischini endossa o discurso bolsonarista de que é preciso ocupar a região para garantir a soberania sobre a Amazônia.
O relatório favorável do deputado ruralista Alceu Moreira (MDB-RS), subscrito por Pedro Lupion (PSL-PR), diz que demarcar a terra não dá dignidade ao índio, que vive de “esmola” ou de programas de transferência de renda.
RESTRIÇÕES – Em seu voto contrário, Talíria Petrone (PSOL-RJ) afirma que o texto só restringe ao agronegócio as atividades permitidas aos índios, que exploram ainda o artesanato e a pesca.
Francischini tem pautado projetos polêmicos. Aprovou semana passada, por exemplo, um que põe fim aos salários vitalícios a governadores.
Integrantes da CCJ viram a iniciativa como uma forma de Francischini voltar aos holofotes, como na Previdência. Ele rebate: “Os últimos pautavam só coisa boba para não ter confusão, mas está cheio de tema importante.”
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O problema do Brasil é apenas cumprir a lei. Os indígenas têm todo direito de explorar a agricultura em seus territórios, desde que respeitem a legislação da respectiva região. Assi, só podem explorar 20% de suas áreas na Amazônia, 65% no Cerrado e 80% nas outras regiões do país. O que vale para branco deve valer também para índio. (C.N.)