Finalmente o Brasil se moveu. Na falta das ruas ocupadas de forma contundente e com uma oposição confortável no “wishful thinking” do “quanto pior melhor”, foi preciso o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, com a retaguarda bilionária do gênio tech franco-americano Pierre Omidyar, para balançar as peças do xadrez político nacional. Por isso, a Vaza Jato parece ter despertado o nietzschiano “demasiado humano” naqueles que foram tirados do torpor: agora tenta-se encaixar aquilo que se vê na opinião que cada um tem de si - ou colocam sob suspeita o mensageiro, ou ansiosamente tentam criar teorias sobre a misteriosa fonte da equipe do Intercept Brasil. E se esquece da principal oportunidade que se abre: o conteúdo do vazamento e a investigação coletiva.
“O indivíduo quer geralmente por meio da opinião dos outros, certificar e fortalecer diante de seus olhos a opinião que tem de si”, escrevia o filósofo alemão Nietzsche na obra de 1878 “Humano, Demasiado Humano”. Texto que não só marcou a sua ruptura com o romantismo de Richard Wagner como também com o pessimismo de Schopenhauer, buscando libertar o espírito da “cupidez insatisfeita”.
Os vazamentos publicados pelo site Intercept Brasil, liderado pelo premiado jornalista Glenn Greenwald, não só revelaram as perigosas relações promíscuas entre Justiça, grande mídia, procuradores e Polícia Federal. Também despertou o “demasiado humano”, a que se referia Nietzsche, quando a bomba explodiu e espalhou estilhaços para todos os lados.
Jornalistas, grande mídia, governo e os, outrora, super-heróis Moro e Dallagnol, todos agora tentam puxar “a brasa para sua sardinha”. Isto é, encaixar o “ruído” que perturbou a paz de cemitério da (a)normalidade nacional dentro das narrativas de cada um. Isto é, transformar o escândalo da Vaza Jato em oportunidade reforçar a opinião que cada um tem de si mesmo.
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http://cinegnose.blogspot.com/2019/06/vaza-jato-do-intercept-desperta-o.html
“O indivíduo quer geralmente por meio da opinião dos outros, certificar e fortalecer diante de seus olhos a opinião que tem de si”, escrevia o filósofo alemão Nietzsche na obra de 1878 “Humano, Demasiado Humano”. Texto que não só marcou a sua ruptura com o romantismo de Richard Wagner como também com o pessimismo de Schopenhauer, buscando libertar o espírito da “cupidez insatisfeita”.
Os vazamentos publicados pelo site Intercept Brasil, liderado pelo premiado jornalista Glenn Greenwald, não só revelaram as perigosas relações promíscuas entre Justiça, grande mídia, procuradores e Polícia Federal. Também despertou o “demasiado humano”, a que se referia Nietzsche, quando a bomba explodiu e espalhou estilhaços para todos os lados.
Jornalistas, grande mídia, governo e os, outrora, super-heróis Moro e Dallagnol, todos agora tentam puxar “a brasa para sua sardinha”. Isto é, encaixar o “ruído” que perturbou a paz de cemitério da (a)normalidade nacional dentro das narrativas de cada um. Isto é, transformar o escândalo da Vaza Jato em oportunidade reforçar a opinião que cada um tem de si mesmo.
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