sábado, junho 22, 2019

General Eduardo Ramos, futuro ministro, alega que Paulo Guedes não é político


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General Ramos assume em julho, mas já começou a fazer contatos
Pedro do Coutto
Numa entrevista de página inteira à repórter Maria Cristina Fernandez, no jornal Valor de sexta-feira, o futuro ministro chefe da Secretaria de Governo, General Eduardo Ramos, afirmou que o Ministro Paulo Guedes não é político e, às vezes, fala num tom meio brabo. Os políticos não gostam de receber ordens. Meu jeito é mais suave, pois a linguagem agressiva bloqueia a comunicação. De outro lado, acentuou que o relacionamento com a imprensa tem que ser transparente.
Indagado pela repórter quais os políticos que ele destaca na história do Brasil, Eduardo Ramos citou o Barão do Rio Branco e Ulysses Guimarães. Rio Branco pela consolidação de nossas fronteiras. Ulisses Guimarães por sua atuação em favor do retorno das eleições diretas.
REUNIÃO COM MAIA – O General disse também que na próxima semana pretende se encontrar com o Deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara.
O futuro ministro, que só assume em julho, ressalvou não ter votado em Lula, mas se emocionou com sua vitória, pelo fato fr um operário chegar à presidência. Mas disse que Lula roubou o país e a nossa esperança.
O General Ramos, digo eu, revela a condição de um homem cordial e capaz de dialogar com senadores, deputados e imprensa. A imprensa na realidade, é a ponte entre o poder e a opinião pública.
CRESCIMENTO? – Outro assunto: a reforma da Previdência sozinha não vai recolocar o país na rota do desenvolvimento. A afirmação é do Secretário de Política Econômica Adolfo Sachenia, subordinado ao Ministério comandado por Paulo Guedes. O economista ressaltou, honestamente, que estamos numa situação tão ruim que só a reforma da Previdência não basta. A previsão para o crescimento do PIB, na escala de 1,6% parece um sonho muito distante. E há pouco tempo para colocar na rua medidas que estimulem a trajetória do desenvolvimento econômico ainda este ano. A matéria é assinada por Renata Agostini e Eduardo Rodrigues, O Estado de São Paulo de ontem.
No meu ângulo de análise, finalmente, surgiu alguém no comando da economia capaz de adotar postura ética e, ao mesmo tempo, destacar um ponto transparente. Foi sincero. Caso raro no Brasil de hoje. Aliás, não só de hoje, mas desde 2003. Estou falando uma distância de 16 anos, espaço muito grande para que as desilusões deixem de ser reveladas. A retomada do consumo depende do fortalecimento dopoder aquisitivo da sociedade brasileira.
VENDAS EM BAIXA – Nem mesmo a publicidade na TV está conseguindo inverter a tendência de queda nas vendas. O empresário Paulo Barbosa, vice presidente da LG, empresa que fabrica aparelhos de televisão, em entrevista a Gustavo Brigato e Adriana Matos, no Valor, revelou que as promoções e a publicidade na TV e nos jornais, neste semestre, não estão conseguindo reverter a queda nas vendas dos aparelhos de TV.
A previsão de venda de 11 milhões de unidades ao longo de 2019 não se confirmou nem se confirmará. Incluindo as possíveis vendas da concorrente Sansung, a projeção passou a ser de 10 milhões de unidades. Este fato prova, como digo sempre, o efeito da queda do consumo.