Por G1 — Brasília
O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta segunda-feira (dia 1º) a reação de palestinos sobre a decisão do governo de abrir um escritório comercial do Brasil em Jerusalém. Neste domingo (dia 31), após o anúncio da abertura do escritório, a Autoridade Palestina afirmou que vai chamar de volta seu embaixador no Brasil para consultas e para estudar uma resposta à medida.
“É direito deles reclamar”, disse Bolsonaro após ser questionado sobre o tema por jornalistas que acompanham a viagem do presidente a Israel. “A gente não quer ofender ninguém. Agora, queremos que respeitem a nossa autonomia”, completou.
EMBAIXADA – Assim que foi eleito, em novembro do ano passado, o presidente afirmou que transferiria a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
O gesto desagradaria palestinos, que reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Israel, por outro lado, considera Jerusalém a “capital eterna e indivisível” do país, embora Jerusalém não seja reconhecida internacionalmente como a capital israelense.
SEM DEFINIÇÃO – Bolsonaro foi alertado de que a transferência da embaixada poderia afetar as exportações brasileiras, principalmente de carne, para países árabes. Com isso, o presidente ainda não tomou uma decisão final sobre a cidade em que ficará a embaixada.
Ele foi questionado nesta segunda se definiria a mudança da embaixada até o fim de seu mandato.
“Bem antes disso será dada a decisão, pode ter certeza”, respondeu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os israelenses esperavam por uma embaixada; os palestinos esperavam pela neutralidade brasileira. Bolsonaro conseguiu desagradar aos dois lados. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os israelenses esperavam por uma embaixada; os palestinos esperavam pela neutralidade brasileira. Bolsonaro conseguiu desagradar aos dois lados. (C.N.)