quinta-feira, janeiro 24, 2019

Renan Calheiros quer ser o candidato ‘anti-Moro’, para blindar políticos corruptos


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Renan Calheiros quer presidir o Senado pela quarta vez
José Carlos Werneck
No momento em que senadores de vários partidos se unem numa campanha contrária a Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, para a presidência do Senado, ele tenta se posicionar como o candidato “anti-Moro”, e com essa postura quer fortalecer o Congresso Nacional e blindar os parlamentares envolvidos em investigações por corrupção.
Ele pretende explorar o corporativismo da classe política para erguer um muro de proteção à possíveis ações que, eventualmente, possam ser tomadas por parte do ministro da Justiça do governo Bolsonaro, o ex-juiz federal Sergio Moro.
CHICAGO – Renan Calheiros tem afirmado a correligionários próximos que, entre as cidades de Curitiba e Chicago, opta pela segunda,numa clara referência a Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro, que é adepto da chamada Escola de Chicago.
Renan e o ministro já se encontraram e o senador alagoano afirmou a Guedes sua posição favorável à reforma da Previdência.
Para tentar vencer a eleição, Renan Calheiros ofereceu a primeira vice-presidência do Senado ao líder do bloco opositor, o senador Cid Gomes, recém-eleito pelo PDT do Ceará. Cid afirmou à  imprensa ter recusado a oferta.
REUNIÃO – Cid Gomes e seus partidários se reunirão nesta sexta-feira, dia 25, para se posicionarem quanto a sucessão no Senado Federal. O senador cearense defende a distribuição dos cargos começando pelas Comissões e, só depois disso, decidir o apoio, ao candidato à presidência e aos cargos da Mesa Diretora.
Após essa definição eles divulgarão sua posição oficial. Uma das sugestões,do senador eleito Angelo Coronel, do PSD da Bahia, é a criação de vice-ministérios. A inusitada proposta é que para cada um dos ministérios exista um senador setorista, que se especialize nos assuntos da pasta e exerça uma cerrada fiscalização ao titular contribuindo com projetos.
Quanto à idéia do senador baiano Angelo Coronel, um veterano jornalista comentou: “Vivendo e aprendendo: Senador setorista! E eu que pensava que setorista era coisa de jornalista. Me fez lembrar os meus tempos de foca…”