quinta-feira, agosto 16, 2018

UM MOMENTO PARA REFLEXÃO



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. Política partidária – crença em uma ideologia e defesa de uma proposta de governo estabelecida por um Partido Político, consequentemente, uma boa proposta em nome da sociedade, pois se assim não fosse, não haveria razão de existir, já que a premissa é fazer com que o possível eleitor, estabeleça afinidade com essa ou aquela proposta.
 Concretizada essa proposta e tornada pública se estabelece uma relação de oferta e demanda, gerando uma entrega que se torna objeto da análise pública, com reflexos traduzidos entre críticas e elogios, princípio normal do julgamento popular.
 Da análise dessa proposta surgem variáveis alinhadas com cada ação executada e sua correlação com a proposta estabelecida previamente, daí as derivações afloram em oposição aos princípios propostos e que deveriam se contrapor aos combatidos, eis que quando comparados, tudo é igual, nada diferente.
 Por esta linha de raciocínio lógico, percebemos que não aprendemos ainda a fazer bom uso do voto, seja por não fazer um diagnóstico do passado, ignorar o presente ou por desrespeito ao futuro, mas o certo é que: terminamos votando em um por dizer não gostar do outro, com isso, mais uma vez levamos o pé de apoio para a beira do poço, e juntos, contribuímos em maioria para mais uma bancarrota.
 Há um dito popular que diz: ou é homem ou é político! A princípio um linguajar simples, mas quando analisado em pé da letra e voltando aos conceitos de outrora, pode-se entender como: ao homem – atribuía-se a palavra com valor de documento, já ao político, nem a palavra nem o documento gerado eram dignos de serventia, assim explicado a diferença.
 Essa verdade é tão frequente quanto à presença do Sol em cada novo dia, mas não serve de lição, fato notório e registrado, assim materializado por erros que se sucedem e apoios concretizados a cada momento político, daí a pergunta: porque conscientes nos deixamos enganar, mesmo quando do sistema não se espera nenhum benefício, não se é submisso e nem subserviente, então, arrisco a dizer: é que ainda não aprendemos a votar! 
Tendo esta premissa como verdadeira e não se abrindo mão da vontade de querer gestores melhores, percebe-se que a terceira via, anda totalmente esquecida, restando então, que essa mesma sociedade se conscientize do poder que tem para: quando não satisfeita com as partes tradicionalmente envolvidas, proponham sua própria opção e siga em frente, permitindo que a nova opção seja o caminho para aqueles que buscam uma mudança não viciada, onde seja possível remodelar o ambiente em conflito e que de mãos em mãos, continua na contramão do progresso, da legitimidade, impessoalidade e outros tantos bons princípios que ora tão esquecidos.
 Clama-se pelo fim da corrupção, mas vias de regra, até os supostos bons se calam quando do bolo, algumas migalhas lhes são atiradas aos pés, momento em que, infelizmente, percebe-se que a maioria reclama que do bolo não lhe sobrou nem migalhas, já que a fatia do bolo, de sonho não passou, mas que outros, mesmo sem direito por quaisquer vínculos de contribuição, servem-se e banqueteiam-se como se o dono fosse, enquanto que aqueles carregadores dos fardos, muitas vezes apedrejados, já da porta não lhe é permitido passar, pois se o Senhor já foi atendido, Servo se torna esquecido...

 J. M. Varjão. Jeremoabo/BA 06/08/2018.