sexta-feira, agosto 24, 2018


Hoje, 64 anos depois, os brasileiros devem lembrar a luta gloriosa de Getúlio Vargas


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Getúlio personificou o Trabalhismo
Antonio Santos Aquino
Nesta sexta-feira, dia 24 de agosto, faz 64 anos do suicídio do presidente Getúlio Vargas. É conveniente que lembremos, pelo menos, um pequeno trecho de sua carta-testamento. Nesta mensagem ao povo brasileiro, o grande líder revela a luta do Trabalhismo brasileiro, do sentimento político do nosso povo, que inclui a defesa dos interesses nacionais e dos direitos sociais, que estão cada vez mais ameaçados pela onda neoliberalista.
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NÃO QUEREM QUE O
POVO SEJA INDEPENDENTE
Getúlio Vargas
“Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam, não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e exploração dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça de revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização de nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente. Lutei contra a espoliação do Brasil. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo para defender o povo que se queda desamparado. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.





Janaina Paschoal critica a mídia por apoiar impugnação da candidatura de Bolsonaro


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Janaina Palschoal diz que os dois casos são diferentes
Tarciso Morais
Renova Mídia
O ministro do Supremo, Marco Aurélio, afirmou na quarta-feira (dia 22) que o fato de Jair Bolsonaro (PSL) ser réu perante o Supremo pode gerar insegurança para a candidatura do parlamentar à Presidência da República. Em uma série de tuítes publicados na manhã desta quinta-feira (dia 23), a advogada e candidata à deputada estadual em São Paulo, Janaina Paschoal, falou sobre a questão de um presidenciável ser réu.
“Estão tentando, inocentemente ou não, gerar a sensação de que Bolsonaro e Lula estariam em situações equiparáveis. Não estão!”, exclamou Janaina Paschoal no Twitter.
DIFERENÇAS – E acrescentou a advogada: “Lula foi condenado em duas instâncias, por crimes contra a administração pública! Bolsonaro está respondendo por frases! Isso precisa ficar claro!”
O deputado federal já é réu no Supremo por duas ações de injúria e incentivo ao estupro e foi denunciado por racismo pela Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por comentários feitos em palestra para comunidade judaica, no Rio de Janeiro, sobre as comunidades quilombolas.
A professora Janaina Paschoal aproveitou para explicar a diferença nas situações envolvendo Bolsonaro e o presidiário Lula. “Notem que, aos poucos, vão abandonando os fatos pelos quais Bolsonaro foi acusado e passando a dizer que ele é réu. O intuito, salvo melhor juízo, seria mais o menos o seguinte: se Lula não pode, Bolsonaro não pode! Desculpem, estão equivocados”, postou no Twitter.
FICHA LIMPA – Assinalou, ainda, que, além de Lula estar incurso na Lei da Ficha Limpa, deve-se ter em mente que quando a Constituição Federal inviabiliza a permanência de presidente réu no cargo está tratando de crimes cometidos no curso do mandato presidencial! Sim, não vi ninguém dizendo isso. Mas é isso!
E finalizou explicando para seu público que Jair Bolsonaro não pode ser impedido de concorrer ao Planalto, caso o STF aceite a denúncia de Dodge.
“Traduzindo: o dispositivo constitucional que inviabiliza presidentes réus de seguir no mandato não inviabiliza a candidatura de Bolsonaro, pois tal dispositivo se aplica ao presidente que cometeu crime no curso do mandato. Não é o caso!”
(artigo enviado por Eliel Salles)


No Brasil, a política já não tem atrativo para pessoas de alto nível moral e intelectual

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Charge do Cicero (cicero.art.br)
Sebastião Nery
A vida pública deve ser exercida com vocação, na convicção de ser um servidor do seu povo. Denegrir esse princípio no exercício da função pública é trair o sentido maior da representação popular. Arrivistas despreparados no exercício da administração pública, em todos os níveis, vêm invadindo a vida política brasileira com audácia incomum. O professor Jairo Nicolau, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é autor de um livro essencial para entender a representação do Brasil político contemporâneo. “Representantes de Quem? Os (des)caminhos do seu voto da urna à Câmara dos Deputados”.
Retrata o desvirtuamento dos homens públicos, na sua maioria, investidos de mandatos e a desarrumação geral do sistema eleitoral brasileiro.
BAIXO NÍVEL – O cientista político lamenta que os grupos qualificados fugiram da política e isso fez mal ao País. “Comparando o nível atual com o de décadas atrás, caímos em um abismo gigantesco. É que a política, de certa maneira, deixou de ser um atrativo para segmentos da classe intelectual. Quantos escritores, professores universitários temos hoje no Congresso? Um Florestan Fernandes, um FHC, formuladores, ideólogos no sentido próprio da palavra? E lideranças empresariais e artísticas? Quantos advogados constitucionalistas? Muito menos! Creio que por causa de tantos escândalos, da decepção com a política em si, essas elites se afastaram do núcleo político. E isso faz muito mal ao País”.
O voto obrigatório hoje no mundo existe em poucos países. Em apenas 31 deles, destacadamente na América Latina com 13, inclusive o Brasil. O total de países no mundo, de acordo com a ONU, são 236. Desses (desenvolvidos e em vias de desenvolvimento), no expressivo número de 205, o voto é facultativo. Voto é direito da cidadania, não é obrigação. No Brasil, a legislação eleitoral é punitiva e impositiva na obrigatoriedade do ato de votar.
SOLUÇÕES VAZIAS – Ajudando a alimentar narrativa falsificada da realidade, ignorando e iludindo a opinião pública, os candidatos vendem soluções fáceis e vazias de conteúdo. Desprezam a construção de relações de confiança entre candidato e eleitor. O que leva ao comprometimento de uma sociedade civilizada e democrática.
Na revista Veja (28/03/2018), o articulista e analista J.R.Guzzo, destaca: “Não existe democracia quando os governos são escolhidos por um eleitorado que tem um dos piores níveis de educação do mundo. Em grande parte incapaz de entender direito o que lê, as operações simples de matemática, ou noções básicas do mundo em que vive. O que pode sair de bom disso aí? O cidadão precisa passar num exame para guiar uma motocicleta. Para eleger o presidente da República, não precisa de nada”.
EQUÍVOCOS – O resultado, quase sempre, são escolhas equivocadas com impacto no presente e no futuro do Brasil. Daí brotam governos incompetentes, ineptos e, muitas vezes, trapaceiros que têm, em círculos repetitivos, levado a sociedade ao descrédito nas ações e diretrizes do poder público.
Estamos construindo um modo de vida no qual o princípio de que “todos são iguais perante a lei” é ficção. Na prática, o princípio vale para poucos que tem assegurados os seus privilégios, com a criação de leis e sinecuras do Estado, garantindo a tirania na maioria.