sexta-feira, maio 04, 2018

CORONELISMO CLÁSSICO Ex-prefeito é condenado pelo TJ-SC por trocar cestas básicas por votos

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Um ex-prefeito de Calmon (SC) perdeu seus direitos políticos por três anos depois de ser condenado por unanimidade pela 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina por distribuir cestas básicas em troca de votos. Segundo a decisão, João Batista Mazutti de Geroni trocava as cestas por votos para ele e um de seus apoiadores, o ex-deputado federal, Carlos Fernando "Coruja" Agustini.
No esquema do ex-prefeito, classificado de "hábil e astuciosos artifício" e "promíscua de distribuição" pelo juízo de segunda instância, também eram trocados produtos por anulações de multas de trânsito. "Atingindo, assim, de uma só vez, os princípios da impessoalidade, moralidade e ilegalidade”, disse, o relator, o desembargador Luiz Fernando Boller, em seu voto. Geroni Também foi determinada multa de cinco vezes a média das remunerações dos últimos dois anos.
O relator destacou que o político tem antecedentes criminais por apropriação de rendas públicas. Criticou ainda o fato de a mulher do réu, também acusada de improbidade administrativa, administrar a cidade em sua ausência. A decisão foi (Apelação Cível 0000419-87.20132.8.24.0012).
Na denúncia, Ministério Público de SC afirmou que João Batista de Geroni manteve essa prática entre 2002 e 2003 e usou servidores da prefeitura para isso. O réu disse que nenhuma prova de participação direta ou indireta dele tinha sido apresentada. A defesa do ex-prefeito citou ainda o artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa. "Sem um mínimo de má-fé não se pode cogitar da aplicação de penalidades tão severas [...] (fl. 229), mormente quando 'não restou demonstrado nos  autos o dolo ou culpa [...]'(fl.229)".
"A distribuição de cestas básicas fomentada por João Batista Mazutti de Geroni ofendeu esta tríade porque: (1) instituiu uma indevida promoção eleitoral  no uso da res publica para disseminação de sua imagem; (2) repassou a falsa sensação de um governo ativista com a causa social dos menos abastados, escrachando, na verdade, o quanto  esta parcela carente da sociedade é refém de favores sazonais típicos   dos pleitos eleitorais, in casu, do arcaico 'coronelismo', e, por fim, (3)   maculou o princípio da legalidade, pois a substituição das infrações de trânsito por cestas básicas perdurou sem nenhuma previsão legal", finalizou o desembargador.
Clique aqui para ler o acórdão

Nota da redação deste Blog - Doar cesta básica por troca de voto é crime eleitoral, o candidato que doa, ficando comprovado perde os direitos políticos.
Leio nas redes sociais que em Jeremoabo estão comprando votos e cuja moeda de compra e venda é a cesta básica.
Diante dessas constantes denúncias pergunto: a turma do PISEIRO o que estão fazendo que  não conseguem testemunhas e levam ao conhecimento dos advogados que apoiam DERI DO PALOMA?
Ou então, porque  não filmam ou fotografam?
É obrigação de todo cidadão de bem denunciar esses atos criminosos.