Atenção eleitores: Torturar números será prática comum na campanha eleitoral de 2018
por Fernando Duarte
Foto: Reprodução/ DM
A velha batalha por números nunca cessou. Mas será intensificada ao longo da campanha eleitoral que, por hora, ainda engatinha na Bahia. Os dados de promessas cumpridas do governador Rui Costa e do prefeito de Salvador, ACM Neto, levantados pelo G1, já mostram o quanto as respectivas militâncias vão brincar com os números. O site verificou as promessas de Rui nos três últimos anos e de ACM Neto no último ano. São situações que não deveriam ser passíveis de comparação. Enquanto um chega ao último ano do mandato, o outro está iniciando a gestão (o G1 não divulgou dados sobre a primeira administração do prefeito da capital baiana). Não foi o que se observou nas redes sociais. Aliados do governador Rui Costa criticaram ACM Neto por cumprir apenas 14 das 68 promessas registradas, partindo do pressuposto que o petista já assinalou como cumpridas 47 das 115 promessas de campanha. Em números absolutos e em percentuais é realmente maior. Porém a diferença de tempo é expressiva quando se analisam as duas gestões. Não se espera que em um ano algum gestor obtenha os mesmos dados de três anos. Aliás, se os números fossem absolutamente iguais, um dos dois políticos deveria se preocupar. Não é, nem de longe, o caso. Mas isso pouco importa para quem é militante. Basta ver os comentários de ambas as notícias publicadas no Facebook do Bahia Notícias. Enquanto partidários de Rui atacam ACM Neto e defendem o governador, partidários do prefeito fazem exatamente o contrário, inclusive no mesmo tom – alguns comentários, inclusive, seriam impublicáveis. E, para defender os próprios interesses, qualquer número que comprove a tese que acredita um militante vira verdade absoluta. Para esses, isso basta, na mesma lógica das pesquisas eleitorais que colocam A ou B à frente na disputa. Para os outros, no entanto, é importante ficar atento a essa avalanche numérica. Sob tortura se falam coisas que não deveriam ser ditas. Este texto integra o comentário desta terça-feira (2) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM e Clube FM.
Quarta, 03 de Janeiro de 2018 - 06:40
Lula diz ao PT que irá ao julgamento no TRF-4
por Ricardo Galhardo | Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução/ RTP
Terça, 02 de Janeiro de 2018 - 15:40
Ministro acusa Judiciário de prender Geddel e Cunha para não votar abuso de autoridade
Foto: Elvys Lopes/TV Globo
O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR) acusou o Judiciário de fazer "jogo político" com o Congresso Nacional por conta do projeto de lei de abuso de autoridade. Em entrevista à jornalista Andreia Sadi, ele afirmou que as prisões do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, só aconteceram porque a havia a possibilidade de votar a proposta. "A Justiça não está aí para fazer efeito político das coisas. Aí você lembra: 'ah, vai votar abuso do Judiciário?' Prende Eduardo Cunha. Aí vai votar de novo o abuso do Judiciário, costuram os líderes? Prende o Geddel. Eles fazem um jogo muito claro de ação política sobre as decisões do Congresso, ficam constrangendo, ameaçando”, declarou o ministro. Correligionário de Paulo Maluf (PP-SP), ele também reclamou do fato da prisão do deputado acontecer logo antes do recesso do judiciário. Na avaliação dele, a decisão deixou o parlamentar "pendurado" até fevereiro. “O processo dele [Maluf] já estava lá há seis meses para dar esse despacho. Vai dar o despacho na boca do recesso do Judiciário para o cara ficar pendurado. Todo mundo é inteligente, sabe pensar, sabe fazer conta", comentou. Também em entrevista a Andreia Sadi, Barros elogiou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por coibir as prisões temporárias e as conduções coercitivas.