sexta-feira, setembro 29, 2017

Operação prende oito vereadores e ex-secretário em Joaquim Gomes

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Parlamentares são acusados de receber dinheiro para apoiar gestão
Chefe do Gecoc, promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, e diretor da Polícia Civil, delegado Carlos Reis, participaram de operação (Fotos: 40graus.al)
Atualizado às 17h36

Uma operação realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e as polícias Civil e Militar de Alagoas, na tarde desta quarta-feira (8), resultou na prisão de oito - de um total de 11 - vereadores da Câmara Municipal de Joaquim Gomes, na Zona da Mata alagoana.

Os parlamentares são acusados de receber dinheiro público para integrar a base aliada do prefeito afastado Antônio de Araújo Barros (PSDB), conhecido como "Toinho Batista", e de não fiscalizar as supostas irregularidades praticadas pelas secretarias. Além dos vereadores, o ex-secretário de Saúde do município, Ledson da Silva, também foi detido.

Foram presos os vereadores Edivan Antônio da Silva, Antônio Gonzaga Filho, Edvaldo Alexandre da Silva Leite, Cícero Almeida Lira, Adriano Barros da Silva, Antônio Márcio Jerônimo da Silva, Antônio Emanoel de Albuquerque Moraes e Teresa Cristina de Almeida.

Vereador Antônio Emanuel de Albuquerque (Foto: Morena Melo)
De acordo com o coordenador do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), Alfredo Gaspar de Mendonça, as investigações tiveram início depois que vídeos chegaram até o Ministério Público, no qual os vereadores apareciam recebendo dinheiro.

As imagens, que foram gravadas por uma câmera escondida dentro do veículo usado por Ledson da Silva, mostram os acusados recebendo a propina.

Teresa Cristina de Almeida chega ao IML (Foto: Morena Melo)
"Os parlamentares recebiam entre R$ 2 mil e R$ 4 mil para deixar de fiscalizar as irregularidades praticadas pela prefeitura. Agora, nós vamos investigar a participação do então prefeito. Mas, como ele tem foro privilegiado, nós precisamos de autorização da Justiça", complementou o coordenador do Gecoc.

Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Os acusados foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, onde fizeram exame de corpo de delito e, em seguida, foram ouvidos por promotores. 

Vereador Edvaldo Alexandre Leite está entre os detidos (Foto: Morena Melo)


Promotor Carlos Davi Lopes disse que começou a investigar o grupo no início de setembro (Foto: Morena Melo)


Policiais ocuparam sede do Legislativo Municipal


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