Fonte: Esta matéria foi enviada por um grupo de alunos e professores, que pediram para não serem identificados por receio de represálias
Gasto
na Educação – prática que precisa ser repensada
O
Sistema Educacional Brasileiro é uma estrutura administrativa que está em
relação de interdependência com o Sistema Judiciário, o Sistema Econômico, o
Sistema de Saúde, dentre outros, todavia o Ministério da Educação ao invés de
fiscalizar os recursos financeiros que injeta na Educação, deixa isso a cargo
da população, esquecendo que esta é desprovida de muitas pessoas livres à
participação, à política, pessoas essas que na maioria delas, vivem em situação
de miserabilidade e “devedoras de favores a políticos”, logo não recorrem à
justiça, não têm a saúde adequada...
Essa
quantia gigantesca de reais que o prefeito interino quer injetar em transporte
particular para a Educação de Jeremoabo, é um desrespeito para com o povo. Um
prefeito que está na cadeira apenas para passar uma chuva, à espera de quem é
democraticamente escolhido pelo povo. Deveria ele, ajustar as contas da
prefeitura, provocar o equilíbrio, controlar os gastos, honrar o seu próprio
nome. Ora, um prefeito que não foi escolhido pelo povo, deveria no mínimo,
olhar pela população menos favorecida economicamente, entretanto, pelo visto,
está trabalhando apenas para o seu grupo de derrotados judicialmente se manter
no reinado. Quem não tem uma direção a seguir, pode se desviar da rota e cair
num túnel sem volta, e se for o da corrupção, este o povo condena.
As
escolas de Jeremoabo, estudantes, professores e demais profissionais
necessitando de tanto apoio e investimento, ficam desolados e estarrecidos
quando os recursos destinados a eles são levados para outros rios. Muitas
escolas precisando de reformas físicas, o professorado necessitando de
materiais e equipamentos para a sua prática pedagógica, precisando de um Plano
de carreira que lhe assegure um salário digno pelo seu valoroso trabalho, de um
Plano de Saúde, os estudantes precisando de cadeiras para sentar e quando se
refere em cadeira e mesa para o professor nem fala, falta às escolas estruturas
adequadas para os portadores de necessidades educativas especiais, e o interino
ainda vem falar, em rádio, acerca de Educação Especial, não tem professores
formados adequadamente, tampouco em quantidade, para trabalhar com os
estudantes especiais. Ao aludir ao pessoal de apoio do professor, sabe-se que o
salário que essa categoria recebe não lhe paga as contas, pouco mais de um
salário mínimo, numa crise econômica que o país vem sofrendo, deixando o poder
de aquisição de compra do salário do trabalhador cada vez mais fragilizado.
Agora
em Jeremoabo, virou moda a Secretaria de Educação esperar que todas as escolas
se auto-administrem, ou seja, quer que os diretores façam milagres com o
dinheiro que vem direto para as escolas, e a referida secretaria deixa essas
escolas abandonadas quando se tange ao FUNDEB 40 %, é visível que isso não
depende da vontade do Secretário, e sim do prefeito. Os professores precisam de materiais para suas
metodologias de ensino, precisa de um ambiente adequado e arejado, e não
sufocante, neste calor descomunal.
Os alunos necessitam de uma merenda de
qualidade, e não apenas de cuscuz seco, como serviam no período da eleição,
necessitam também de salas de INFORMÁTICA, bem como salas de recursos de
tecnologias assistivas. Se o FUNDEB 40 for bem administrado, dar para investir,
equipar e preparar o ambiente de aprendizagem escolar em espaço prazeroso e
adequado. Conforme Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 39-40)
[...]
as políticas educacionais e as diretrizes organizacionais e curriculares são
portadoras de intencionalidades, ideias, valores, atitudes e práticas que vão
influenciar as escolas e seus profissionais na configuração das práticas
formativas dos alunos, determinando um tipo de sujeito a ser educado. [...] os
profissionais das escolas podem aderir ou resistir a tais políticas e
diretrizes do sistema escolar, ou então dialogar com elas e formular,
colaborativamente, práticas formativas e inovadoras em vista de outro tipo de
sujeito a ser educado, com base em uma visão sociocrítica de sociedade [...].
E vêm
agora com essa licitação para Transporte Escolar com esse valor exorbitante de R$ 4.376.548,40,(quatro milhões,
trezentos e setenta e seis mil, quinhentos
e quarenta e oito reais e quarenta centavos), dizendo que é uma necessidade,
tendo o município, os ônibus amarelinhos, doados pelo G. Isso é um absurdo e
revoltante. Se o interino respeitasse minimamente o povo, como está respeitando
a candidata que foi impugnada pela justiça, no mínimo a população de estudantes
sairia da margem baixíssima do IDEB e alçaria vôos longínquos.
Todavia, essa inovação depende muito da forma
como o prefeito interino do município concebe os investimentos na Educação no
seu sentido lato.
Nota da redação deste Blog - Quero parabenizar esses paladinos da educação e da cultura, que num ato de bravura (digo ato de bravura, porque numa terra onde quase todos por medo são omissos, quem tem coragem de se manifestar é herói), mandaram um recado para o interino demonstrando que o povo não é bobo e está observando tudo.
Nota da redação deste Blog - Quero parabenizar esses paladinos da educação e da cultura, que num ato de bravura (digo ato de bravura, porque numa terra onde quase todos por medo são omissos, quem tem coragem de se manifestar é herói), mandaram um recado para o interino demonstrando que o povo não é bobo e está observando tudo.