Imprensa internacional ridiculariza o “golpe” denunciado por Dilma
Mesmo sabendo que o assessor de assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia acompanhará a presidente Dilma Rousseff em sua temporada no tal “bunker” do Palácio da Alvorada, acho que o ex-Aerolula 51 não vai virar o Aerogolpe de Dona Maria, num tour pelo vasto mundo para anunciar o advento de um golpe para instituir um “Estado de Exceção” abaixo do Equador.
Basta ler os editoriais dos principais jornais e revistas estrangeiros, para se chegar à conclusão que a teoria do golpe não decolou:
- The Economist
- The New York Times
- The Times
- El Pais
- The Washington Post
- Le Monde
UM MICO COLOSSAL
Ou por outra: a presidente Dilma pagou um mico global e está sendo vista como mentirosa. E nós é claro, como otários. Que outro povo de qual outro país do planeta teria elegido – por duas vezes! – essa senhora mentalmente prejudicada, para desencaminhá-lo?
Por outro lado, o futuro presidenteTemer também não poderá cruzar os ares em velocidade de cruzeiro para cuidar da sua imagem internacional. Se ele sair do Brasil – acompanhado pela primeira-dama mais bonita deste mundo – adivinha quem ficaria por aqui de presidente da República?
Todo cuidado é pouco: Editorial do Clube Militar é nitroglicerina pura!
O Presidente do Clube Militar, general Gilberto Pimentel acaba de postar na página do tradicional instituição na internet, um violentíssimo editorial. No texto, ele critica a situação nacional, a crise econômica, a corrupção institucionalizada e também coloca em suspeição a atuação dos ministros do Supremo Tribuna Federal…
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NÃO PERMITAMOS A TROCA DE SEIS POR MEIA DÚZIA
General Gilberto Pimentel
Estamos na iminência de um novo governo. É inevitável que assim seja. Nosso país não parou somente. Está em queda livre. A incompetência e a irresponsabilidade estão destruindo nossa economia, enquanto a presidente, desesperada para se manter no cargo, inferniza a vida dos brasileiros com seus discursos ameaçadores e vazios.
Pioram rapidamente as contas públicas, o desemprego segue em ascensão e a produção diminui a cada dia com o prolongado declínio dos investimentos. O buraco nas contas públicas chegou a 5,77 bilhões, segundo os últimos cálculos do Banco Central. Não há Brasil que suporte.
Mas não é só isso. A corrupção foi institucionalizada. Nunca antes na história deste país se roubou tanto quanto nos últimos 13 anos. O governo petista nem esconde mais que virou um ajuntamento de larápios. E contaminou todas as instâncias do poder político, sobretudo, mas não somente, o Executivo e o Legislativo.
Os presidentes do Congresso são réus e uma grande parte dos representantes do povo naquela Casa têm contas a pagar por envolvimento em atos de corrupção explícitos e desvio de conduta ética e moral. O Brasil não é mais visto com o respeito de antes pela comunidade internacional. Não merecemos isso. Precisamos de uma nova oportunidade, por pequena que seja.
Um novo governo, não nos iludamos, provisório nesse contexto, terá pouca chance de obter algum êxito sem um grande acordo entre os homens de bem que ainda restam na nossa política, nem tantos, e sem a participação e a cobrança permanente da sociedade.
Mas há algo ainda essencial: o afastamento e a punição rigorosa de todos os representantes do povo que desmereceram a confiança neles depositada. Inconcebível que se fale em imunidade para ladrões. Em especial para assaltantes dos cofres públicos. Suas punições, ao contrário, devem ser exemplares e extremamente rigorosas. Sem isso nada feito.
Dados do Supremo Tribunal Federal (STF) – foro para julgamento de deputados e senadores – infelizmente não trazem qualquer alento nesse sentido. Não punem políticos que praticam crimes. Algo de muito errado e suspeito se passa naquela suprema Corte. A prescrição acaba sendo a regra geral. Uma vergonha que precisa ter fim se desejamos mudar esse País.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O general Pimentel tem saudades do regime militar. Costuma dizer: “Lembrem-se de 64”. Seu editorial contém equívocos. Se o buraco nas contas públicas fosse somente de R$ 5,77 bilhões, o país estaria numa boa… O mais importante é que, ao contrário do que aconteceu em 1964, desta vez o Clube Militar não representa o pensamento dos oficiais da ativa. Eles estão revoltados com a incompetência do governo, o desaparelhamento das Forças Armadas, a corrupção desenfreada, a contenção dos soldos e tudo o mais, porém não pensam em golpe de Estado. A História não se repetirá como farsa, podem apostar. (C.N.)