Por falta de selo, cartório suspende serviço de autenticação de documentos
Por Luiz Brito DRT/Ba 3.913
Reprodução
Há mais de 120 dias os cerca de
50 mil moradores de Jeremoabo, na Região Norte da Bahia, estão sem poder
reconhecer firma e autenticar documentos no cartório da cidade por
falta do selo usado na certificação dos documentos. Moradores da cidade
reclamam da situação que tem dificultado, e em alguns casos
impossibilitado, a venda de terrenos que carecem de abertura de firmas,
autenticação de cópia de certidão de nascimento e certidões de
casamento, entre outros.
O alerta foi dado pelo vereador Tião da Lagoa do
Mato, na sessão desta terça-feira (26). “Nos ultimas meses, as pessoas
tiveram que se dirigir a Pedro Alexandre, Antas ou Paulo Afonso. “Eu
como representante do povo do Jeremoabo, me sinto na obrigação de cobrar
providencias urgentes da Corregedoria das Comarcas do Interior”,
sentenciou Tião.
"Jeremoabo é a mãe desses municípios do entorno, é
triste ver nossa gente tendo que se deslocar daqui para autenticar um
documento em Pedro Alexandre, uma cidade que em todos os aspectos é
inferior a terra da Jurema em Flôr, com todo respeito a população do
município vizinho. Segundo o parlamentar, não há previsão de quando vão
voltar a realizar o serviço”.
Um morador da cidade, que pediu para não ser identificado, afirmou
estar impossibilitado de autenticar a cópia da certidão de nascimento do
filho recém-nascido e de dar entrada no casamento civil já que as
futuras testemunhas da cerimônia não conseguiram reconhecer firma no
cartório.Nota da redação deste Blog - Será que a burocracia dos Cartórios de Jeremoabo só começaram a acontecer agora em 2016, ano de eleições?
Informo que não, essa doença já se tornou crônica, só que a culpa não é dos Cartórios de Jeremoabo, mas da administração estadual.
Para que o cidadão de Jeremoabo entenda, transcreverei abaixo uma matéria do site Bahia Notícias.
Corregedora-geral do TJ-BA critica falta de concurso e 'má gestão' na Justiça baiana
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias
Atual corregedora-geral do Tribunal de Justiça da Bahia, a
desembargadora Ivete Caldas não tem reservas para criticar a situação da
Corte máxima do estado e a condução do presidente Mário Alberto Hirs em
diversas questões. Possível pleiteante ao comando do TJ-BA na próxima
gestão, ela faz questão de frisar, sobretudo, que o Serviço de Automação
da Justiça (SAJ) é ineficaz e o número de servidores insuficientes para
a demanda de processos. Segundo ela, há proposta de resolução para
regulamentar concurso público de 10 mil servidores do primeiro grau.
Mesmo assim, Hirs não põe em votação no tribunal pleno. "Os cargos são
criados por necessidade, e tem que ter a prévia dotação orçamentária,
porque ele vai ser preenchido. E se ele não é preenchido, e nós temos no
caso da Justiça Comum mais de 10 mil vagas, onde está esse dinheiro do
pagamento de pessoal? A Presidência devolve, porque não tem os 10 mil
para pagar? Não sei", questionou, em entrevista ao Bahia Notícias. Ivete
fala também sobre os procedimentos administrativos abertos contra
magistrados e funcionários no último ano e conclui: os membros do
Judiciário precisam denunciar mais situações de improbidade e corrupção à
Corregedoria. "Se falou muito sobre a prática de corrupção nos oficiais
de Justiça. Alguns desembargadores disseram que " os advogados estão
reclamando”. Mas os advogados incentivam muito essa prática. Não creio
que seja a maioria, porque se fosse a maioria seria o caos. Mas muitos
incentivam, é uma questão lógica, porque se não incentivassem, os
oficiais de justiça não estariam condicionando o cumprimento de uma
diligência sob pagamento de propina", avaliou. Confira a entrevista na íntegra!
Observação: Essa matéria foi pública em Sexta, 16 de Agosto de 2013 - 00:00, portando a deficiência já vem de longe.
Mas vamos olhar outra bem recente: