terça-feira, abril 26, 2016

Perto de eleições, só agora os vereadores começam a enxergarem o que há muito tempo não funciona em Jeremoabo

Por falta de selo, cartório suspende serviço de autenticação de documentos

Por Luiz Brito DRT/Ba 3.913
Reprodução
Há mais de 120 dias os cerca de 50 mil moradores de Jeremoabo, na Região Norte da Bahia, estão sem poder reconhecer firma e autenticar documentos no cartório da cidade por falta do selo usado na certificação dos documentos. Moradores da cidade reclamam da situação que tem dificultado, e em alguns casos impossibilitado, a venda de terrenos que carecem de abertura de firmas, autenticação de cópia de certidão de nascimento e certidões de casamento, entre outros. 
O alerta foi dado pelo vereador Tião da Lagoa do Mato, na sessão desta terça-feira (26).  “Nos ultimas meses, as pessoas tiveram que se dirigir a Pedro Alexandre, Antas ou Paulo Afonso. “Eu como representante do povo do Jeremoabo, me sinto na obrigação de cobrar providencias urgentes da Corregedoria das Comarcas do Interior”, sentenciou Tião.
"Jeremoabo é a mãe desses municípios do entorno, é triste ver nossa gente tendo que se deslocar daqui para autenticar um documento em Pedro Alexandre, uma cidade que em todos os aspectos é inferior a terra da Jurema em Flôr,  com todo respeito a população do município vizinho. Segundo o parlamentar, não há previsão de quando vão voltar a realizar o serviço”.   
Um morador da cidade, que pediu para não ser identificado, afirmou estar impossibilitado de autenticar a cópia da certidão de nascimento do filho recém-nascido e de dar entrada no casamento civil já que as futuras testemunhas da cerimônia não conseguiram reconhecer firma no cartório.
Nota da redação deste Blog - Será que a burocracia dos Cartórios de Jeremoabo só começaram a acontecer agora em 2016, ano de eleições?
Informo que não, essa doença já se tornou crônica, só que a culpa não é dos Cartórios de Jeremoabo, mas da administração estadual.
Para que o cidadão de Jeremoabo entenda, transcreverei abaixo uma  matéria do site Bahia Notícias.

Corregedora-geral do TJ-BA critica falta de concurso e 'má gestão' na Justiça baiana

Corregedora-geral do TJ-BA critica falta de concurso e 'má gestão' na Justiça baiana
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

Atual corregedora-geral do Tribunal de Justiça da Bahia, a desembargadora Ivete Caldas não tem reservas para criticar a situação da Corte máxima do estado e a condução do presidente Mário Alberto Hirs em diversas questões. Possível pleiteante ao comando do TJ-BA na próxima gestão, ela faz questão de frisar, sobretudo, que o Serviço de Automação da Justiça (SAJ) é ineficaz e o número de servidores insuficientes para a demanda de processos. Segundo ela, há proposta de resolução para regulamentar concurso público de 10 mil servidores do primeiro grau. Mesmo assim, Hirs não põe em votação no tribunal pleno. "Os cargos são criados por necessidade, e tem que ter a prévia dotação orçamentária, porque ele vai ser preenchido. E se ele não é preenchido, e nós temos no caso da Justiça Comum mais de 10 mil vagas, onde está esse dinheiro do pagamento de pessoal? A Presidência devolve, porque não tem os 10 mil para pagar? Não sei", questionou, em entrevista ao Bahia Notícias. Ivete fala também sobre os procedimentos administrativos abertos contra magistrados e funcionários no último ano e conclui: os membros do Judiciário precisam denunciar mais situações de improbidade e corrupção à Corregedoria. "Se falou muito sobre a prática de corrupção nos oficiais de Justiça. Alguns desembargadores disseram que " os advogados estão reclamando”. Mas os advogados incentivam muito essa prática. Não creio que seja a maioria, porque se fosse a maioria seria o caos. Mas muitos incentivam, é uma questão lógica, porque se não incentivassem, os oficiais de justiça não estariam condicionando o cumprimento de uma diligência sob pagamento de propina", avaliou. Confira a entrevista na íntegra!
Observação: Essa matéria foi pública em Sexta, 16 de Agosto de 2013 - 00:00, portando a deficiência já vem de longe.
Mas vamos olhar outra bem recente: