quarta-feira, fevereiro 24, 2016

A POLÍTICA E OS PUXA-SACOS: ALGUMAS PISTAS PARA IDENTIFICÁ-LOS.

 JEREMOABO CUIDANDO DA NOSSA GENTE!



Da redação


Uma rápida análise nos dicionários revela que a palavra puxa-saco é um adjetivo ou substantivo usado com sentido pejorativo, significando pessoa que adula, bajula, baba ovo. Puxa saco é uma palavra que vem do latin bajulare, que significa adular servilmente. 

Não é difícil encontrar quem é, foi ou conhece alguém que pratica a bajulação. Um puxa-saco é conhecido por rasgar seda, ou seja, elogiar alguém excessivamente com o objetivo de conseguir alguma coisa para o seu próprio benefício.

Há bajuladores que desejam apenas o reconhecimento da pessoa bajulada. Um exemplo disso é encontrado em algumas pessoas que, hábeis no uso da linguagem, desejam apenas o elogio dos seus "senhores".  Estes, às vezes, elogiam a fidelidade e submissão dos seus “servos” que são autores de posts  publicados em blogs que recebem recursos financeiros provenientes dos cofres públicos e/ou dos políticos profissionais.

Em muitas cidades brasileiras tem crescido o número de blogs que são criados com o objetivo precípuo de fazer propaganda e publicidade de políticos profissionais, de grupos políticos, de governos e/ou de empresas privadas. Muitos editores e proprietários de blogs, no desejo de receber dinheiro e outros benefícios, divulgam informações em prol de políticos profissionais que pagam por mensagens, fotos, banners e vídeos que são postados,  quer sejam pelos editores dos blogs, quer sejam pelos puxa-sacos que, subservientes,  elaboram  posts defendendo um governo, um grupo político e/ou um político profissional qualquer.  

Os bajuladores “letrados” podem possuir um espaço reservado nesse tipo de blog, com direito a uma foto de cada um dos puxa-sacos, com ou sem photoshop. Têm os “egos massageados” quando são chamados de colunistas, comentaristas, cronistas ou escritores. Não é de se estranhar que alguns desses “letrados” tomam gosto pela política e adoram ser fotografados ao lado dos políticos (presidentes, governadores, senadores, prefeitos, deputados e vereadores).  A submissão de alguns deles é tamanha, que almejam assumir uma função no poder legislativo (vereador ou deputado) ou galgar uma boquinha no executivo. Assim, acreditam que, caso sejam eleitos ou nomeados para um cargo comissionado no poder executivo, receberão dos seus “senhores” um forte aperto de mão ou um abraço, em vez de receber apenas um “tapinha no ombro”. Desejam, portanto, alcançar um melhor posicionamento na arena política, pois acreditam que podem ser úteis aos interesses dos seus “senhores”.

A gestão pública brasileira está infestada de puxa-sacos. Até a primeira metade da década de 90, os cidadãos comuns não identificavam com facilidade os puxa-sacos a serviço de um determinado governo. Com a implantação e expansão da internet, foi possível identificá-los mais facilmente, uma vez que passaram a utilizar da internet para bajular os políticos profissionais.

Na virada do século XX e início do século XXI, as redes sociais e blogs conquistam milhões de brasileiros. Começa, portanto, a trajetória dos bajuladores que passam a utilizar a internet para defender publicamente os seus “senhores”.  Para  identificá-los basta empreender uma breve análise das mensagens que esses bajuladores postam no twitter, no facebook, no whatsApp ou em um desses blogs que são criados para fazer propaganda e divulgar informes de políticos profissionais. 

Antes ocultos, agora expostos na internet, os puxa-sacos ficam a serviço dos políticos profissionais. Alguns deles fazem parte da “mídia pelega”, a exemplo dos donos de blogs, jornais, portais de notícias
que produzem matérias com um viés puramente tendencioso. Alguns bajuladores utilizam dos espaços gratuitos disponibilizados pela “mídia pelega". Basta um cidadão comum postar uma crítica qualquer a um determinado governo ou político(s) profissional(is), que logo surgem eles, os puxa-sacos, enviando posts, contrapondo-se à crítica.

No caso dos blogs, geralmente, os bajuladores que fazem bom uso da língua portuguesa publicam alguns posts em forma crônicas e fábulas. Muito deles em vez de “puxar os sacos” dos políticos deveriam utilizar para fins nobres as competências adquiridas nos bancos escolares ou na labuta do dia a dia.

Segundo Willian Shakespeare (1564-1616), os políticos que gostam de ser adulados são dignos dos aduladores. Epicteto (55-135), filósofo grego estóico, afirmou que "um adulador parece-se com um amigo, como um lobo se parece com um cão. Cuida, pois, em não admitir inadvertidamente, na tua casa, lobos famintos em vez de cães de guarda".

Nem todo governo é corrupto. Nem todo político é corrupto. Nem todo blog é vendido. Nem todos os posts que defendem os governos e os políticos profissionais são criados por puxa-sacos.

Os governos e os políticos éticos não precisam dos serviços sujos dos puxa-sacos. Os blogs éticos precisam ser suficientemente isentos da influência governamental e dos políticos profissionais para que possam informar com neutralidade adequada aquilo que se refere à ação política nos seus diversos níveis.

A ética é um eficiente antídoto contra as “mordidas” dos puxa-sacos.  Sem ética não há credibilidade, os bajuladores caem no descrédito e passam a ser motivo de chacota.


“Todo aquele que expressa admiração frequente por tudo que vê, ou é um ignorante naquilo que admira ou um adulador de quem fez a obra”.


Prefiro os que me criticam aos que me bajulam. Os que me criticam me corrigem, os que me bajulam me corrompem.






Artigo: A POLÍTICA E OS PUXA-SACOS: ALGUMAS PISTAS PARA IDENTIFICÁ-LOS.
http://conquistapolitica.blogspot.com.br/2015/02/a-politica-e-os-puxa-sacos-algumas.html
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Nota da Redação deste Blog - Por menos culto que seja o cidadão, com um pouco de atenção na leitura deste artigo, conseguirá entender, e localizar os tipos de puxa-sacos existentes em Jeremoabo, bem como, quais as suas intenções e os seus objetos.
Para ficar mais cristalino ainda, grifei alguns parágrafos ou palavras, só assim, não existirá dificuldade para a sua identidade e qualificação.

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Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Beatriz Bulla
Estadão