Cunha enfrenta Renan e defende Temer à frente do PMDB
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IMPEACHMENT – Conforme se antecipou aqui, Câmara recorrerá ao STF com embargos de declaração. E faz muito bem!
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OS DEPUTADOS E A SAÍDA DE CUNHA – Em levantamento igualmente problemático, 60% seriam a favor da cassação de deputado
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OS DEPUTADOS E O IMPEACHMENT – Infelizmente, números do Datafolha, dada a forma da pesquisa, mais confundem do que informam
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DATAFOLHA 2 – Lula é o mais rejeitado, e Aécio aparece na frente para 2018
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DATAFOLHA 1 – Dilma tem discretíssima melhora
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As reinações de Renanzinho, o esbirro
Cunha vai ao ataque de novo e faz gesto arriscado
Adriano Ceolin
Presidente da Câmara pressiona o STF a publicar o acórdão sobre o rito do impeachment de Dilma-
Oposição traça boicote até que o STF faça o julgamento
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ANÁLISE
Editorial do Estadão: Dilma nas mãos de Renan
Publicado no Estadão
A quinta-feira passada foi um dia de importantes vitórias para a presidente Dilma Rousseff. O processo de impeachment ganhou novos e sólidos obstáculos no Supremo Tribunal Federal e no Congresso. Além disso, o PMDB rachou de vez, exatamente como Dilma queria, fragilizando o grupo do vice-presidente Michel Temer, herdeiro de seu cargo em caso de impeachment.
21/12/2015
às 16:41 \ Direto ao Ponto
Os inventores da Ditadura do Latinório vão logo aprender que toga não é japona
ATUALIZADO ÀS 16h41
A maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal aproveitou a sessão convocada para deliberar sobre o processo de impeachment para revogar o equilíbrio entre os Poderes. Na cabeça de oito dos 11 bacharéis em Direito indicados pela Presidência da República e aprovados pelo Senado depois de uma sabatina com cara de chá de senhoras, os três Poderes são independentes, mas só o Judiciário não é dependente de outro. Já o Executivo e o Legislativo dependem do que dá na telha do Poder que manda nos dois e não obedece a nenhum.
Declamando criativas interpretações de normas constitucionais, verbetes de dicionário e citações em Latim, o bloco majoritário fez o diabo. Prorrogou por tempo indeterminado a sobrevida da presidente agonizante, redesenhou o Congresso para subordinar a Câmara do renegado Eduardo Cunha ao Senado do patriota Renan Calheiros, rebaixou 513 representantes do povo a capinhas de 81 representantes das 27 unidades federativas e deixou claro que, sem o endosso dos senadores, decisões dos deputados valem tanto quanto palpites da mulher do cafezinho. Fora o resto.
A maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal aproveitou a sessão convocada para deliberar sobre o processo de impeachment para revogar o equilíbrio entre os Poderes. Na cabeça de oito dos 11 bacharéis em Direito indicados pela Presidência da República e aprovados pelo Senado depois de uma sabatina com cara de chá de senhoras, os três Poderes são independentes, mas só o Judiciário não é dependente de outro. Já o Executivo e o Legislativo dependem do que dá na telha do Poder que manda nos dois e não obedece a nenhum.
Declamando criativas interpretações de normas constitucionais, verbetes de dicionário e citações em Latim, o bloco majoritário fez o diabo. Prorrogou por tempo indeterminado a sobrevida da presidente agonizante, redesenhou o Congresso para subordinar a Câmara do renegado Eduardo Cunha ao Senado do patriota Renan Calheiros, rebaixou 513 representantes do povo a capinhas de 81 representantes das 27 unidades federativas e deixou claro que, sem o endosso dos senadores, decisões dos deputados valem tanto quanto palpites da mulher do cafezinho. Fora o resto.
Não faz tanto tempo assim que os ministros eram escolhidos entre os
melhores e mais brilhantes, e efetivamente compunham o corpo de elite do
universo jurídico brasileiro. Também assolado pela Era da Mediocridade,
o STF foi ficando parecido com os vizinhos de praça. Com o advento da
Era da Canalhice, o estrago foi consumado pela aplicação ostensiva do
parágrafo único adotado pela seita lulopetista para preencher vagas no
STF: a escolha deve atender aos interesses do Planalto. Ponto.
Só podia dar no que deu. Ainda que se disfarçassem de turista em dia de visitação pública ao prédio em Washington, certos juízes seriam barrados na portaria da Corte Suprema americana. Lá o esquema de segurança é severo com figuras esquisitas, e isso é o que não falta na similar brasileira. Essa gente de toga fala muito, e fala coisas estranhas. Escreve demais. e escreve coisas tão difíceis que nem sobra tempo para pensar, conversar com gente normal, saber o que vai pelo Brasil de verdade, em tudo diferente da Pasárgada onde moram e decidem o que pode e o que não pode, o que é certo e o que é errado.
Um ministro do STF não precisa afligir-se com o desemprego em expansão nem com a inflação descontrolada. Não sucumbe a surtos de indignação quando confrontado com as cifras da roubalheira ou com os devastadores efeitos da incompetência. Não chega a perder o sono com a desfaçatez da seita que pariu a maior crise da história republicana. Nunca tem pressa: entre o começo e o fim da sessão, por exemplo, mais 5 mil trabalhadores foram demitidos, mas os sábios supremos seguiram escandindo sílabas como quem está desvendando o mistério da Santíssima Trindade. Eles ignoram que a paciência da plateia acabou.
“Japona não é toga”, lembrou em outubro de 1964 o então presidente do Senado, Auro Moura Andrade, para barrar a investida autoritária de chefes militares dispostos a violentar a Constituição. Com quatro palavras, Auro ensinou que cabia ao Supremo Tribunal Federal, não às Forças Armadas, lidar com questões constitucionais ─ pela simples e boa razão de que general não é juiz. É hora de inverter a ordem dos substantivos para adaptar a frase aos tempos modernos ─ e transformá-la em advertência aos oniscientes de araque.
Antes que tentem proclamar a Ditadura do Latinório, os superdoutores precisam aprender que toga não é japona. A lição será assimilada em poucos segundos se for ministrada durante as manifestações que a portentosa oposição real está devendo a si mesma. A voz das ruas também cura surdez seletiva.
Só podia dar no que deu. Ainda que se disfarçassem de turista em dia de visitação pública ao prédio em Washington, certos juízes seriam barrados na portaria da Corte Suprema americana. Lá o esquema de segurança é severo com figuras esquisitas, e isso é o que não falta na similar brasileira. Essa gente de toga fala muito, e fala coisas estranhas. Escreve demais. e escreve coisas tão difíceis que nem sobra tempo para pensar, conversar com gente normal, saber o que vai pelo Brasil de verdade, em tudo diferente da Pasárgada onde moram e decidem o que pode e o que não pode, o que é certo e o que é errado.
Um ministro do STF não precisa afligir-se com o desemprego em expansão nem com a inflação descontrolada. Não sucumbe a surtos de indignação quando confrontado com as cifras da roubalheira ou com os devastadores efeitos da incompetência. Não chega a perder o sono com a desfaçatez da seita que pariu a maior crise da história republicana. Nunca tem pressa: entre o começo e o fim da sessão, por exemplo, mais 5 mil trabalhadores foram demitidos, mas os sábios supremos seguiram escandindo sílabas como quem está desvendando o mistério da Santíssima Trindade. Eles ignoram que a paciência da plateia acabou.
“Japona não é toga”, lembrou em outubro de 1964 o então presidente do Senado, Auro Moura Andrade, para barrar a investida autoritária de chefes militares dispostos a violentar a Constituição. Com quatro palavras, Auro ensinou que cabia ao Supremo Tribunal Federal, não às Forças Armadas, lidar com questões constitucionais ─ pela simples e boa razão de que general não é juiz. É hora de inverter a ordem dos substantivos para adaptar a frase aos tempos modernos ─ e transformá-la em advertência aos oniscientes de araque.
Antes que tentem proclamar a Ditadura do Latinório, os superdoutores precisam aprender que toga não é japona. A lição será assimilada em poucos segundos se for ministrada durante as manifestações que a portentosa oposição real está devendo a si mesma. A voz das ruas também cura surdez seletiva.
21/12/2015
às 16:25 \ Opinião
Fernando Gabeira: Feliz Natal, apesar de tudo
Publicado no Globo
Papai Noel ou o Japonês da Federal? Sapatos de cromo ou tornozeleira eletrônica? É um dilema para os estão no topo da política brasileira. Na planície, foi um ano terrível, aqui e lá fora. Milhares de refugiados de guerra, atentados, mar de lama, epidemias, corrupção. Ainda assim, há o que celebrar. A solidariedade, por exemplo. Esteve presente na onda de refugiados que invadiu a Europa. Nos distritos arrasados de Mariana, felizmente, também não faltou.
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Papai Noel ou o Japonês da Federal? Sapatos de cromo ou tornozeleira eletrônica? É um dilema para os estão no topo da política brasileira. Na planície, foi um ano terrível, aqui e lá fora. Milhares de refugiados de guerra, atentados, mar de lama, epidemias, corrupção. Ainda assim, há o que celebrar. A solidariedade, por exemplo. Esteve presente na onda de refugiados que invadiu a Europa. Nos distritos arrasados de Mariana, felizmente, também não faltou.
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20/12/2015
às 14:05 \ Opinião
“Zero fora, zero” e outras cinco notas de Carlos Brickmann
Publicado na Coluna de Carlos Brickmann
Levy saiu? Para o país, não há diferença: não se discute o saber, mas o efeito da presença do ministro. Levy, Guido Mantega ou Vagner Love, tanto faz (ou não faz): quem aceita ser ministro de Dilma já sabe mesmo que não vai mandar.
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Levy saiu? Para o país, não há diferença: não se discute o saber, mas o efeito da presença do ministro. Levy, Guido Mantega ou Vagner Love, tanto faz (ou não faz): quem aceita ser ministro de Dilma já sabe mesmo que não vai mandar.
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19/12/2015
às 18:56 \ Opinião
Reynaldo Rocha: De onde menos se espera é que não sai nada mesmo
REYNALDO ROCHA
Com a rapidez de sempre e a ironia demolidora que poucos possuem, Augusto Nunes comparou o novo ministro da Economia ao gandula do jogo de futebol. Peço licença para discordar. Nelson Barbosa é o auxiliar técnico (aquele que é funcionário do clube e somente assume a função de treinador quando não há mais ninguém para ocupar o posto) de Dilma Roussef.
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Com a rapidez de sempre e a ironia demolidora que poucos possuem, Augusto Nunes comparou o novo ministro da Economia ao gandula do jogo de futebol. Peço licença para discordar. Nelson Barbosa é o auxiliar técnico (aquele que é funcionário do clube e somente assume a função de treinador quando não há mais ninguém para ocupar o posto) de Dilma Roussef.
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19/12/2015
às 17:23 \ Opinião
Editorial do Estadão: Dilma nas mãos de Renan
Publicado no Estadão
A quinta-feira passada foi um dia de
importantes vitórias para a presidente Dilma Rousseff. O processo de
impeachment ganhou novos e sólidos obstáculos no Supremo Tribunal
Federal e no Congresso. Além disso, o PMDB rachou de vez, exatamente
como Dilma queria, fragilizando o grupo do vice-presidente Michel Temer,
herdeiro de seu cargo em caso de impeachment.
19/12/2015
às 16:48 \ Opinião
Editorial do Globo: Dilma assume a Fazenda e nomeia Barbosa
Publicado no Globo
A razão pela qual Joaquim Levy foi um dos mais fracos ministros da Fazenda dos últimos 25 anos ficou explícita ontem, na confirmação da sua troca por Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. Além de não ter sido qualquer surpresa — pelo perfil de Barbosa, próximo ao PT —, a mudança confirma que a presidente Dilma Rousseff é o verdadeiro ministro da Fazenda, o que implica nova dose de riscos para o país e mais preocupações com o futuro, já muito nebuloso, da economia.
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A razão pela qual Joaquim Levy foi um dos mais fracos ministros da Fazenda dos últimos 25 anos ficou explícita ontem, na confirmação da sua troca por Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. Além de não ter sido qualquer surpresa — pelo perfil de Barbosa, próximo ao PT —, a mudança confirma que a presidente Dilma Rousseff é o verdadeiro ministro da Fazenda, o que implica nova dose de riscos para o país e mais preocupações com o futuro, já muito nebuloso, da economia.
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19/12/2015
às 8:57 \ Opinião
Fernando Gabeira: Sobre o ato de respirar
Publicado no Estadão
Deixo Brasília com a sensação de que nada muito importante acontecerá antes do carnaval. Mas a crise sempre pode surpreender. Muitos ainda não sabem se vão receber a visita de Papai Noel ou do japonês da Federal. Mas a verdade é que o cerco se está fechando sobre o PT e seus aliados.
A semana foi marcada por manifestações contra o impeachment. Foram menores que as outras. E os analistas se apressaram a concluir que o governo respira. O interessante é que há uma sensação de alívio nesta frase: o governo respira. O pensamento político brasileiro se estreitou. Respirar apenas passa a ser uma qualidade do governo.
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Deixo Brasília com a sensação de que nada muito importante acontecerá antes do carnaval. Mas a crise sempre pode surpreender. Muitos ainda não sabem se vão receber a visita de Papai Noel ou do japonês da Federal. Mas a verdade é que o cerco se está fechando sobre o PT e seus aliados.
A semana foi marcada por manifestações contra o impeachment. Foram menores que as outras. E os analistas se apressaram a concluir que o governo respira. O interessante é que há uma sensação de alívio nesta frase: o governo respira. O pensamento político brasileiro se estreitou. Respirar apenas passa a ser uma qualidade do governo.
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18/12/2015
às 17:54 \ Direto ao Ponto
Mudança no time da economia: sai o zagueiro bisonho, entra o gandula
18/12/2015
às 17:02 \ Direto ao Ponto
Depois do noivado com Renan, a fantasia de Mulher Honrada está em frangalhos
Neste crepúsculo do primeiro ano de um segundo mandato que nem começou, Dilma Rousseff passou a ter como principal parceiro o senador Renan Calheiros. Aquele mesmo. O Renan que, em 2007, foi forçado a renunciar à presidência do Senado para não ser cassado e perder as imunidades parlamentares.As anotações no prontuário são de impressionar escroque internacional. Três delas informam que 1) Renan pagou com dinheiro de empreiteira a mesada e as contas da amante com quem teve uma filha, 2) fantasiou-se de comerciante de gado para falsificar notas fiscais e 3) fez o suficiente, enquanto o Petrolão durou, para ser acordado às seis da manhã pelo famoso japonês da Federal.
A presidente da República está disposta a fazer o que Renan quiser. E ainda se atreve a persistir na pose de mulher honrada.