quinta-feira, abril 14, 2011

PF deflagra operação RADAR em Ilhéus/BA

A Polícia Federal de Ilhéus deflagrou na manhã desta quinta-feira (14), a operação RADAR, visando o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão na Agência da Previdência Social em Ilhéus/BA e nas residências de possíveis envolvidos, além de uma condução coercitiva, com o objetivo de colher provas no interesse de inquérito policial que apura fraudes contra a Previdência Social.

A operação é resultado de investigação conjunta do Ministério da Previdência Social, Polícia Federal e Ministério Público Federal que teve início a partir de uma denúncia recebida pela Polícia Federal, em maio/2010, dando conta de que um servidor da Agência de Ilhéus estaria atuando irregularmente na intermediação e concessão de benefícios de várias modalidades mediante o recebimento de propina, principalmente pensão por morte, benefícios assistências e auxílio doença.

As investigações apontaram a possível atuação de quadrilha, com participação de membro de etnia indígena, que se utilizava de documentação falsa, inserção de dados fictícios nos sistemas da Previdência Social e de documentos com dados inverídicos para a obtenção de benefícios indevidos, inclusive para familiares.

As investigações chegaram ao possível envolvimento de 06 pessoas, sendo que as irregularidades remontam ao ano de 2003. Estima-se que o prejuízo causado aos cofres públicos ultrapasse R$ 500.000,00, o que deverá ser comprovado com a revisão dos benefícios considerados irregulares. Os possíveis envolvidos na fraude serão intimados pela Polícia Federal a prestarem depoimentos para esclarecimento dos fatos

O nome “Operação RADAR” é uma alusão ao acompanhamento das ações fraudulentas, via sistemas, efetuado pela Polícia Federal. Participaram da operação 30 policiais e 07 servidores do Ministério da Previdência Social.

Se comprovadas as irregularidades, os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e formação de quadrilha, com penas que podem chegar a seis anos de reclusão.

Fonte: Tribuna da Bahia