sexta-feira, abril 22, 2011

Caso Aecio Neves: um espetáculo lamentável

José Carlos Werneck�

Durou pouco tempo a farsa montada para tentar comprometer a imagem do senador Aécio Neves junto à opinião pública

Logo foi constatado que o parlamentar mineiro estava sendo vítima de uma odiosa trama e que, desde a véspera da tal blitz, vinha sendo monitorado e logo ao entrar no restaurante, onde jantou, teve seus movimentos atenta e minuciosamente acompanhados pelos executores do “infalível plano”.

Aécio Neves durante o jantar, como qualquer pessoa, que bebe social e civilizadamente consumiu bebida alcóolica. Jamais esteve embriagado ou sem condições de dirigir.

Ao ter seu veículo parado na “blitz”, estava sóbrio, como podem atestar diversas testemunhas. Ao negar-se a ser submetido ao teste do bafômetro, procedeu como qualquer cidadão minimamente informado. Teve sua Carteira de Habilitação apreendida, não por essa negativa, mas porque o documento estava com o prazo de validade expirado.

Mas o que verdadeiramente preocupa nesta cena de espionagem, própria de uma versão tupiniquim da falecida KGB soviética é como tudo isto pode ter acontecido, num momento em que o País vive uma plenitude democrática, reconhecida por toda comunidade internacional.

“Coincidentemente” e convenientemente tudo aconteceu poucos dias depois do pronunciamento de Aécio Neves, no Senado Federal, ocasião, em que se posicionou firmemente como um opositor do atual Governo e que o elevou naturalmente à condição de um dos mais destacados nomes da Oposição no cenário político nacional.

Os adversários do senador, além de demonstrarem pouca inteligência, foram apressados e protagonizaram uma cena digna de um ridículo folhetim.

Numa democracia é fundamental que se aprenda a respeitar a convivência dos contrários, fator essencial à sobrevivência do Regime e às liberdades individuais a ele inerentes.

Os que concordam com o senador Aécio Neves e principalmente os que dele discordam esperam sinceramente que cenas lamentáveis, como esta, não se repitam mais, pois um estado policialesco, mesmo em versão mambembe e atabalhoada, não tem mais lugar no Brasil atual.

Fonte: Tribuna da Imprensa