Eles alertam para a ameaça de um massacre, caso Otan não intensifique ataques
14/04/2011 | 12:10 | ReutersRebeldes líbios alertaram nesta quinta-feira para a ameaça de um "massacre" em Misrata pelas tropas leais ao líder líbio Muamar Kadafi caso a Otan não intensifique seus ataques nesta cidade.
O alerta acontece depois de um pesado ataque de leais a Kadafi numa área residencial perto do porto controlado pelos rebeldes. O ataque deixou 23 mortos, incluindo três egípcios, e segundo os rebeldes, as forças do governo estavam disparando contra civis.
- Saiba mais
- Rebeldes da Líbia pedem mais ataques aéreos da Otan
- Em 2 meses, Níger já recebeu 36 mil refugiados da Líbia
- Ocidente e árabes pedem renúncia de Kadafi
- Líbia enfrenta crise humanitária, diz agência da ONU
- Ataque de Kadafi mata 13 em Misurata, dizem rebeldes
- França se defende após ser cobrada sobre ação na Líbia
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Ampliar imagemRebelde na linha de frente da entrada ao longo ocidental de Ajdabiyah. Rebeldes disseram, nesta quinta-feira, que vários foguetes Grad foram disparados pelas forças do governo em um distrito residencial de Misrata, a terceira maior cidade da Líbia, matando 23 civis, principalmente mulheres e crianças. Eles imploraram por mais ataques aéreos da Otan, dizendo que estavam sob ameaça de sofrer um massacre pelos bombardeios do governo
"O número de mortos aumentou para 23 e dezenas estão feridos. Os mortos são civis e a maioria são mulheres e crianças. Sabemos agora que ao menos três egípcios morreram no ataque", disse à Reuters por telefone um porta-voz rebelde que se identificou como Gemal Salem.
"Um massacre... vai acontecer aqui se a Otan não intervir fortemente", disse outro porta-voz dos rebeldes, que se identificou como Abdelsalam, por telefone de Misrata.
A França e o Reino Unido, que lideram a coalizão de ataques aéreos contra as forças de Kadafi, estão cada vez mais frustrados com a falta de apoio entre outros membros da aliança militar.
Os rebeldes que defendem Misrata, seu último grande enclave no oeste da Líbia e que tem sido cena de pesados combates nas últimas semanas, estão preocupados com a ausência de uma estratégia militar clara para tirar Kadafi do poder.
Fonte: Gazeta do Povo