sexta-feira, março 25, 2011

Dois baianos no comando da Caixa Econômica

Lílian Machado

As mudanças no âmbito do segundo escalão do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) chegaram até a Caixa Econômica Federal (CEF) e no mesmo dia contemplaram dois baianos: o arquiteto Jorge Fontes Hereda para ocupar o maior cargo do banco estatal e o ex-ministro Geddel Vieira Lima para a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição. Hereda, que tem ótima relação com o governador Jaques Wagner (PT), foi promovido à função de presidente da Caixa, em substituição à funcionária pública de carreira Maria Fernanda Ramos Coelho.

O anúncio foi confirmado ontem à noite, através de nota divulgada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Além da indicação de Hereda e Geddel, outros nomes irão compor a nova cúpula da empresa estatal. As alterações ocorrem após o escândalo de fraudes no Banco Panamericano, adquirido pela instituição no final de 2009.

Consta que a presidente Dilma se sentiu impulsionada a mudar os comandos da Caixa, após os desgastes de negociações com o Banco Panamericano e a Caixa caracterizadas em avaliações recentes como um investimento inviável. Mesmo com o governo tendo evitado uma quebra da instituição bancária que esteve envolvida em um rombo que chegou às cifras de R$4,3 bilhões, Maria Fernanda não se sentiu mais em posição confortável na presidência da Caixa.

Militante do PT paulista, Hereda, que respondia por uma das vice-presidências da empresa, ocupa agora o seu lugar. Além do fato de ser vice, contou como ponto positivo para a indicação de seu nome também o fato de já ter coordenado o programa habitacional do governo Minha Casa, Minha Vida. Com longa carreira pública, o baiano com histórico de luta sindicalista também já havia assumido a vice-presidência de Desenvolvimento Urbano da instituição e a Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades entre 2003 e 2005.

Uma das principais referências atribuídas a ele seria a de ter incentivado o crescimento do crédito imobiliário, umas das características da economia do governo Lula. Já Geddel, depois de alguns meses de expectativa e fortes especulações na imprensa, foi confirmado como vice-presidente da instituição.

Durante toda à tarde de ontem, o peemedebista negou sua indicação à imprensa. Além deles, ainda é aguardada uma possível indicação de outro baiano, o ex-senador César Borges, presidente do PR na Bahia, para compor um quadro no segundo escalão do governo. Ele teria sido sondado para a direção da Valec.

Entre os baianos que já preenchem cargos no segundo escalão estão Colbert Martins (PMDB), que assumiu o comando da Secretaria Nacional de Desenvolvimento do Turismo, do Ministério do Turismo, e Marco Lomanto na diretoria de Produtos e Destinos do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

Aliados se reúnem na segunda

As indicações para a Caixa suscitaram as discussões também sobre os cargos para órgãos federais com sedes na Bahia. Na próxima segunda-feira, o presidente do PT baiano, Jonas Paulo, e de demais partidos da base dos governos Wagner e Dilma pretendem debater mais uma vez a questão. Segundo Jonas, depois ocorrerão conversas também com PR e PMDB, que compõem apenas a aliança nacional.

Antes mesmo de saber da confirmação do nome de Hereda para a presidência do banco, Jonas exaltou que o partidário, que teria começado sua militância ainda em Salvador, é “um quadro de primeira, tendo total experiência na área executiva”. “Estamos nessa expectativa, mas não fazemos pressão, e se a presidenta definir nessa direção não será surpresa pelo quadro que ele é”, enfatizou. Ainda segundo Jonas, pelo seu currículo, Hereda chegou a ser cogitado para ministro. Aliados se reúnem na segunda

As indicações para a Caixa suscitaram as discussões também sobre os cargos para órgãos federais com sedes na Bahia. Na próxima segunda-feira, o presidente do PT baiano, Jonas Paulo, e de demais partidos da base dos governos Wagner e Dilma pretendem debater mais uma vez a questão. Segundo Jonas, depois ocorrerão conversas também com PR e PMDB, que compõem apenas a aliança nacional.

Antes mesmo de saber da confirmação do nome de Hereda para a presidência do banco, Jonas exaltou que o partidário, que teria começado sua militância ainda em Salvador, é “um quadro de primeira, tendo total experiência na área executiva”. “Estamos nessa expectativa, mas não fazemos pressão, e se a presidenta definir nessa direção não será surpresa pelo quadro que ele é”, enfatizou. Ainda segundo Jonas, pelo seu currículo, Hereda chegou a ser cogitado para ministro.

Fonte: Tribuna da Bahia