Folha de S. Paulo
Planalto manda TV estatal filmar comícios de Dilma
A Presidência da República usa funcionários públicos e equipamentos de TV oficial do governo federal para filmar comícios da candidata Dilma Rousseff (PT) que tenham a participação de Luiz Inácio Lula da Silva. A ordem é para que cinegrafistas e auxiliares da NBR gravem todos os discursos do presidente nos eventos da campanha eleitoral.
A direção da TV estatal determinou que esses servidores, antes de iniciarem as filmagens, tenham o cuidado de retirar os sinais de identificação da emissora estatal -a camiseta ou colete, a canopla (peça que tem a logomarca) do microfone e o adesivo colado na câmera.
A TV NBR é o canal da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) que noticia atos e políticas do governo.
Na sede da emissora, em Brasília, havia na semana passada cartazes com a ordem para tirar a identificação dos equipamentos. Quando começou a campanha presidencial, Lula avisou publicamente que sua participação nos comícios de Dilma aconteceria nos dias ou horários de folga, "fora do expediente" da Presidência. Desde julho, o presidente tem conciliado eventos oficiais com atos de campanha. Não há irregularidade nisso. Os gastos da Presidência com essas viagens têm sido ressarcidos pelo PT desde então.
Esse zelo, no entanto, não ocorreu no uso da estrutura da NBR: os funcionários públicos estão trabalhando em eventos que o próprio Planalto classifica como "compromissos privados" de Lula. Ou seja, para registrar momentos da campanha partidária, o governo federal faz uso de salário, equipamento, passagens e diárias que são bancados pela União.
Emissora diz que faz registro histórico
A direção da NBR e a a Secretaria de Comunicação da Presidência dizem que as imagens produzidas pelos cinegrafistas durante comícios de Dilma Rousseff são para registro histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas se contradisseram quanto ao uso das imagens. A estatal confirmou que o material está sendo gravado pelos funcionários para "documentação da Presidência da República e também para serem requisitadas por partidos ou candidatos ao acervo da empresa". Já a Presidência diz que o material não pode ser cedido.
Funcionário da Casa Civil foi sócio de marido de Erenice
O funcionário da Casa Civil Paulo de Tarso Pereira Viana se tornou sócio do marido de Erenice Guerra em uma empresa de consultoria no período em que trabalhava com a ex-ministra. Erenice deixou o cargo na quinta-feira após denúncias de tráfico de influência no governo federal. A empresa Global Energy Investments foi criada em setembro de 2009, em nome de José Roberto Camargo Campos, marido de Erenice, e de Pereira Viana.
Tanto o marido de Erenice como o servidor da Casa Civil aparecem como sócios administradores da empresa, com participação societária de R$ 500 cada um, na Junta Comercial de São Paulo. Servidor público é proibido por lei de "participar de gerência ou administração de sociedade privada". De acordo com registro na Junta Comercial, o objetivo da Global Energy era promover "atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários".
Diretor de Operações dos Correios se demite
O coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva vai apresentar sua carta de demissão do cargo de diretor de Operações dos Correios hoje. Ele era ligado à empresa MTA (Master Top Linhas Aéreas), pivô da crise que derrubou a ex-ministra Erenice Guerra, e estaria atuando para transformar a companhia aérea na empresa de carga oficial dos Correios após as eleições. Silva seria testa de ferro do empresário argentino Alfonso Rey, dono da MTA, conforme publicou ontem o jornal "O Estado de S. Paulo".
Queda de Erenice abre disputa por espaço no PT
A queda de Erenice Guerra do comando da Casa Civil trouxe à tona uma competição até então submersa no mundo petista: a disputa pelo poder num eventual governo de Dilma Rousseff. Antes mesmo de consumada a possível vitória na eleição, petistas travam uma guerra velada pelo coração do governo Dilma. A começar pela própria Casa Civil -segundo petistas, o objeto de desejo do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
Um dos conselheiros de Dilma, com quem se reuniu num hotel de São Paulo na sexta, Palocci chega a admitir em conversas a hipótese de deixar temporariamente o país caso não seja convidado para o cargo de seu interesse. Segundo petistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem outros planos para Palocci, como sua indicação para o ministério da Saúde. A aliados, no entanto, o deputado tem reafirmado seu interesse pela Casa Civil, rejeitando até o Ministério da Fazenda, pasta em que conquistou a confiança do establishment como fiador do rigor fiscal e monetário da política econômica de Lula.
PSDB de Minas omite Serra dos "santinhos"
Na reta final da campanha, os "santinhos" dos candidatos começam a aparecer com as chamadas "colas", mas as do PSDB que circulam em Juiz de Fora (MG) não indicam o voto no 45 de José Serra para a Presidência. A "cola" é a representação da ordem dos candidatos que aparecerá na urna eletrônica. Na principal cidade da Zona da Mata mineira, a Folha teve acesso a um desses impressos do PSDB. Um milhão de colas foram confeccionadas para o partido. O campo reservado para o candidato à Presidência aparece vazio. Estão preenchidos apenas os números e nomes do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e do ex-presidente Itamar Franco (PPS), candidatos a senador, e o do governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta se reeleger. O material também não estampa a foto de Serra. Aparecem as fotos de Aécio e Itamar, ladeados por Anastasia.
Dilma favoreceu firma e aparelhou secretaria, diz auditoria do TCE
Auditorias feitas na gestão de Dilma Rousseff (PT) na Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul e na Federação de Economia e Estatística, entre 1991 e 2002, apontam favorecimento a uma empresa gaúcha que hoje recebe R$ 5 milhões da Presidência e mostram aparelhamento da máquina. Os documentos foram desarquivados no Tribunal de Contas gaúcho a pedido da Folha. Hoje candidata à Presidência, Dilma foi secretária dos governos Alceu Collares (PDT), em sua fase "brizolista" no PDT, e Olívio Dutra (PT), quando se filiou ao PT, pré-ministério de Lula. Em 1992, os auditores constataram que a fundação presidida por Dilma favoreceu a Meta Instituto de Pesquisas, segundo eles criada seis meses antes para vencer um contrato de R$ 1,8 milhão (valor corrigido). A empresa gaúcha foi a única a participar da concorrência devido à complexidade e falta de publicidade do edital.
Candidata diz que contestou "ponto por ponto"
Dilma Rousseff afirmou, por meio de sua assessoria, que "não tinha nem tem ligação" com a Meta e que as irregularidades apontadas pelos auditores "foram contestadas ponto por ponto". Segundo argumentou, o TCE gaúcho lhe "deu provimento por unanimidade". Sobre as nomeações, disse que, "desde sua criação, sem quadro próprio adequado às suas necessidades, a secretaria funcionou basicamente com assessorias, cargos em comissão, funções gratificadas e servidores cedidos por estatais". Disse ainda que, em sua gestão, ela apresentou proposta de reformulação. "O TCE-RS aprovou todas as contas".
O PSDB precisa passar por um processo de renovação
Um dos poucos nomes da velha guarda da oposição que resiste à "onda vermelha" nas eleições, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), líder nas pesquisas à reeleição, afirma que o PSDB "precisará passar por um processo de renovação" se a vitória de Dilma Rousseff (PT) à Presidência se confirmar. Tasso aponta dificuldade em fazer campanha de oposição "quando a economia vai bem", e diz temer pela "influência despudorada" de Lula nas campanhas. "Se o Senado não tiver oposição, resistência, a democracia e as instituições correm sério risco." Isolado num Estado onde Dilma e o atual governador, Cid Gomes (PSB), deverão obter índices acachapantes nas urnas, segundo pesquisas, o tucano retomou no interior o antigo jingle do "galeguinho dos zóio [sic] azul". De acordo com os últimos levantamentos do Datafolha, Tasso lidera a corrida ao Senado com 52% das intenções de voto, seguido pelo deputado federal Eunício Oliveira (PMDB, com 31%) e pelo ex-ministro da Previdência José Pimentel (PT, com 27%).
Governador do Amapá deixa prisão e deve reassumir hoje
Depois de passar nove dias preso, Pedro Paulo Dias (PP), governador do Amapá, deve voltar ao cargo ainda hoje. Detido na Operação Mãos Limpas, no último dia 10, sob a suspeita de envolvimento em diversos episódios de corrupção no Estado, ele foi liberado da superintendência da Polícia Federal em Brasília na noite de sábado.Segundo sua advogada, Patrícia Aguiar, logo ao sair ele se encontrou com a família, que estava em Brasília, e deveria retornar na madrugada de hoje a Macapá (AP). Ao chegar, Dias, que também é candidato à reeleição, deve ser recepcionado com festa por seus cabos eleitorais na cidade. Durante o tempo em que ele esteve preso, sua campanha em Macapá continuou, com comícios e manifestações de repúdio à prisão. Seus apoiadores dizem que a detenção foi uma maneira de prejudicar a candidatura.
Americanos são acusados de matar afegãos 'por esporte'
Cinco soldados norteamericanos foram acusados de matar três civis afegãos, além de desmembrar cadáveres na Província de Candahar, no Afeganistão. Segundo o "Washington Post", os homicídios foram cometidos "por esporte, por soldados com apreço por haxixe e álcool". Autoridades dos EUA não comentaram o caso. Envolvidos negaram a acusação.
Número de mortos em estrada federal bate recorde
As rodovias federais registraram em 2009 o maior número de mortes em 12 anos. Foram 7.383 pessoas (média de 20 por dia). Em 2010, o índice continua alto: até junho, 4.068 pessoas morreram nas estradas. Os números do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes incluem todos os tipos de veículo e os atropelamentos.
Guerra sem fim
Garoto passa por destroços em Bagdá; ataques mataram 36 pessoas e feriram 120 no dia mais violento no Iraque desde o final das operações dos EUA.
O Globo
Denúncia de favorecimento na Casa Civil derruba diretor dos Correios
As denúncias de tráfico de influência a partir da Casa Civil derrubaram o quarto integrante do governo: o diretor de Operações dos Correios, coronel Eduardo Artur Rodrigues. Nomeado pela ex-ministra Erenice Guerra, sucessora de Dilma Rousseff, ele é suspeito de usar o posto para defender interesses da empresa aérea cargueira MTA e atuar como testa de ferro de um grupo estrangeiro. O coronel nega. Duas empresas ligadas ao marido de Erenice, a Mafra e a Unicel, teriam sido beneficiadas no governo. Para José Serra, ou Dilma sabia do esquema na Casa Civil ou não sabe administrar. A petista disse que não irá ao Senado dar esclarecimentos sobre as últimas denúncia.
Os bons negócios de seu marido
A Matra Mineração conquistou duas vitórias no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão sob influência de Erenice Guerra, depois que o marido da ex-ministra, José Roberto Camargo Campos, entrou na sociedade da pequena empresa com sede em Brasília e que atua no interior de Goiás. Além do perdão de 14 multas, nove delas apenas 43 dias depois de sua ida para a Matra, a empresa conseguiu, 60 dias depois, autorização para explorar calcário em Goiás.
Além das multas perdoadas, a Matra, cujo capital social é de apenas R$ 30 mil, acumula dívidas que somam R$ 129,4 mil, parceladas em 60 vezes. De acordo com o DNPM, as multas estão sendo pagas em dia. Campos chegou à Matra em 22 de abril de 2008, associando-se ao gerente de Desenvolvimento Energético da Eletronorte, Ercio Muniz Lima, antigo amigo de Erenice, funcionária de carreira da estatal. O marido de Erenice também trabalhou na estatal.
Caetano acusa Lula de ‘golpismo’
O compositor Caetano Veloso classificou como "golpismo" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que é preciso extirpar o DEM da vida pública nacional. Já o candidato do PSDB, José Serra, para Caetano, é "burro", por ter tentado associar seu nome ao do petista, no início do horário eleitoral. As declarações do artista — que já manifestou preferência por Marina Silva e apareceu no programa do PV pedindo votos para ela — foram dadas a uma emissora de rádio em Santo Amaro, onde esteve para comemorar o aniversário de 103 anos da mãe, Dona Canô.
"O povo brasileiro não pode ouvir isso (a declaração de Lula) e não reclamar. E se uma pessoa da imprensa reclamar vem um idiota dizer que a imprensa é golpista. Golpista é dizer que precisa destruir um partido político que existe legalmente. O presidente da República não tem o direito de dizer isso", criticou. Caetano cobrou explicações sobre a quebra ilegal de sigilo fiscal na Receita, que atingiu pessoas ligadas ao PSDB e a José Serra. Mas sobrou para o próprio candidato tucano, criticado por tentar vincular sua imagem à do presidente. "Serra é um idiota que apareceu com Lula, querendo dizer que está do lado, que é igual a Lula. É burro", decretou o baiano.
OAB e ANJ criticam Lula por atacar imprensa
A Associação Nacional dos Jornais e a Ordem dos Advogados do Brasil reagiram aos ataques de Lula à imprensa. Em comício com Dilma Rousseff, ele disse que alguns veículos agem como partido e afirmou: "Nós somos a opinião pública." Segundo a ANJ, o papel da imprensa é informar, e o presidente jamais criticou o trabalho jornalístico quando as críticas atingiam opositores. Para a OAB, Lula agiu de forma lamentável, influenciado pelo cenário eleitoral.
Marina defende liberdade de expressão
Um dia após o presidente Lula ter atacado a imprensa, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, fez uma crítica indireta às declarações ao dizer que as instituições precisam funcionar com neutralidade e defender a liberdade de expressão. Marina evitou comentar se sua candidatura poderia ser beneficiada pelas denúncias de corrupção na Casa Civil. Ela disse que o caso está com o Ministério Público e que prefere debater propostas, em vez de partir para o "vale-tudo eleitoral".
Marina esteve ontem no Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, que reúne galpões de mais de 300 centros de Tradições Gaúchas. Vegetariana, ela não comeu churrasco, prato obrigatório no evento, que integra as comemorações da Semana Farroupilha. Em seguida, ela fez caminhada no Parque da Redenção, principal ponto de campanha nos fins de semana na capital gaúcha. À tarde, a candidata seguiu para Pelotas, onde visitou uma Casa de Marina.
Kirchner pede prisão para donos de jornais
Em mais um round na luta para controlar a imprensa na Argentina, a presidente Cristina Kirchner entra hoje com pedido de prisão contra os diretores e acionistas dos jornais "Clarín" e "La Nación".
Governador do Amapá é solto e retoma campanha
Suspeitos de corrupção, o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias, e o candidato ao Senado Waldez Goes saíram da cadeia e voltam à campanha. Os dois tinham apoio de Lula.
Transporte rodoviário é o maior emissor de gases do efeito estufa no Rio
Um estudo encomendado pela prefeitura do Rio mostra que os meios de transporte rodoviário são os principais responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa na cidade, com 33% do total, seguidos de lixo (25%) e poluição industrial (10%). Para reduzir as emissões, um dos planos é incentivar um maior uso da bicicleta. Um passeio ciclístico no Aterro atraiu ontem 20 mil pessoas e marcou o início das atividades do Dia Mundial Sem Carro, que será na quarta-feira.
Preços de alimentos aumentam
Devido a problemas climáticos e à demanda na China, produtos agropecuários subiram mais de 10% no atacado. Carne, açúcar e trigo já estão mais caros para o consumidor.
Israel voltará a construir na Cisjordânia
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vai permitir a construção de casas nos 218 assentamentos judeus na Cisjordânia. A moratória de dez meses acaba no dia 26.
O Estado de S. Paulo
Após denúncia, Correios anunciam demissão de diretor
A presidência dos Correios anunciou que o coronel Artur Rodrigues deixará hoje a diretoria de Operações da estatal. O Estado revelou ontem que o coronel é testa de ferro do argentino Alfonso Rey na empresa aérea MTA. Beneficiada pelo tráfico de influência do filho da ex-ministra Erenice Guerra, Israel, a MTA tem contratos de R$ 60 milhões com os Correios. Documentos comprovam que o diretor participou da montagem de uma rede de empresas de fachada criada para operar a MTA no País. O artifício foi usado para driblar a lei, que limita a 20% a participação do capital estrangeiro no setor.
Novos documentos reforçam elo entre coronel e argentino
Documentos obtidos pelo Estado mostram mais detalhes das ligações entre o diretor de Operações dos Correios, coronel Eduardo Artur Rodrigues, as empresas do argentino Alfonso Rey no exterior e de seus "laranjas". O Estado revelou ontem que o coronel Artur, que assumiu a direção dos Correios em agosto, é testa de ferro do empresário argentino na Master Top Linhas Aéreas (MTA), já que a lei brasileira proíbe que estrangeiros tenham mais de 20% do capital de empresas do setor.
Desde sua criação em 2005 até agosto, a MTA era dirigida no Brasil pelo atual diretor de Operações dos Correios, que colocou os ex-sogros da filha, Anna Rosa Pepe Blanco Craddock e Jorge Augusto Dale Craddock, como donos "laranjas" do negócio. A ambição do argentino e do coronel Artur é que a MTA seja o embrião da nova empresa de logística dos Correios, ainda a ser criada, cujo investimento é avaliado em US$ 400 milhões.
TCU e Anatel favoreceram marido de Erenice
A Unicel, empresa de telefonia celular que teve o marido da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, José Roberto Camargo Campos, como diretor, teve ajuda do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Tribunal de Contas da União (TCU) na obtenção de licença para operar telefonia móvel via rádio, também chamado de Serviço Móvel Especializado. Os dois colegiados votaram favoravelmente à concessão da licença para a Unicel, contrariando parecer de suas respectivas áreas técnicas.
A Unicel só não conseguiu a licença até agora, apesar da boa vontade, por razões burocráticas. Houve mudança no quadro societário da empresa, de forma que o processo passa por uma nova avaliação na Anatel. A agência está verificando a capacidade técnica e, se não houver impedimento legal, a Unicel poderá iniciar seus serviços de rádio. Hoje, ela opera telefonia celular convencional na cidade de São Paulo e região metropolitana.
Dilma diz que não irá ao Congresso dar explicações
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou que não aceitará o convite do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para falar no Congresso sobre as acusações de tráfico de influência na Casa Civil. Para ela, Dias tenta criar um factoide. Dilma disse não conhecer o advogado Vinícius Castro, pivô do escândalo. No Facebook, uma foto da candidata petista aparece na lista de amigos de Castro.
Denúncia é inconsistente, avalia comando petista
O comando da campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência avalia como "inconsistente" a denúncia de pagamento de propina na Casa Civil, mas continua preocupado com os parentes da ex-ministra Erenice Guerra. Depois de participar de carreata em Ceilândia, na região Metropolitana do Distrito Federal, ontem, Dilma se reuniu com assessores. A avaliação geral é de que não há provas sobre corrupção na Casa Civil e muito menos sobre o envolvimento da candidata em algo ilícito.
Ou ela não é capaz ou é cúmplice, diz Serra
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, participou ontem de uma caminhada pela favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, e voltou a levantar dúvidas sobre o envolvimento da adversária Dilma Rousseff (PT) nas denúncias de pagamento de propina no Ministério da Casa Civil. "De duas, uma: ou ela, como dirigente, não é capaz, porque um esquema que dura quatro, cinco, seis, sete anos, não há como quem está em cima não saber. Ou então, ela é cúmplice. Não há uma terceira hipótese", disse Serra.
Ataques de Lula à imprensa provocam reação
Para OAB, o ataque de Lula à imprensa "é um desserviço à Constituição e ao Brasil". ANJ e Abert também refutaram a fala do presidente. No sábado, ele afirmara que iria "derrotar" jornais e revistas, que se comportam como partido político.
Investigação de fraudes esbarra em governador
O governador do Tocantins, Carlos Gaguim (PMDB), é um dos citados em investigação do Ministério Público paulista sobre fraudes em licitações. Por ter foro especial, ele não é alvo oficial da apuração. Oito suspeitos estão presos.
Caderno Especial: Desafios do novo presidente: Cidades Gigantes
Na continuação da série, o Estado põe uma lupa sobre os maiores problemas das metrópoles brasileiras, mostrando como eles afetam a vida do cidadão. Também discute os riscos e as oportunidades da Copa e da Olimpíada e vai buscar no exterior exemplos de que gigantismo nem sempre é sinônimo de problema.
China suspende diálogo com Japão
Crise aberta pela colisão de barcos perto de ilhas disputadas pelos 2 países faz Pequim suspender contatos com Tóquio.
Correio Braziliense
Caso Erenice: a sangria não para
Se o Palácio do Planalto apostava que a crise que sangra o governo seria estancada com a saída de Erenice Guerra da Casa Civil, enganou-se. Uma nova demissão, agora do diretor de Operações dos Correios, coronel Eduardo Silva, mostra que, pelo menos por enquanto, não há luz aparente para o fim dos escândalos. Até o momento, nada menos do que seis subalternos ou familiares da ex-ministra pendurados na administração pública foram defenestrados para colocar em pontos opostos a avalanche de denúncias e a campanha de Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A menos de duas semanas das eleições, a palavra de ordem no Planalto é afastar qualquer personagem envolvido em denúncias. O temor é de que os episódios às vésperas de outubro modifiquem o cenário atual e forcem um segundo turno entre Dilma e José Serra (PSDB). Na cabeça dos petistas, permanece viva a disputa entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Lula, em 2006, que não terminou no primeiro turno em parte graças ao escândalo dos aloprados.
O grande amigo de Erenice
À medida que os escândalos se descortinam, caem um a um parentes e aliados da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, apontada como protagonista de um suposto esquema de tráfico de influência envolvendo a estrutura ministerial. Todos os que chegaram ao governo pelas mãos dela vivem um momento de “corda bamba”. Este é o caso do presidente dos Correios, o engenheiro David José de Matos. O nome de David foi levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva diretamente por Erenice. “Se é uma pessoa da sua confiança…”, disse Lula, segundo o próprio David, quando a ex-ministra indicou o amigo de mais de 30 anos para chefiar os Correios. Lula vive o constrangimento de conviver com indicados por Erenice — até a semana passada, a toda-poderosa da Esplanada —, sem poder afastá-los, para não passar recibo do lastro de irregularidades iniciados na Casa Civil, pasta de onde saiu sua aposta para as eleições deste ano, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT).
Nem para tomar um simples cafezinho
Antes mesmo de ser oficialmente convidada para prestar esclarecimentos no Senado sobre suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou não irá depor. Ontem, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) informou que vai encaminhar requerimento em que convidará Dilma a prestar depoimento na Comissão de Constituição e Justiça.
Em entrevista coletiva antes de uma carreata na manhã de ontem, em Ceilândia, a candidata disse que jamais aceitaria qualquer convite do senador tucano. “Isso não é um convite. É uma tentativa do senador Alvaro Dias de criar um factoide. Ele sistematicamente tenta tumultuar estas eleições. Eu já fui acusada de tudo, mas convite do senador Alvaro Dias eu não aceito nem para um cafezinho”, frisou Dilma.
Candidatos apelam à boa e velha carta
Em um tempo em que todos se comunicam por redes sociais e até os e-mails perderam força diante da instantaneidade da troca de informações, vários candidatos a cargos públicos na eleição de outubro partiram para a boa e velha carta em casa para tentar uma maior proximidade com o eleitor. A tática implica desde mensagens direcionadas às pessoas até o envio de santinhos e material de campanha por mala direta. Já vale mandar até a cola do voto para não deixar que os eleitores esqueçam os números dos seus pretensos futuros representantes.
Os caminhos de Roriz
Na trajetória de Joaquim Roriz (PSC), há uma bifurcação. Uma das rotas leva ao ostracismo. A outra dá ao ex-governador sobrevida na atuação pública. O caminho que o político vai tomar será conhecido nesta semana, considerada decisiva para as eleições. Na quarta-feira, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão analisar recurso interposto por Roriz, que teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Daí surgirá um entendimento sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa.
E o esqueleto virou pó...
Duraram menos de cinco segundos os 17 anos de espera para a demolição do último prédio abandonado de Brasília. Localizado no Setor Hoteleiro Norte, o edifício se transformou em 17 toneladas de entulho. Tudo correu como planejado, segundo os responsáveis pela demolição. No local, será construído mais um hotel de luxo visando a Copa de 2014.
Triste paisagem
Durante todo o domingo, um incêndio consumiu grande parte do Parque Nacional. A fumaça podia ser vista até de Águas Claras. Um helicóptero, 137 bombeiros e 50 brigadistas lutaram contra as chamas, sem conseguir debelá-las até o fechamento desta edição. Há suspeitas de que jovens atearam fogo no local. Brasília está há 117 dias sem chuva.
Formosa: Milícia sob comando de fazendeiros
Documentos sigilosos da PM de Goiás detalham como major do batalhão de Formosa negociava proteção aos donos de fazenda. Suposto grupo de extermínio é acusado de matar um pecuarista a mando de um inimigo. O militar está em plena campanha para deputado estadual.
Tragédia: Amargo legado das enchentes em Alagoas
Correio visita três cidades atingidas pelas fortes chuvas há três meses e constata que nada, ou quase nada, foi feito para resgatar a vida como era antes da destruição. A burocracia do governo estadual na liberação de recursos é citada como um dos empecilhos para a demora da reconstrução.
Fonte: Congressoemfoco