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O juiz militar e capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro Lauro Moura Catarino foi preso enquanto furtava cabos de telefonia da Oi, na Praia de Botafogo, no Rio, na madrugada da última sexta-feira.
O capitão era responsável por julgar os PMs acusados de receber propina para liberar o atropelador do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. Na quinta-feira, poucas horas antes da prisão, ele havia participado da audiência da Auditoria Militar em que os PMs acusados foram ouvidos.
Além de Catarino, outro policial militar foi preso: o capitão do Batalhão de Choque Marcelo Queiroz dos Anjos.
O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, determinou que se inicie imediatamente um processo disciplinar com o objetivo de demitir os oficiais, que já foram afastados de suas atividades. A PM disse que não vai esperar a conclusão do inquérito da Polícia Civil para tomar as providências.
"É inadmissível que policiais pagos com dinheiro público para proteger a população e os bens privados e públicos se envolvam em atos como os descritos", disse Duarte.
Quadrilha
Os oficiais foram autuados por furto e formação de quadrilha. Eles foram levados para o Batalhão Especial Prisional, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. O capitão Catarino foi afastado da Auditoria Militar e será substituído por outro oficial.
Investigação
A investigação sobre as atividades da quadrilha durou dois meses. Segundo o delegado titular da 9ª DP, Alan Luxardo, a quadrilha lucrava até R$ 400 mil por mês com a atividade ilegal.
Fonte: Agora