terça-feira, agosto 31, 2010

Instituição oferece formação profissional para mulheres traídas

Iracema Chequer/Agência A TARDEVera Bittencourt diz que projeto eleva a autoestima

.Amanda Palma l A TARDE

Terminar um casamento por causa de uma traição, para muitas mulheres, pode ser mais do que um trauma emocional, uma vez que uma parcela dessas esposas está ligada economicamente ao marido. Muitas, inclusive, deixam de ter uma carreira profissional para se tornar donas de casa.

Jéssica (que só quis se identificar com o primeiro nome), 43 anos, por exemplo, passou dois anos em depressão após o fim do seu casamento de 20 anos. “Quando a gente casa, acha que é tudo maravilhoso, e não é bem assim. De repente, tudo pode acabar”, relata a mãe de dois filhos.

Dona de casa por opção do ex-marido, ela diz que ficou “sem norte” com o fim do casamento após uma traição e teve de se virar para manter a casa, vendendo diversos produtos. “É difícil buscar e receber ajuda”, conta.

Ela, que resolveu mudar de vida e enfrentar o mercado de trabalho, inscreveu-se para participar do projeto Não Provoque, da ONG Anjos do Mar, que tem o intuito de atender mulheres que enfrentam este trauma.

Coordenado por Vera Bittencourt, o projeto oferece capacitação profissional, além de apoio psicológico e jurídico. “Percebi que, após a separação, a maioria das mulheres fica com a autoestima baixa e também fora do mercado de trabalho. Por conta disso, resolvemos criar esses cursos para oferecer algum suporte para elas”, explica a coordenadora.

As interessadas no projeto podem se inscrever para uma das 1.500 vagas dos cursos de culinária, garçonete, artesanato, fabricação de perfumes e colônias, maquiagem, recepcionista e massagem terapêutica. As alunas vão ter ainda palestras sobre a Lei Maria da Penha e os direitos na união estável.

As inscrições podem ser realizadas até 3 de setembro na sede da ONG, que fica na Rua Tenente Pires Ferreira, nº 51, na Barra. Será cobrada uma taxa que varia de R$ 20 a R$ 50. As aulas começam no dia 27 do mesmo mês.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta terça-feira