quarta-feira, maio 26, 2010

Nos jornais: Lula estuda trocar aumento por abono a aposentado

O Globo

Para os aposentados, governo estuda abono

O governo poderá editar medida provisória concedendo abono de 6,14% sobre o valor das aposentadorias e pensões acima do salário mínimo. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, essa seria uma forma de dar algum tipo de benefício a aposentados e pensionistas, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decida vetar o reajuste de 7,7% que foi autorizado pelo Congresso. Bernardo acredita que Lula está inclinado a vetar os 7,7%. Paulo Bernardo e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentaram a proposta a Lula segunda-feira, mas informaram ontem que o presidente ainda não decidiu.

Depois de 15 anos...

Para uma plateia de empresários, os três principais précandidatos à Presidência comprometeram-se ontem com uma reforma tributária ampla, divergindo, porém, sobre a política econômica do governo Lula. Enquanto José Serra (PSDB) atacou a condução do atual modelo adotado pelo presidente Lula, criticando a política de juros altos e a carga tributária excessiva, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) foi na direção oposta e relacionou o que, em sua opinião, são pontos positivos da gestão de seu principal cabo eleitoral: a redução da taxa Selic de juros e o respeito a contratos. Ela prometeu priorizar a reforma tributária e disse que o sistema atual é caótico. Marina Silva (PV) equilibrou-se entre os dois, elogiando e criticando ao mesmo tempo o atual modelo. Empatado com Dilma, segundo as pesquisas eleitorais, Serra partiu para o ataque procurando atrair a petista para o confronto o que não deu certo, porque a petista já tinha falado. Ele citou Dilma cinco vezes em sua exposição, sempre questionando o que ela dissera. Foi contundente nos ataques à condução da política econômica pelo governo Lula, do qual Dilma se diz herdeira e uma das responsáveis.

PSDB acusa PT de evitar confronto direto

Os três principais pré-candidatos à Presidência estudaram bastante os temas da economia nacional para o primeiro debate com os representantes da indústria brasileira. José Serra, do PSDB, tentou mostrar bom humor matutino, apesar de ser um notívago declarado. Ele também estava mais ofensivo contra Dilma Rousseff. A petista estava afiada e elegante, sem muita gracinha, e manteve o script do discurso técnico. Por sorteio, Dilma falou primeiro; Serra, em seguida; e a candidata do PV, Marina Silva, por último. Embora tenham se cumprimentado com beijinhos na chegada, Dilma e Serra ficaram estrategicamente separados na mesa pelo presidente da CNI, deputado Armando Monteiro. Pela quantidade de palmas, a simpatia por Serra não pôde ser disfarçada pelo empresariado, que lotou o auditório e em alguns momentos o aplaudiu de pé.

Candidatos defendem propostas que seus governos não tiraram do papel

No debate na Confederação Nacional da Indústria (CNI), os candidatos defenderam propostas que estão na agenda do empresariado há muitas eleições: reforma tributária, mais investimentos em infraestrutura, redução da carga de impostos, dos juros e melhoria da renda per capita. Uma agenda que esteve nos programas dos últimos governos, dos quais José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva fizeram parte. Mas algumas dessas demandas nunca saíram do papel e outras avançam num ritmo aquém das necessidades do país.

Com discurso da ética, Marina empolga plateia

A nata do PIB brasileiro gostou de ouvir a pré-candidata petista Dilma Rousseff prometer que vai manter o que deu certo no governo do qual fez parte. Os empresários elogiaram o que chamaram de consistência e conteúdo do tucano José Serra ao falar de soluções para o diagnóstico apresentado pela agenda da CNI. Mas foi Marina Silva, que se confessou tímida ao falar para tal público, que derreteu o coração de nove entre dez dos maiores empresários do país. Os que a princípio sentiram certo enfado com o discurso do desenvolvimento sustentável começaram a se empolgar com o que chamaram de discurso da ética da candidata, que tem 12% nas pesquisas. O sentimento geral foi que os três pré-candidatos falaram superficialmente e não apresentaram propostas concretas. A única promessa de todos que já integraram os governos desde 1995 foi fazer a reforma tributária.

Serra nega pressão para que Aécio aceite ser vice

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, negou ontem que o tom crítico em relação ao governo Lula e à sua principal adversária, a petista Dilma Rousseff, seja reflexo do resultado das últimas pesquisas de opinião que registraram um empate técnico entre os dois. Tampouco admitiu que o comando de campanha tucana tenha decidido reforçar a pressão para que o ex-governador mineiro Aécio Neves aceite ser vice em sua chapa. O PSDB decidiu amenizar a pressão sobre Aécio. Não reforcei, nem desreforcei nada. Não há nada nas pesquisas que imponha que teria de ser o Aécio ou não. O que está acontecendo agora (mudança nas pesquisas), a gente previu mais ou menos nos nossos indicadores. Eu, pessoalmente, nunca desenvolvi nenhum tipo de pressão em um sentido ou em outro desconversou o presidenciável, em entrevista após o encontro na CNI.

PSDB vai esperar junho para decidir a chapa

Aliados temem que, com as novas pesquisas que apontam crescimento de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves acabe desistindo de vez de ser vice. Nesse caso, haveria um anticlímax na campanha de Serra. De forma reservada, Serra admite esperar o nome do vice até fim de junho, término do prazo das convenções. Ele tem dito que o mais importante, o candidato, já foi escolhido e está em campanha. Na convenção tucana do próximo dia 12, não deve ser apresentado o vice. Esse prazo maior para definição de Aécio é defendido pelo ex-presidente Fernando Henrique, que tem garantido a tucanos que Aécio já teria aceitado ser vice de Serra.

PTB de Jefferson formaliza apoio a Serra

O PTB anunciou ontem acordo para apoiar oficialmente a candidatura presidencial do tucano José Serra. A decisão foi comunicada ao próprio Serra pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, durante almoço com o presidenciável na sede do PSDB em Brasília. Apesar de o PTB integrar a base aliada do governo Lula, Jefferson disse que 75% do partido já decidiram pelo apoio ao PSDB. Segundo ele, o acordo será formalizado na convenção nacional que ocorrerá em São Paulo nos dias 18 e 19 de junho. Com isso, o tempo da propaganda eleitoral gratuita de Serra na TV será acrescido de 58 segundos, de acordo com o PTB.

Justiça Eleitoral derruba cassação de Kassab

No cargo por força de liminar desde fevereiro, quando a Justiça paulista decidiu que ele deveria deixar o posto, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), conseguiu ontem derrubar o processo de cassação. Ele e a vice-prefeita, Alda Marco Antônio (PMDB), foram acusados de receber R$ 10 milhões em doações irregulares durante a campanha de 2008. O valor significou 35% do total oficialmente declarado na prestação de contas do então candidato. O caso ainda pode ser levado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para os juízes do TRE, faltaram provas de que as doações foram irregulares.

UGT rompe a aliança das centrais pró-Dilma

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) decidiu abandonar a Conferência Nacional dos Trabalhadores, em 1o -de junho, por considerar que o evento será uma demonstração de apoio a Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. Os dirigentes da UGT avaliaram que a petista poderá comparecer ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, apesar de não estar convidada, e romperam a aliança informal e inédita das seis centrais sindicais de apoio à petista.

Ministro critica 'jornalões'


O ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação da Presidência, disse ontem que nunca houve tanta liberdade de imprensa no Brasil como no governo atual, e que os leitores não devem acreditar em tudo o que os jornalões publicam. Franklin também acusou os jornais de manipularem o pensamento das pessoas. Ao participar de um debate de jornalistas, em São Paulo, o ministro foi perguntado sobre se deveria haver ingerência do Estado no conteúdo publicado em sites da internet, nos moldes do que teria sido proposto pelo governo na Conferência Nacional de Comunicação em 2009: Não sei se o governo, na conferência, pregava ingerência sobre conteúdo. Sou absolutamente contra qualquer restrição à liberdade de imprensa, e essa é a posição do governo. Não acredite em tudo o que os jornalões falam, não.

PF abre inquérito para investigar Tuma Jr.

A Polícia Federal instaurou ontem, em Brasília, inquérito para apurar indícios de crimes contra a administração pública supostamente cometidos pelo secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr. A Controladoria Geral da União (CGU) e a Comissão de Ética Pública da Presidência também investigam o secretário, suspeito de envolvimento com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, e preso por contrabando, em 2009, pela PF de São Paulo. Com a abertura do inquérito, aumenta a pressão para que Tuma Jr. saia do governo. Nos próximos dias, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, terá uma conversa definitiva com o subordinado. No último dia 13, o secretário entrou de férias por 30 dias. Disse que usaria o tempo livre para se defender. O governo resiste em demiti-lo para não desagradar o senador Romeu Tuma (PTB-SP), pai do secretário e candidato à reeleição. Tuma Jr.

A quatro meses da eleição, bondades para servidor

A quatro meses das eleições, a Câmara aprovou ontem mais dois pacotes de bondades aos servidores públicos. No plenário, foi votada medida provisória que reestrutura cerca de 25 carreiras da administração pública. Só uma das 18 emendas incluídas no texto provocará um aumento de gastos públicos de R$ 1,8 bilhão. Na Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ) foi aprovado, em caráter terminativo, projeto do governo que cria gratificações e reajusta salários de quase 33 mil servidores. No primeiro caso, o presidente deverá vetar a emenda do gasto adicional de R$ 1,8 bilhão.

Estado joga um terço do lixo em rios e aterros irregulares

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais revela que mais de um terço (36%) do lixo produzido pelos moradores do Estado do Rio vai diretamente para o fundo de lagoas, rios e baías ou é despejado em lixões clandestinos ou aterros irregulares. São 7.189 toneladas diárias de detritos, dos quais 879 toneladas sequer são recolhidas de ruas e favelas. Os números excluem os resíduos levados para Gramacho, em Duque de Caxias, o maior aterro do estado, que recentemente foi considerado como uma destinação sanitária adequada; classificação criticada por ambientalistas. Se o lixo ali jogado for incluído na conta de resíduos lançados de forma inadequada, o estado teria 76% do seu lixo contribuindo para aumentar as áreas de risco ambiental. Em São Paulo, por exemplo, o percentual é de 24%.

Folha de S. Paulo

Bilionário mexicano decide fundir a Embratel e a Claro

O bilionário mexicano das telecomunicações Carlos Slim decidiu fundir a Embratel (telefonia fixa) e a Claro (telefonia móvel). A Folha apurou que a mudança ocorrerá em dois meses, no máximo, e que o atual presidente da Embratel, José Formoso Martínez, deverá assumir a nova empresa.
O negócio também depende de aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Há outros nomes na disputa pelo comando da nova companhia, como o do presidente da Claro, João Cox. Mas Slim prefere Martínez. A reestruturação do grupo do empresário mexicano no Brasil é reflexo de uma mudança que começou no exterior. Em janeiro, a América Móvil comprou a Carso, holding que controla a Telmex México e Internacional. Todas elas são de Slim. Essa modificação acionária entre as empresas já tinha colocado Embratel, Claro e parte da Net debaixo do guarda-chuva da América Móvil.

Pobreza extrema é barreira para projeto de Dilma

Dilma Rousseff afirma que é possível colocar 100% dos brasileiros dentro ou acima da classe C, extinguindo no país os segmentos D e E. Para isso, a renda familiar mensal de todas as famílias teria de alcançar, no mínimo, R$ 1.120,00 (ou mais). Abaixo disso, segundo parâmetros de especialistas, estão os mais pobres do país. Em sete anos sob Lula, as classes ABC engordaram de 55,2% do total da população para 69,2%. Restam, portanto, cerca de 31% (59 milhões de pessoas) a fazer a mesma travessia para que a ex-ministra tenha razão. Por óbvio, o aumento da classe C também contribuiu para a redução da desigualdade no Brasil.

Congresso já discute eliminar PIS e Cofins

Enviar ao Congresso um projeto para eliminar a cobrança de PIS (Programa de Integração Social) e de Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre obras de saneamento, como prometeu José Serra, não é uma ideia nova. Uma proposta semelhante foi aprovada na semana passada no Senado e deve seguir em breve para a Câmara dos Deputados.

Presidenciáveis preferem a superfície a ideias concretas

José Serra agiu e foi recebido como se estivesse em casa, Dilma Rousseff foi perfeita tecnicamente e Marina Silva apelou para o tom emocional no encontro dos presidenciáveis na CNI (Confederação Nacional da Indústria). Ao final, o empresariado avaliou que o tucano se saiu melhor, a petista cumpriu seu papel de defender o governo e a candidata verde ganhou a simpatia da plateia. Nenhum deles, porém, apresentou uma lista de propostas concretas ao gosto dos empresários. Ficaram mais na superfície, nas frases de efeito ou em promessas pontuais aqui e ali.
Tudo somado, Serra foi o mais aplaudido dos três ao engrossar críticas frequentes da indústria. Um tom calculado diante da necessidade de bater no governo Lula depois que as pesquisas eleitorais o trouxeram empatado com a petista.

Cassação de Kassab é derrubada pelo TRE

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo derrubou por unanimidade a cassação do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e de sua vice Alda Marco Antônio (PMDB). Em fevereiro, decisão do juiz Aloisio Sérgio Rezende Silveira, da 1ª Zona Eleitoral, havia aceitado denúncia do Ministério Público Eleitoral, que acusou o prefeito de ter recebido doações ilegais da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), de sete construtoras e do banco Itaú em 2008.

Lula usa coluna para promover Dilma

Em sua coluna semanal distribuída a 153 jornais, o presidente Lula associou ontem a continuidade das obras do Programa de Aceleração do Crescimento à vitória eleitoral de Dilma Rousseff, presidenciável do PT, que concebeu o PAC. Questionado por uma leitora sobre o prosseguimento do PAC, Lula escreveu: "O que eu posso garantir é que quem participou da concepção e da execução das obras do PAC obviamente dará continuidade ao programa". Para especialistas em direito eleitoral, isso pode configurar propaganda antecipada em favor da petista e traz risco ao registro da sua candidatura por suposto abuso de poder político.

Pesquisa emperra a aliança PSDB-PP

A queda nas pesquisas de opinião emperrou a costura de aliança do PP com o PSDB em apoio à candidatura de José Serra à Presidência.
Com o empate com a petista Dilma Rousseff registrado no último Datafolha, o PP prefere esperar a evolução das pesquisas para tomar uma decisão. Segundo integrantes do partido, hoje prevalece a tese de neutralidade. A proposta tem eco mesmo entre os aliados ao PSDB em âmbito estadual. Candidato ao Senado na chapa de Beto Richa no Paraná, o deputado Ricardo Barros afirma que o PP vai esperar pelas próximas pesquisas. "O ideal é que o PP fique liberado, como nas outras três eleições", defende Barros. "Deixa livre e, nos Estados, casa com quem quiser", afirma o deputado Luiz Heinze, aliado ao PSDB do RS.

Serra usou informação duvidosa ao falar de SP

O tucano José Serra misturou dados enganosos e de consistência duvidosa ao atacar a escassez de obras públicas no Brasil e exaltar a expansão desses investimentos durante sua gestão no governo paulista.
Diferentemente do que disse, a taxa de investimentos públicos -a participação deles na economia- não chegou a triplicar em São Paulo. Passou de 0,43% para 0,97% do PIB estadual. Foi triplicado, isso sim, o valor dos investimentos paulistas em moeda corrente, sem descontar a inflação. Pelo mesmo critério, os investimentos federais duplicaram no segundo governo Lula.

Serra intensifica ataques a Dilma, que faz promessas

No primeiro encontro com Dilma Rousseff desde que o Datafolha apontou empate entre ambos, o tucano José Serra intensificou ontem os ataques ao governo e à adversária petista. A guinada de estratégia teve como palco a sabatina promovida pelos pesos-pesados da indústria nacional com os três principais pré-candidatos à Presidência. No encontro, Dilma fugiu do confronto aberto e esboçou novas promessas, como a de 100% da população brasileira tenha renda de classe média.

Marina Silva recorre a inventor do "Lula-lá"

O PV recrutou o inventor do famoso jingle "Lula-lá" para tentar alavancar Marina Silva, estacionada há um mês nos 12% de intenções de voto na corrida presidencial. Publicitário do presidente Lula nas eleições de 1989 e 1994, Paulo de Tarso Santos atua há 20 dias no comitê da campanha, em São Paulo. Ele já ajudou a preparar a pré-candidata para eventos públicos como a sabatina de ontem, na sede da CNI. Apesar do reforço com a pré-campanha em curso, o PV sustenta que não terá um "marqueteiro tradicional".

Presidente repete antecessores e recebe seleção em Brasília hoje

Lula produz hoje no Palácio Alvorada uma cena que se repete a cada quatro anos desde 1958: a de presidentes confraternizando com a seleção brasileira de futebol. Antes de ir para a África do Sul, a seleção de Dunga faz uma parada em Brasília às 15h para fotos com Lula. A prática começou em 1958 com Juscelino Kubitschek, que recebeu Pelé depois do primeiro título mundial, na Suécia. E continuou em 1962, quando João Goulart repetiu a cena na conquista do bi no Chile. Já em 1970, o general Emílio Médici capitalizou politicamente o tri no México.

PF decide investigar Tuma Júnior em Brasília

A Polícia Federal decidiu abrir uma investigação, concentrada em Brasília, contra o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., afastado do cargo no Ministério da Justiça, há 15 dias, por suspeita de envolvimento com membros da máfia chinesa. A decisão de concentrar as investigações em Brasília seguiu orientação da Corregedoria da Polícia Federal. A direção-geral da PF recebeu informações de um inquérito tocado pela Superintendência do órgão em São Paulo, concluído em 2009, cujas interceptações telefônicas flagraram Tuma Jr. tratando da compra de um videogame e celular com Paulo Li, preso acusado de ser um dos chefes de uma máfia chinesa que faz contrabando.

Lula pode vetar 7,7% dos aposentados e dar abono

Se o reajuste de 7,7% para as aposentadorias acima de um salário mínimo for realmente vetado por Lula, o governo deverá conceder um abono de 6,14% neste ano para esses aposentados e pensionistas do INSS, reafirmou ontem o ministro Paulo Bernardo (Planejamento). No entanto, a decisão sobre o veto a essa parte do projeto aprovado pelo Congresso ainda não foi tomada. "O presidente ainda não decidiu se vai vetar [o reajuste] ou não", disse o ministro Guido Mantega (Fazenda), que ressaltou que uma eventual alteração deverá ser feita via medida provisória. Segundo Paulo Bernardo, em caso de veto, a opção será a concessão de um abono de 6,14% para os aposentados, percentual equivalente ao índice de reajuste proposto inicialmente pelo governo.

Ibama impõe lei da mordaça e ameaça punir seus servidores

Em meio à greve que paralisa metade do Ibama há 50 dias, o presidente do órgão, Abelardo Bayma, impôs a lei da mordaça aos servidores. Em memorando oficial, ele proibiu os subordinados de falar em público e ameaçou punir quem desobedecê-lo. No documento, assinado anteontem, Bayma afirma que "nenhum servidor do Ibama está autorizado a ministrar palestras, conceder entrevistas, participar de workshop ou algo similar", "sob pena de medidas disciplinares pertinentes". O texto foi despachado a todas as unidades do instituto. A medida acirrou os ânimos dos grevistas, que acusam o dirigente de constrangê-los de forma ilegal.

O Estado de S.Paulo

Plano de regularização na Amazônia vende terras a R$ 2,99 o hectare

Um pedaço de terra pública na Amazônia pode custar R$ 2,99 por hectare (a dimensão de um campo de futebol) ao atual ocupante, de acordo com a nova tabela de preços definida pelo governo. Até o fim deste ano eleitoral, a meta é regularizar 50 mil posses irregulares na região. O preço mais baixo dos terrenos foi objeto de intenso lobby ruralista. Portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário, publicada no Diário Oficial, definiu descontos aos candidatos a títulos de terras na Amazônia por meio do programa de regularização fundiária. O programa Terra Legal começou a cadastrar os candidatos aos títulos em junho do ano passado. De acordo com simulações de preços a que o Estado teve acesso, um terreno de 200 hectares no município de Manoel Urbano, no Acre, poderá ser vendido ao atual ocupante por menos de R$ 600, a serem pagos em 20 anos em parcelas anuais, com três anos de carência e juros de 1% ao ano.

Descontos, diz o governo, são para evitar inadimplência

O coordenador do programa de regularização fundiária da Amazônia, Carlos Guedes, atribuiu o desconto nos preços da terra pública à tentativa de evitar a inadimplência no Terra Legal. Guedes observa que o programa "nunca" teve entre seus objetivos arrecadar um volume maior de dinheiro dos atuais ocupantes de terras públicas na região. Esse dinheiro mal cobrirá os custos do programa. "O objetivo é garantir preços justos para que os agricultores possam pagar pela terra", disse. Estudos levados ao Tribunal de Contas da União indicam risco de inadimplência caso as parcelas anuais ultrapassassem 20% da renda dos beneficiários do programa. A tabela original de preços previa a cobrança de valores entre R$ 70 e R$ 1.200 por hectare, dependendo do tamanho e da localização do terreno e das condições de acesso. A média dos preços agora caiu a cerca de R$ 200 por hectare.

Justiça declara devoluta fazenda de ex-prefeito no Pontal

A Justiça considerou devoluta, em última instância, a Fazenda Nazaré, em Marabá Paulista, no Pontal do Paranapanema, pertencente à família do ex-prefeito de Presidente Prudente, Agripino de Oliveira Lima (PTB). A decisão, divulgada anteontem, considera que a área, de 4,2 mil hectares, é pública. Lima é tratado como inimigo pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) no Pontal. Em 2002, quando era prefeito de Presidente Prudente, ele barrou uma marcha de militantes comandada pelo ex-líder José Rainha Júnior, bloqueando a Rodovia Assis Chateaubriand com máquinas e caminhões da prefeitura. Lima também foi acusado de manter uma milícia com 70 homens armados na fazenda.

Serra e Dilma partem para o confronto

Pressionado pelas últimas pesquisas de intenção de voto que registraram queda da candidatura tucana e provocaram ansiedade em aliados e correligionários, o pré-candidato do PSDB a presidente, José Serra, deixou de lado o figurino "paz e amor". Em evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com a presença de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), ele criticou o governo e chamou a petista para o debate. A uma plateia de industriais e parlamentares, Serra elevou o tom das críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Falta planejamento, qualidade de gestão e falta capacidade para fazer sequenciamento dos investimentos segundo a ordem de prioridade", afirmou.

Candidatos igualam-se em promessas à indústria

A defesa de pontos cruciais da agenda da indústria acabou igualando os três pré-candidatos à Presidência da República na avaliação de empresários que estiveram presentes ao encontro promovido ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Têm muitos pontos comuns na espinha dorsal e as divergências são de procedimentos e prioridades", avaliou Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Reforma tributária, redução de encargos trabalhistas, manutenção das políticas de juros, câmbio e inflação foram algumas das promessas feitas por Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) durante o evento. Em sintonia com as reivindicações da plateia, a impressão de igualdade entre os três pré-candidatos acabou imperando.

Dilma sem Lula faz Serra subir o tom

O que mais chamou a atenção na sabatina dos presidenciáveis promovida ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi a performance de José Serra. No primeiro ambiente em que dividiu as atenções com Dilma Rousseff, sem Lula a fazer sombra à candidata, o ex-governador partiu para o ataque. Produziu uma avant-première da campanha após a Copa do Mundo, pródigo em críticas ao governo e à exposição de sua antecessora na tribuna. Do aparelhamento dos postos estratégicos do governo com ênfase nas agências reguladoras, passando pela desconstrução do projeto de reforma tributária defendida minutos antes por Dilma, até a condenação da política de juros do Banco Central, Serra foi um crítico contundente do governo, abandonando o figurino light que vestira até aqui.

Temer se irrita com deputado tuiteiro

Uma "tuitada" terminou em bate-boca entre o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e o deputado Capitão Assumção (PSB-ES). Aconteceu na reunião de ontem dos líderes partidários para discutir a emenda que fixa o piso salarial nacional para os policiais militares, civis e corpo de bombeiros. Motivo do atrito: Assumção usou o twitter - um microblog pelo qual são enviados textos curtos, com até 140 caracteres - para passar informações da reunião, com críticas às lideranças partidárias e a Temer. Irritado, o presidente da Câmara encerrou a reunião, depois de chamar a atenção de Assumção. "Aqui é uma Casa onde têm regras que se cumprem. Você é muito novo aqui", disse com veemência Temer, apoiado pelos líderes partidários. "Se não posso me manifestar, então é melhor eu sair", afirmou Assumção. "Então, saia", reagiu a líder do PC do B, deputada Vanessa Graziotin (AM). Diante do clima tenso, Temer encerrou abruptamente a reunião. Aliado dos policiais, Assumção passou informes, criticando a postura dos líderes. Antes já havia tentado filmar a fala dos líderes com o seu celular, mas foi repreendido por Temer.

Correio Braziliense

Cassação de Eurides está por dois votos

A deputada afastada Eurides Brito (PMDB) foi enquadrada nos crimes de lesão ao erário, de formação de quadrilha e de improbidade administrativa de acordo com o relatório do processo por quebra de decoro parlamentar movido contra a distrital. Entregue ontem à Comissão de Ética da Câmara, o documento pede a cassação do mandato de Eurides com base na acusação de que a política atuou no suposto esquema de corrupção revelado pelas investigações da Caixa de Pandora. O parecer a favor da punição empurra a distrital para o fim da carreira política. Se ela for cassada, só poderá se candidatar em 2018.

Serra sobe o tom

Sentindo-se literalmente em casa durante o encontro dos presidenciáveis na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o candidato do PSDB, José Serra, aproveitou para subir o tom das críticas em relação ao governo e, por tabela, chamar os concorrentes para um debate. Serra criticou a falta de planejamento do governo, de investimento em infraestrutura, a ausência de uma política de concessões nessa área e, ainda, a proposta de reforma tributária defendida por Lula, que consagrava a isenção de ICMS das importações e provocou risos na plateia: Essa é do Peru. Cria emprego, só que em outros países, disse Serra, solto e descontraído, dizendo-se ainda ávido para chegar ao governo para cortar. Tem uma obesidade que dá gosto, disse, esfregando as mãos.

Ideias deixadas de lado

O encontro entre os três principais pré-candidatos à Presidência da República e os representantes das indústrias realizado ontem em Brasília ficou marcado pela falta de divergências, de ideias e de ideologias em relação às questões econômicas. Com isto, restou ao empresariado discutir, ao final do evento, quem havia se saído melhor na defesa de um programa mínimo apresentado pela própria Confederação Nacional da Indústria (CNI) baseado na redução de tributos, na diminuição dos encargos sobre a folha de pagamentos e na desoneração das exportações.

Aécio firme no Senado

A pressão do tucanato paulista para que o ex-governador Aécio Neves deixe de disputar o Senado para ser candidato a vice na chapa do presidenciável José Serra não deve surtir efeito. Aliados do mineiro garantem que é praticamente nula a chance de ele rever seu posicionamento. De volta hoje à cena política, depois de longo período no exterior, o ex-governador reassume as rédeas da campanha à reeleição do seu sucessor Antonio Anastasia participando de uma série de compromissos políticos no segundo maior colégio eleitoral do país. O encontro com o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto só deve ocorrer na semana que vem, mas não há ainda qualquer confirmação.

Abono para compensar veto

Na busca por alternativas para convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar o reajuste de 7,7% para aposentados que recebem mais de um salário mínimo, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sugeriu, na tarde de ontem, a edição de uma nova Medida Provisória (MP) concedendo um abono, ainda em 2010, equivalente ao aumento de 6,14%. O percentual faz parte da proposta original do governo, em vigor desde janeiro. Essa seria uma solução jurídica viável para o impasse, de acordo com o chefe da pasta, e a decisão final sobre os valores definitivos do reajuste aos inativos ficaria para o próximo ano, na gestão do vencedor da próxima eleição presidencial.

Caça-fantasmas virtual

Rastros da movimentação das contas-correntes das supostas funcionárias fantasmas do gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB) fornecem indícios que podem levar ao nome de quem embolsou o salário de 13 meses mais os benefícios oferecidos pelo Departamento de Recursos Humanos do Senado. De acordo com extrato bancário de Kelriany Nascimento da Silva, 32 anos, um saque de R$ 450 foi feito em 22 de abril, uma quinta-feira, às 15h50, em um caixa eletrônico do Aeroporto de Brasília. O registro de computadores dos quais foram realizadas transferências da conta também será analisado para apurar a localização da máquina usada no desvio de dinheiro.
Fonte: Congressoemfoco