quarta-feira, março 03, 2010

Gerente da Caixa espancada e morta

tatiana ribeiro

O misterioso assassinato da gerente da Caixa Econômica de Lauro de Freitas desafia a polícia. Segundo informações, a vítima é esposa de um capitão da PM que atua como Ajudante de Ordens da Casa Militar. O corpo de Ananda Lima Barreto, 28 anos, foi encontrado na manhã de ontem, com sinais de espancamento, em um areal atrás do Hotel Mamelucos, na Praia de Ipitanga.

A vítima estaria desaparecida desde a noite de segunda-feira, após ter recebido uma ligação da babá informando que seu filho de 1 ano e oito meses estava com febre, e ter deixado a agência que trabalha. Preocupada com o filho, Ananda teria saído do trabalho e seguido em direção à sua residência, na mesma cidade, em seu veículo, um Pálio de cor cinza. A família de Ananda comunicou o desaparecimento dela por volta das 22 horas da última segunda-feira. O delegado Cláudio Meireles confirmou o registro do fato na 23ª delegacia, mas preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

Na tarde de ontem, o veículo da vítima foi encontrado próximo ao local do crime e o corpo dela estava em um areal de difícil acesso e apresentava sinais de espancamento. O secretário de Segurança Pública, César Nunes, e outras autoridades da Polícia Civil estiveram no local, que foi isolado pela perícia. A imprensa não teve acesso à retirada do corpo, que foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

Em nota oficial, o delegado geral da Polícia Civil, Joselito Bispo da Silva, informou que a Delegacia de Homicídios (DH) está à frente das investigações do assassinato da esposa do oficial da PM. O inquérito é presidido pela delegada Andréa Barbosa Ribeiro, da DH. “Todos os procedimentos para a apuração do caso vêm sendo adotados, e à medida que a autoridade policial obtiver o resultado da perícia e colher depoimentos a autoria do crime será esclarecida”, informa, em nota.

Versões para o crime foram apontadas, a título extra-oficial, por pessoas ligadas à vítima. Apesar de a polícia não confirmar, o crime poderia ter sido cometido por vingança, já que um estagiário da Caixa teria sido demitido pela vítima, e poderia ter praticado a ação. Outra suspeita para o crime se deve ao cargo que ocupava, já que a vítima estaria ciente de supostas irregularidades cometidas dentro da Caixa Econômica. Segundo informações de pessoas ligadas à família, a polícia teria descartado a possibilidade de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, já que não havia sido identificada a falta de pertences da vítima.

Viaturas das polícias Civil e Militar fizeram rondas nas imediações do crime durante toda tarde de ontem, à procura de pistas que ajudem na elucidação do caso.

Fonte: Tribuna da Bahia