O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (8) que quer “que pobres também tenham carros”, ao comentar o recorde de produção da indústria automobilística. A declaração foi feita durante evento de assinatura de contratos para implementação de obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí.
“Eu quero que os pobres também tenham carros. Então, nós, prefeitos e governadores temos que construir mais ruas. Nós temos que fazer metrô, temos que fazer o trem, mas temos que parar com essa ilusão de que fazendo metrô vai tirar o apetite de um pobre ter um carro”, afirmou, levantando aplausos de operários que trabalham no complexo e lotaram o espaço preparado para o evento.
“Aqueles que pensam isso têm o seu próprio carro. Eles querem que os pobres deixem a rua livre para eles. Nós queremos ter o direito, nem se for para quando chegar no sábado, de colocar o carro na porta de casa e ficar a família inteira lavando a calota e passando a mão no carro', completou, arrancando gargalhadas da plateia.
Lula lembrou que estimulou o consumo ao ir para a televisão no dia 22 de dezembro por não acreditar que a crise mundial afetaria tanto o Brasil. 'Eu tive a coragem de ir para a TV pedir para o povo consumir. Disse que a crise iria chegar por último e iria sair primeiro. Aliás, eu disse mais, que a crise era uma marolinha aqui. Até hoje os Estados Unidos e a Europa não resolveram o seu problema. Lá, eles perderam 7 milhões de trabalhadores. E nós, aqui no Brasil, criamos mais de 950 mil postos de trabalho. Só em janeiro foram 181 mil novos empregos”, disse.
O presidente ainda destacou a decisão de construir novas refinarias após a descoberta de petróleo na camada pré-sal. “Decidimos fazer uma refinaria no Maranhão de 600 mil barris/dia para exportar, outra no Ceará, de 300 mil barrias/dia, e outra no Rio Grande do Norte, menor. Então, na verdade, nós decidimos fazer essas quatro refinarias e recuperar quase todas as outras. São bilhões de dólares de investimentos, vamos ultrapassar os US$ 60 bilhões de investimentos em refinarias”, afirmou.
Exaltando o desempenho de seu governo, Lula disse que os resultados incomodam muita gente. “Isso incomoda aqueles que diziam que a gente não tinha mais condição de construir mais refinarias no Brasil. Ficam incomodados aqueles que diziam que a gente não poderia mais construir navios ou plataformas no Brasil e tinham levado à falência a indústria naval brasileira, que de 50 mil estava com apenas 1.800 trabalhadores”, declarou.
No evento da assinatura de contratos de implementação de obras do Comperj estavam os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia), Carlos Minc (Meio Ambiente), Márcio Fortes (Cidades).
(As informações são do G1)/Correio da Bahia