Foi a terceira rua aberta no centro. Levou seu nome, um dos homens mais cultos do Império. Como Sócrates, sabia tudo. Foi o preceptor (como se dizia na época) de Dom Pedro II. Ensinou a ele História, Ciências Sociais e línguas. (Dom Pedro chegou a falar 11 idiomas, incluindo o russo, por causa de uma namorada que era de lá).
Tinha enorme admiração pelo Marquês, cujo título foi dado por ele. Quando Sapucaí morreu, Dom Pedro deixou o belo Palácio da Quinta da Boa Vista, ficou a noite toda no velório. Chorou várias vezes, extraordinário personagem que era, mais Republicano do que muitos que o derrubaram.
A primeira rua do centro foi a Lavradio (em homenagem ao Barão), onde há 60 anos se instalou a Tribuna da Imprensa. A segunda foi a Santa Luzia, aberta por Dom João VI. Um sobrinho precisava com urgência operar um dos olhos. Só podia ser na Santa Casa, a liteira não podia passar, o menino tinha de ser carregado. Foi salvo, Dom JoãoVI mandou abrir a rua até a Santa Casa. E como reverência a Santa Luzia, Padroeira das Vistas, deu seu nome à rua.
Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa