quinta-feira, outubro 08, 2009

Sessão no TCM se agita por reprovação de contas de dois municípios

Regina Bochicchio, do A TARDE

A sessão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) foi movimentada, nesta quarta-feira, 7, com a reprovação de contas relativas ao exercício de 2008 dos municípios de Ichu e Chorrochó, e da Câmara Municipal deste último.
O prefeito de Chorrochó, Humberto Gomes Ramos, segundo auditorias realizadas por técnicos do TCM, teria emitido 90 cheques sem fundos, cujo "calote" total seria de R$ 355.394 mil, além de não ter realizado vários processos licitatórios. Nos certames que realizou, cometeu irregularidades. A prefeitura também realizou pagamentos sem comprovação documental dos mesmos num valor de R$ 648.529 mil. As contas dos dois exercícios anteriores (2007 e 2006), aliás, também sob administração de Humberto Gomes, foram rejeitadas pelo TCM, com imputação de multas, inclusive.
O conselho-relator das contas de Chorrochó, Raimundo Moreira, determinou representação ao Ministério Público contra o prefeito além de multa de R$ 15 mil e ressarcimento aos cofres públicos municipais de R$ 2.074 mil com recursos pessoais, em função do pagamento de taxas bancárias sobre a emissão de cheques sem fundos. A Câmara Municipal de Chorrochó também teve contas rejeitadas por não transparecer o devido uso do dinheiro público.Já no caso de Ichu, o ex-prefeito, Carlos Santiago de Almeida, contratou sem licitação despesa no valor total de R$ 111.087 mil e teve despesas com publicidade no montante de R$ 14.250 mil sem a demonstração da matéria publicada.
Também autorizou contratação de servidores sem a realização de concurso público e comprou lanches e refeições com preços superfaturados. A gestão de 2008 de Carlos Santiago também não cumpriu a aplicação miníma dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação BásicaFundeb - O conselheiro-relator das contas, Fernando Vita, determinou representação ao Ministério Público, aplicou multa de R$ 6 mil e ressarcimento ao erário municipal da importância de R$ 14.350 mil. Cabem recursos das decisões.
Fonte: A Tarde