O Tribunal Superior Eleitoral, TSE, está diante de uma encruzilhada. Ou age, impondo a jurisprudência criada ou se desmoraliza. O TSE estabeleceu como regra a fidelidade partidária, enquadrando políticos e partidos. Não adiantou. Nesta virada de calendário eleitoral e faltando um ano para as eleições, nada menos de 31 parlamentares cometeram infidelidade e deixaram as suas legendas. Alguns aqui da Bahia. Os políticos com mandato, ao que parece, pouco dão importância ao que é lei, ética, honestidade, enfim, se sobrepõem acima dos tribunais. O que o TSE pode fazer. Nada. Esperar que os partidos entrem com processos para retomar o mandato infiel. E o Tribunal. Ora, integra a Justiça brasileira. Assim posto, com a morosidade de sempre, analisará cada caso. Quando chegar ao fim, boa parte dos infiéis terá perdido as eleições, consequentemente o mandato. A outra terá sido eleita por outra legenda e o que passou, passou e tudo ficará por isso mesmo. E toca o bonde.(Samuel Celestino)
Fonte: Sudoeste Hoje