quinta-feira, setembro 17, 2009

Posição de Geddel mexe com as peças do tabuleiro em 2010

Luana Rocha Redação CORREIO

A intensa movimentação política do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que agora admite a possibilidade de compor chapa com a oposição, cria novos panoramas para a eleição de 2010. O cenário das candidaturas ao governo estadual de Paulo Souto (DEM), Jaques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB) pode cair por terra e dar lugar a apenas duas candidaturas.


Chapas em construção para as eleições 2010
Crédito: Editoria de Arte

Para o Senado Federal, a possível adesão gedelista também altera a posição dos, até agora, prováveis candidatos. A principal mudança deverá acontecer na oposição. Caso Geddel integre a chapa dos antigos adversários, a vaga deverá ser para o Senado, já que Paulo Souto tem aparecido melhor pontuado nas pesquisas de intenções de voto.
A chegada de Geddel também garantiria a permanência do senador César Borges (PR) na composição que, apesar de afirmar ser um candidato “natural” ao lado de Paulo Souto, não descarta um flerte com o PMDB e a candidatura do ministro. “Eu, naturalmente, tenho um caminho ao lado de Paulo Souto, mas isso não me impede de continuar conversando com Geddel”, afirmou o senador, que traçou sua trajetória política ao lado do carlismo.
A própria oposição admite que César Borges está muito inclinado a embarcar na candidatura peemedebista. “O senador acredita que Geddel pode ser um bom candidato e tende a apoiá-lo também. Ele acha que o ministro tem energia”, afirmou uma fonte da direção tucana.
Embora o PR, atualmente, faça parte da bancada de apoio do presidente Lula, para 2010 o partido não definiu se vai apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff. “Mesmo que o partido apoie Dilma, nos estados, o PR entende que existem particularidades e não há interferência”, explica Borges.
Nesse caso, a oposição tem um plano B, que seria a candidatura à reeleição do senador Antonio Carlos Júnior (DEM). O próprio senador admite a hipótese. “Tudo depende de acordos partidários. Meu nome é possível sim, caso não seja necessário abrir a composição para outras legendas. Estou à disposição para concorrer”, explicou o democrata.
Antigo rival do DEM, o PSDB também deverá ter seu espaço com o neoaliado. O nome mais cotado é o do deputado federal João Almeida como candidato a vice-governador ou para o Senado Federal.
Antonio Imbassahy, presidente estadual do partido, deverá concorrer a deputado federal. Lideranças do partido entendem que o nome dele está desgastado depois de duas eleições perdidas - uma para senador, em 2006, e outra para a prefeitura de Salvador, em 2008. Já o deputado federal Jutahy Júnior externou seu desejo de permanecer na Câmara.
InsistênciaCaso Geddel insista em manter sua candidatura, a composição da sua chapa será um pouco mais complicada. O PMDB só conseguiu atrair para sua base o PTB e o PSC, mas ainda não foi definido se esses partidos participarão da majoritária. “Não sei se essas legendas indicarão nomes. Ainda é muito cedo para decidir isso. Por enquanto, quero discutir com a sociedade”, afirmou o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima. Ainda de acordo com Lúcio, outros partidos estão sendo sondados pelo PMDB para participar do apoio a Geddel, mas não revelou quais seriam essas legendas.
Chapa de Wagner é a mais definida Por enquanto, a chapa de Wagner é a que está mais definida. A saída do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Otto Alencar, prevista para outubro, e a filiação oficial do deputado estadual Marcelo Nilo ao PDT, que deve acontecer esta semana, praticamente selam a chapa do PT.

Cenários políticos para o :
Editoria de Arte
Nilo diz que, a princípio, é candidato a deputado, mas seu destino pode ser “qualquer um”. Já Otto afirma que, caso no fim de outubro não deixe o TCM, “não quer ouvir falar em política nunca mais”.
A deputada federal Lídice da Mata (PSB) é a única que assume que será candidata ao Senado. A presença dela na chapa já havia sido acordada desde 2008, já que ela retirou a candidatura à prefeitura para apoiar Walter Pinheiro (PT).
Fonte: Correio da Bahia