quarta-feira, setembro 30, 2009

CNBB defende indicação de Toffoli para o Supremo

O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Dimas Lara Resende, saiu em defesa ontem da indicação do advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, para o STF (Supremo Tribunal Federal). O bispo afirmou que Toffoli, católico de formação, tem competência para assumir a cadeira do ministro Menezes Direito no tribunal —morto há um mês. "O ministro sempre tem declarado ser uma pessoa católica. O próprio padre Toffoli dá testemunho do irmão, não só falando da sua competência como também do seu proceder ético. Nesse sentido, esperamos que no Judiciário possa exercer sua função contando com a colaboração do futuro ministro de fazer a justiça acontecer no nosso País", disse o bispo. O advogado é irmão do padre José Carlos Toffoli, ex-secretário da CNBB. Toffoli será sabatinado nesta quarta-feira pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Para ser indicado ao STF, o seu nome precisa ser aprovado no plenário da Casa. Senadores da oposição prometem votar contra a indicação de Toffoli por considerá-la política. As críticas à indicação do advogado-geral da União para o STF estão ligadas ao fato de Toffoli não ser considerado um jurista de expressão, aliada à proximidade ao presidente da República e ao PT. Reportagem da Folha afirma que Toffoli se formou pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1990, aos 23 anos. Ele conta que trabalhou como caixa na Oficina de Pizzas, em São Paulo, na época de estudante, para se manter. Aos 41 anos, Toffoli pode chegar ao STF depois de ter sido cotado sucessivas vezes nos últimos dois anos. Para se contrapor às lacunas em seu currículo, ele costuma citar o apoio interno que construiu depois de ter chegado ao órgão sob contestação por não ser concursado.
Fonte: Tribuna da Bahia