terça-feira, agosto 04, 2009

Rompimento se dará com a ida do partido para a oposição

Raul Monteiro
O líder do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado estadual Leur Jr., pretende reunir até o final da semana a bancada na Casa. O objetivo é sentir seu pulso com relação à querela entre o partido, que terá como candidato à sucessão estadual o ministro Geddel Vieira Lima, e o governo.
Em conversa há pouco com o Política Livre, Leur Jr. disse que ainda não foi possível captar uma tendência ou preferência entre os demais sete colegas do PMDB na Assembléia com relação a que posição tomar de imediato - ficar na base ou cair na oposição ao governo -, porque esteve viajando até ontem.
Mas está convencido de um fato: a bancada permanece coesa, o que, em sua avaliação, significa que vai dançar, de maneira unida, qualquer que seja a música. Não é impossível que o encontro ocorra com a presença da executiva estadual do PMDB, comandada por Lúcio Vieira Lima, irmão do ministro.
Seria uma forma de afinar ainda mais o discurso e os passos com relação aos próximos dias e os desdobramentos da campanha ao governo de Geddel, que tem sido tocada à toda no interior, com apoios, segundo os peemedebistas, inesperados.
Leur conta que no final de semana em Jeremoabo um conhecido democrata, o prefeito Xista, não só acompanhou o ministro pela cidade como declarou, numa rádio, que está com ele e não abre para governador. Entre governistas, a posição a ser assumida pela bancada do PMDB é considerada decisiva.
Há quem especule, especialmente na bancada do PT, onde subiu muito a temperatura contra os peemedebistas nos últimos dias, que, na hipótese de o partido do ministro assumir uma postura oposicionista, estará puxado o gatilho para o rompimento com Geddel pelo lado do governo.
Fonte: Tribuna da Bahia