Redação CORREIO
A crise no Senado só faz aumentar a cada a dia, na noite de quarta-feira (12) foi descoberta mais uma lista com 468 novos atos secretos da Casa. Estes foram emitidos há cerca de dez anos para nomeações, demissões e gratificações.
A lista, mostrada pelo 'Jornal da Globo', mostra a documentação para nomear e dispensar funcionários dos gabinetes, da gráfica e do serviço de processamento de dados do Senado.
Entre 1998 e 1999, quando o falecido senador Antônio Carlos Magalhães era o presidente do Senado, os atos secretos foram incluídos em boletins suplementares, e só agora disponibilizados na rede de computadores do Senado, depois que a comissão de sindicância iria terminar o trabalho com os atos secretos anteriores. O então senador Ronaldo Cunha Lima, da Paraíba, na época primeiro secretário e responsável pela administração, nomeou o filho.
Outros atos alteram a estrutura de cargos e pessoal nas áreas de telefonia, biblioteca, serviço médico, segurança e comunicação. Criam funções de confiança para diretorias. E tratam até de folha de pagamento.
O ex-senador Cunha Lima não retornou as ligações da reportagem nem deu explicações sobre o caso. Os atos secretos agora descobertos foram postados na rede de computadores do Senado no dia 29 de maio.
O primeiro secretário do Senado, senador Heráclito Fortes, encomendou uma investigação para descobrir novos atos secretos. Ele ficou surpreso. 'Uma surpesa. Vem a ser um absurdo. Além de um crime, é uma irresponsabilidade. Torna totatalmente inseguro o trabalho feito. Nada me garante que algum maldoso, perverso, não tem ato secreto na sua gaveta', afirmou.
Fortes entende a descoberta como sabotagem, e determinou a abertura de inquérito. 'Isso me parece sabotagem feita à administração atual por fundamentalistas das administrações passadas, que acham que vão voltar a praticar aquilo que praticaram durante 14 anos'.
(com informações do Jornal da Globo)/Correio da Bahia