Fernanda Chagas
Fica cada vez mais extensa, conforme vem sendo noticiado pela Tribuna da Bahia, a lista de gestores e ex-gestores envolvidos em corrupção contra os cofres públicos baianos.
Na última semana, nada menos que 12 casos foram registrados pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), gerando multas que se aproximam da casa dos R$ 1 milhão.
No município de Fermino Alves, por exemplo, o TCM negou o pedido de reconsideração feito pela Câmara Municipal de Fermino Alves, que teve as contas de 2007 rejeitadas. Segundo o parecer prévio, o presidente da Casa à época, Genilson de Jesus Peluzo, foi multado porque "o Legislativo gastou o valor correspondente a R$ 340.524,15 com despesas orçamentárias, quando o limite máximo definido pela Constituição Federal fixou a despesa em R$ 338.331,73?.
Em Saúde, o Tribunal julgou parcialmente procedente a denúncia contra o ex-prefeito de Saúde, Dinaldo Caetano da Silva, por irregularidades na compra cometidas nos exercícios de 2006 e 2007. A prefeitura comprou combustíveis e derivados para veículos quebrados ou movidos por combustível diferente. O relator, conselheiro Fernando Vita, determinou formulação de representação ao Ministério Público, ressarcimento aos cofres públicos de R$ 67.716 e multa no valor de R$ 5 mil.
Em sua defesa, o ex-prefeito alegou a existência de erros materiais no "preenchimento de processos de pagamento, por parte dos setores de tesouraria, contabilidade e controle interno do município" e que por erro destes setores se fez "constar as placas policiais de veículos distintos daqueles realmente abastecidos com os combustíveis adquiridos".
Já em Canarana, o Tribunal de Contas dos Municípios decidiu acatar parcialmente o pedido de reconsideração feito pela Prefeitura, mas manteve a rejeição das contas no exercício de 2007. O prefeito Ezenivaldo Alves Dourado foi multado em R$ 7 mil e terá de restituir R$ 1,4 mil aos cofres municipais.
O TCM puniu Ezenivaldo por ele ter aplicado apenas 23,28% dos recursos previstos para manutenção e desenvolvimento do ensino e 59,71% dos recursos do Fundeb na remuneração dos profissionais do magistério.
Fonte: Tribuna da Bahia