A Polícia do Senado vai incluir os senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e Efraim Moraes (DEM-PB), além do ex-diretor geral da Casa, Agaciel Maia, no processo que investiga supostos desvios de recursos em contratos com instituições bancárias para concessão de empréstimo consignado. Em entrevista à revista "Época", o casal João Carlos e Denise Zoghbi, respectivamente ex-diretor de Recursos Humanos do Senado e ex-diretora do Instituto Legislativo Brasileiro, acusa Maia de chefiar esquema de corrupção no Senado. O diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, afirma que as acusações de Zoghbi "abrem uma nova vertente" nas investigações. O casal também insinua a participação de dois senadores que já comandaram a 1ª Secretaria da Casa, a quem Maia era subordinado, motivo pelo qual Tuma e Efraim também devem ser ouvidos. "Todo mundo que está citado mais cedo ou mais tarde terá que ser ouvido.
Apesar de terem [os senadores Tuma e Efraim] foro privilegiado eles também serão ouvidos", afirmou Carvalho. Ele também disse que vai cobrar de Zoghbi a apresentação de provas de todas as acusações feitas na entrevista que deu à "Época". "Quando formos ouvi-lo vamos pedir as provas do que ele falou à Época. Ninguém é louco de fazer uma acusação dessas sem ter provas", disse o diretor. Segundo a revista, João Carlos e Denise afirmaram que há corrupção nas contratações no Prodasen (Sistema de Processamento de Dados), na comunicação social, no transporte, na vigilância e no serviço de taquigrafia.
Fonte: Tribuna da Bahia