Bruno Bocchini e Elaine Patrícia Cruz , Agência Brasil
SÃO PAULO - Quatro testemunhas de defesa do ex-chefe da Casa Civil da Presidência da República José Dirceu estão sendo ouvidas nesta quarta-feira na 2ª Vara Federal Criminal, em São Paulo. Os depoimentos fazem parte do processo judicial que investiga o pagamento de propinas a parlamentares em troca de apoio a iniciativas do governo no Congresso Nacional. O esquema ficou conhecido como mensalão.
Réu no processo, o ex-ministro José Dirceu responde pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. Suas testemunhas de hoje são o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, o ex-presidente do Banco Popular Ivan Guimarães, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que presidia a Câmara em 2005, e Roberto Marques.
Outra testemunha que seria ouvida hoje, o secretário extraordinário de Reformas Econômico-Fiscais, Bernard Appy, que em 2005 era secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, teve o depoimento transferido para 1º de junho.
O advogado José Luiz de Oliveira Lima, que defende o ex-ministro José Dirceu, disse que encara o processo com total tranquilidade. Isso, porque, segundo ele, "é fundamental a prova de acusação e defesa para demonstrar que, na verdade, a denúncia nada mais é do que uma peça de ficção da Procuradoria-Geral da República".
Ao chegar, Márcio Thomaz Bastos afirmou que, se perguntado sobre a índole do ex-ministro José Dirceu, diria que "ele é um sujeito disciplinado, preparado, que nunca viu trabalhar menos de 12 horas por dia".
Ainda nesta quarta-feira deverão ser ouvidos Nelson Biondi, testemunha de defesa do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, acusado de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e Ricardo Baldassarini, testemunha de João Cláudio de Carvalho, ex-assessor do PP na Câmara dos Deputados, acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte: JB Online