sexta-feira, março 20, 2009

Prefeito estuda corte do próprio salário

Da Redação
O prefeito de Palhoça e presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Ronério Heiderscheidt (PMDB) estuda a possibilidade de reduzir o seu salário, o do vice-prefeito e dos 12 secretários municipais como uma medida de economia para enfrentar a crise financeira.
Ronério recebe R$ 13 mil por mês, o vice-prefeito Valmir Schwinden (DEM), R$ 10 mil, e os secretários, R$ 7 mil. Juntos, recebem R$ 1,3 milhão por ano.
O prefeito aguarda o fechamento dos números de março sobre os repasses federais e estaduais (FPM, ICMS) para ver que percentual irá cortar dos salários. Para viabilizar a medida terá que mandar um projeto à Câmara de Vereadores.
Conhecido no meio político por algumas atitudes populistas, Ronério assegura que o corte no salário é uma das medidas de contenção. Se os números de março continuarem em queda, diz, terá que cortar algumas das 12 secretarias e também cargos comissionados.
A prefeitura de Palhoça possui 2 mil servidores efetivos e 300 comissionados. Redução em despesas como combustíveis, energia elétrica, material de expediente e telefone também já foram determinadas.
Em janeiro e fevereiro a queda na arrecadação chegou a 20% - algo em torno de R$ 2 milhões. A prefeitura tem Orçamento previsto para este ano de R$ 200 milhões.
Ronério disse que terá que reduzir também os investimentos em novas obras mas garantiu que aquelas que já estavam previstas e com recursos garantidos dará prosseguimento e cita o asfaltamento de 100 ruas.
O presidente da Fecam afirmou que existe uma preocupação entre os 293 prefeitos porque ninguém sabe até quando a crise econômica irá perdurar e não dá para esperar para fazer os cortes. (AM)
Fonte: Diário Catarinense (SC)