sábado, março 28, 2009

Explosão em depósito causa pânico em Diadema



Talis Mauricio, Jéssika Torrezan e Adriana Ferrazdo Agora

Um incêndio de grandes proporções em um depósito de produtos químicos em Diadema, no ABC, deixou 18 pessoas feridas e dez casas interditadas, ontem. Houve pânico e correria, já que as labaredas, que chegaram a cerca de 150 metros de altura, alastraram-se pela rua, como bolas de fogo, queimando os carros e os imóveis vizinhos.
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O incêndio começou por volta das 7h20, no Jardim Ruyce, na empresa Di-All Química, Distribuição, Comercialização e Importação de Produtos Químicos de Limpeza.
Moradores relataram ter sido acordados pelo barulho das explosões e pelo calor das chamas. A destruição foi tão grande que a energia e o telefone da região chegaram a ser cortados -até o fechamento desta edição, os quarteirões mais próximos continuavam sem luz nem linha. Três escolas suspenderam as aulas.
Logo após o início do incêndio, produtos químicos vazaram pela rua dos fundos do galpão e formaram labaredas de fogo. Durante as explosões, tambores que armazenavam produtos voavam e paravam a metros de distância. "Só deu tempo para tirar meu filho de três meses e correr", disse um morador, o montador de cabinas Sérgio Lova, 25 anos.
Entre os feridos, dez tiveram intoxicação e três, crises nervosas. Dois saíram com ferimentos leves e um morador teve convulsões. Uma gestante passou mal e um bombeiro sofreu queda de pressão.
Até ontem à noite, não havia informação sobre mortos -os bombeiros continuavam trabalhando no rescaldo. As causas também não foram informadas. Ao menos duas empresas vizinhas à Di-All também foram afetadas.O prefeito de Diadema, Mario Reali (PT), afirmou que a companhia atuava legalmente, mas que vai apurar se havia excesso de produtos químicos armazenados no local.
De acordo com Valdeir Vasconcelos, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do ABC, o incêndio foi controlado por volta das 9h40. Às 11h, teve início o rescaldo. "Violento. Dos mais complicados de se controlar", comentou. A estimativa é que a temperatura tenha alcançado os 1.000ºC.
A Defesa Civil afirmou que 12 famílias foram atendidas -36 pessoas, no total. Mais de cem homens e 40 carros dos bombeiros trabalharam no local.
Fonte: Agora