Da Redação
• O Estado de Minas publica série de reportagens mostrando que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) não cumpre sua missão: zelar pelo bom uso do dinheiro público. Os sete conselheiros, responsáveis por cumprir a lei, integram uma corte de marajás, que recebem acima do teto definido pelo estado, de R$ 22,1 mil, e ainda têm benefícios e privilégios que contrariam a legislação. Documentos mostram que os supersalários ultrapassam os R$ 50 mil mensais. A maioria dos integrantes do conselho é de ex-deputados e acumula série de benefícios do Legislativo e do Judiciário, já que são equiparados, por lei, aos desembargadores, para engordar os vencimentos. Os penduricalhos são proibidos pela legislação desde 2006.
• As denúncias vieram à tona depois que a Polícia Federal (PF) deflagrou as operações Pasárgada e De Volta para Pasárgada, em abril e julho do ano passado. Três conselheiros, o presidente Wanderley Ávila, o vice-presidente Antônio Andrada, e o ex-presidente Elmo Braz foram indiciados por corrupção passiva, formação de quadrilha e prevaricação.
• No relatório da PF, constam planilhas, apreendidas na casa de um dos proprietários do Grupo SIM - Instituto de Festão Fiscal, que revelam o esquema de pagamento de propina ao Tribunal de Contas. A documentação é um dos principais indícios de fraude envolvendo a empresa que presta assessoria contábil a cerca de 200 municípios. No documento aparece o tribunal e também pagamentos feitos em nome do auditor do TCE, Edson Arger. Ele é apontado como arrecadador do dinheiro que seria distribuído aos conselheiros.
Fonte: Estado de Minas (MG