O Carnaval alternativo de Palmeira, na Chapada Diamantina atrai todos os anos vários turistas de toda parte do Brasil e do mundo. Conhecida como a Trilha do Paraíso, a cidade de Palmeiras vai realizar este ano a festa de momo a partir de hoje e só irá terminar na quarta-feira de cinzas. Irão desfilar durante a festa carnavalesca bandas de sopro, grupos folclóricos, carros alegóricos e a rainha do Carnaval, todos contado a história do município desde dos Bandeirantes, passando pela época da mineração dos Diamantes até os dias atuais como pólo turístico da Chapada.
A programação da festa também contará com apresentação de várias bandas em trios elétricos a exemplo das bandas Adão Negro, Balada Axé, Tribaleira, Badalaço, Canindé, Banderé, Energia, entre outras.
Vale do Capão é o único distrito da município de Palmeiras é conhecido no mundo todo pela sua beleza e sua gastronomia. E não poderia deixar de ser diferente. Durante a festa momesca os turistas poderão se deliciar com seus diversos pratos típicos, apreciar seu famoso artesanato e visitar as belas paisagens como o Morro do Pai de Inácio, Morrão, Morro do Camelo além das grutas e da Cachoeira da fumaça com seus 350 metros de queda livre.
O prefeito municipal, Marcos Teles, não mediu esforços para a realização da festa deste ano e conseguiu fechar parceria importantes. “Minha equipe está de parabéns pois trabalhamos incansavelmente para proporcionar ao meu povo e aos turistas uma festa linda com muita harmonia e paz. Várias parceiros a exemplo da Bahiatursa, Petrobras, Nova Skin e Bradesco estão nos apoiando, pois sabem do potencial que o meu município tem”. Relata o prefeito para logo em seguida desejar a todos uma festa cheia de alegria e que todos estarão de braços abertos para recer os turistas.
Conhecer a culinária local é uma das principais atividades de um bom turista que se preze. E no Capão a história não é diferente. Quem por lá já passou, espalha pelo famoso boca-a-boca os principais restaurantes da localidade e os mais variados pratos da terra. Mas nada de muito requinte e/ou sofisticação no espaço. O clima alternativo é o que comanda os restaurantes e o que chama atenção nos pratos típicos são as misturas de temperos com os ingredientes locais. Um exemplo dessa mistura excêntrica é o pastel frito ou assado de, pasmem, jaca com palmito. Mas sem cara feia para experimentar. O turista Renan Ivo Ferreira (19), estudante de mecatrônica garante que é saboroso.
Vale do Capão o diamante misterioso
A Vila do Caeté – Açu mais conhecido como Vale do Capão, único distrito do município de Palmeiras, 470km de Salvador é um dos principais redutos de turismo ecológico do Brasil com visitas de aventureiros de todo o mundo. O Vale, juntamente com os municípios de Lençóis, Andaraí e Mucugê faz parte do chamado ciclo de diamante da Chapada Diamantina. Situado no Parque Nacional da Chapada, os aventureiros que por lá passam precisam de predisposição para enfrentar 1.000 metros de altitude entre as Serras do Candombá, Larguinha e Morro Branco.
Mas predisposição é o que não falta para os turistas. Com diversas trilhas que cortam a mata Atlântica proeminente no parque, os passeios ecológicos reúnem grupos que depois de uma boa e longa caminhada são recompensados com banhos de cachoeira e vistas deslumbrantes. Para os exotéricos, um outro atrativo do local é a energia misteriosa responsável por segurar muitas pessoas que deixaram de ser turistas para se tornar morador local. Tiago Ferreira, técnico em equipamentos de laboratório largou o emprego em Salvador e resolveu ir morar no Capão. “Estou indo morar lá porque é o momento certo. Me bateu uma energia muito forte da natureza e eu to indo pra lá passar uma fase. Vou morar na comunidade de Campina que se auto sustenta. Não sei quando vou voltar”. Tiago estava arrumando as malas quando parou alguns minutos para dar esta entrevista. “eu estou indo hoje, daqui a pouco. Quero sentir a energia de lá como morador e não como turista”, garante o técnico.
Essa energia misteriosa que atrai tantos visitantes é a principal responsável pelo surgimento de diversas comunidades alternativas que apareceram no Capão e nas regiões próximas desde 1970. Atualmente essas comunidades vivem do auto-sustento, e das práticas como artesanato, agricultura orgânica, cultura de ervas medicinais e aromáticas.
Morros, picos de montanhas, queda d’água e riachos. Atrativos que levam diversos turistas a se aventurarem pelas trilhas da Chapada. No Capão, as trilhas mais realizadas são a Cachoeira da Fumaça com 350 metros de queda livre e uma vislumbrante paisagem e o Morro do Pai Inácio. Conta a lenda que no tempo dos escravos, o local era reservado para encontros amorosos proibidos, é nesse ponto que fica o poço encantado, que emociona pela beleza e mistério. Tem ainda o Morrão, os Gerais do Vieira, o Morro Branco e o Vale do Pati. O vale onde está cortado por um rio que lhe dá nome, Capão, oferece várias opções de mergulho.
Fonte: Tribuna da Bahia