Elisana Tenório
A eleição do último domingo foi considerada tranqüila do ponto de vista da violência, mas muito agitada quando o assunto é corrupção eleitoral. A constatação é do presidente da comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil de Alagoas, Paulo Brêda. Apenas no dia da eleição, a OAB recebeu 113 denúncias de corrupção eleitoral, sendo 68 relativas a compra de votos, 31 relacionadas à boca de urna e 14 de tipos diversos.
Das 68 denúncias de compras de voto, 25 foram no interior do Estado e 43 em Maceió. Em relação à boca de urna, foram registrados 31 casos: 13 no interior e 28 na capital alagoana.
"A partir de agora, vamos acompanhar o desenrolar dos inquéritos na Polícia Federal para saber no que vai dar. Se for comprovado que realmente houve corrupção eleitoral, os acusados estarão passíveis de perder os mandatos - no caso dos eleitos - e de responder a processos criminais", explicou Paulo Brêda.
Ele ressaltou que houve uma diferença básica entre as denúncias envolvendo os candidatos de Maceió e os do interior do Estado. Apenas os que disputavam vagas para vereador na Capital envolveram-se com supostas falcatruas eleitorais. Já nos municípios alagoanos foram os candidatos a prefeito que se envolveram com notícias de compra de votos e boca de urna.
Fonte: O Jornal (AL) -