domingo, outubro 05, 2008

Candidata é presa por compra de voto

Da Redação
A candidata à vereadora de Santarém Novo, município do nordeste paraense, pela coligação "Santarém Novo de volta ao progresso" (PMDB, PDT ePSC), Sabina Muniz Braga foi presa em flagrante, na noite de ontem, distriubuindo dinheiro aos eleitores da região em troca de voto. Esta foi a primeira apreensão no Estado do Pará por compra de votos nessas eleições. Segundo informações, a candidata foi flagrada pela juíza da 33ª vara da zona eleitoral de Santarém Novo, Rita Helena Barros Fagundes Dantes, que assim que recebeu a denúncia, se dirigiu à localidade de Faustina, agrovila do município, onde teria encontrado a candidata distribuindo dinheiro e santinhos de campanha. Também foi aprendido com a candidata um modelo de urna, com a qual Sabina estaria ensinando e induzindo os eleitores a votarem nela. A candidata foi conduzida à delegacia do município de Peixe-Boi, onde está presa e agora irá responder por crime eleitoral. O processo está sendo conduzido pela delegada Carmem Suely Souza da Silva.
De acordo com o artigo 41-A da lei 9504 - legislação eleitoral , é proibido "o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de 1 mil a 50 mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma".
Vigia
Eleitores do município de Vigia, no nordeste paraense, denunciaram ontem ao comitê do candidato Noé Palheta (PFL), que disputa a prefeitura do município, que o peemedebista Edmilson Campos, também candidato ao cargo, estaria dsitribuindo na cidade cestas básicas, dinheiro e gás de cozinha em troca de votos desde a última quarta-feira. Ainda de acordo com a denúnica, a distribuição estaria sendo feita com a participação dos candidatos à vereador pelo PMDB e dos coligados ao partido. A denúncia foi comunicada ao juiz eleitoral do município, Magno Guedes, mas de acordo com as informações, nenhuma providência foi tomada pelo mesmo para evitar a continuidade do crime eleitoral. A polícia do município também foi informada sobre o caso, mas alegou não ter homens suficientes para impedir que a distribuição fosse interrompida.
Viseu
O prefeito de Viseu, Alfredo Amin (PMDB), que teve a sua candidatura cassada no início desta semana (ele pleiteava a reeleição), recebeu, ontem, um novo golpe da Justiça. Ele, que entrou com uma ação cautelar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), requerendo, através de uma liminar, a suspensão da decisão do juiz César Augusto Puty Paiva Rodrigues e, dessa forma, poder dar prosseguimento à campanha, teve o pedido negado. Com isso, todos os votos que o prefeito obtiver no pleito de amanhã, 5, serão automaticamente zerados.
Amin é acusado de usar verbas da prefeitura, mais precisamente da Secretaria de Cultura, para financiar camisetas utilizadas na campanha. Ele teria mandado fabricar cerca de 400 peças, cada uma ao custo de R$ 6.
Fonte: O Liberal (PA)