Da Redação
• A Polícia Federal deflagrou em 11 de jullho a Operação Toque de Midas para averiguar possíveis irregularidades em licitação envolvendo o empresário Eike Batista na concessão da estrada de ferro do Amapá
• Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Amapá, em Minas Gerais, no Pará e no Rio de Janeiro
• A operação foi resultado de investigação realizada no Amapá, que apontava indícios de "direcionamento da licitação para que as empresas do mesmo grupo vencessem o certame"
• O ajuste prévio de cláusulas favoráveis às empresas permitia o encaminhamento da licitação às empresas, principalmente no que se refere à habilitação dos participantes no procedimento
• A empresa que detém a licitação da ferrovia é a MMX Logística do Amapá Ltda., o braço logístico da MMX Amapá. A empresa é subsidiária da mineradora MMX, que por sua vez faz parte do grupo EBX, sob controle de Eike Batista
• A investigação também apura possível desvio de ouro lavrado nas minas do interior do estado, com suspeitas de que o minério não esteja sendo totalmente declarado perante os órgãos arrecadadores de tributos, principalmente a Receita Federal
• A estrada liga os municípios de Serra do Navio e Santana e é responsável pelo transporte de minério do interior do estado para o Porto de Santana às margens do Rio Amazonas
• A casa do empresário Eike Batista, no Rio de Janeiro, foi alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal
• Eike Batista é fundador e presidente da holding brasileira EBX, que atua nos ramos de mineração, logística, energia, petróleo e gás. O grupo EBX abarca empresas como a mineradora MMX e a OGX, cujo ramo de atuação é a exploração e produção de petróleo e gás natural
• A Operação Toque de Midas teve efeito direto sobre as ações das empresas do grupo de Eike Batista negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis de subsidiárias do grupo EBX caíram cerca de 10%
Fonte: Estado de Minas (MG)