terça-feira, setembro 23, 2008

Quatro candidatos assassinados em Pernambuco

Agência Brasil
Desde o início da campanha para as eleições municipais, um candidato a prefeito e três a vereador foram assassinados no estado de Pernambuco. Apesar disso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda reluta em requisitar forças federais de segurança e mantém um voto de confiança nas autoridades policiais do estado.O presidente do TRE-PE, desembargador Jovaldo Nunes, reuniu-se nesta segunda-feira (22) com o comando da Polícia Militar e manteve, por enquanto, a decisão de não solicitar auxílio.“Perguntei a eles se tinham condição de manter a ordem no estado e a resposta foi positiva. Eles não vislumbram a necessidade [de atuação das forças federais]”, disse Nunes, em entrevista à Agência Brasil. “Mas não está descartada uma possível requisição”, ressalvou.O primeiro dos candidatos assassinados no estado foi o candidato a prefeito de Itaquitinga, na zona da mata, o médico Sérgio Ricardo de Souza (PSB). Também foram mortos o vereador de Terezinha - município do agreste pernambucano -, Lourinaldo Felix Vieira (PTB), candidato à reeleição, que presidia um sindicato de trabalhadores rurais, e o candidato a vereador de Cabrobó, no sertão, o índio Mozenir Araújo de Sá (PT).A última vítima, assassinada com um tiro na nuca, na noite do último sábado (20), foi o candidato a vereador de Saloá, no agreste, Fernando Galdino (PR). Segundo informações da Agência Estado, o candidato seguia de moto para um comitê do partido, acompanhado do filho de 17 anos, quando foi abordado por dois motoqueiros que o mataram, mas nada fizeram ao adolescente.Segundo o presidente do TRE, não se pode atribuir razões políticas a todos os assassinatos. “Pelo menos dois desses crimes não têm nada a ver com questões políticas”, minimizou.Jovaldo Nunes também ressaltou que os locais onde tradicionalmente ocorre maior incidência de crimes de cunho político são cidades pequenas do sertão, como Águas Belas, Manari e Cabrobó. Para estas cidades, o presidente do TRE informou já ter solicitado uma atenção especial por parte das polícias Civil e Militar.
Fonte: A Tarde